A VULNERABILIDADE DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR À CORRUPÇÃO

  A corrupção configura-se em um dos piores problemas acadêmicos com uma multiplicidade de fatores e justificativas. A verdade é que, mesmo ao estar presente, ninguém assume ser corrupto ou corruptor. Todos afirmam serem boas pessoas, fiéis e íntegros com o trabalho e o estudo. Na prática, muitas vezes é visível esta realidade que afligi a boa imagem das instituições académicas. Todos que fazem parte deuma organização podem ser alvos de corrupção. Desde o segurança, professor, alunos, técnico administrativo, funcionário de limpeza e até mesmo a direção da instituição.

 A corrupção é um dos piores males que assola a maioria das instituições de ensino em todos os níveis nos dias atuais. São poucos os professores que não se deixam levar pela astúcia de muitos alunos que preferem não se esforçarem para aprender, por saberem que basta ganhar o favor do professor por meio de práticas ilícitas (a corrupção como tem sido de costume) para depois serem aprovados receberem boas notas nos exames.

 Não são apenas os alunos os principais corruptores, também existem professores que por razões de varia ordem envolvem-se nesta prática usando os mais variados meios para não serem descobertos.

 Na verdade, nem todo o presente que recebemos ou damos, significa que estamos a corromper. Os presentes podem ser sinal de início de uma boa amizade, ou gratificação pelo esforço que fazemos. Só podemos falar de corrupção quando nas nossas ações existem a noção de intencionalidade, o que significa dizer que, quando oferecemos alguma coisa ao professor, se estivermos a fazer para que ele amanhã retribua por favorecer-nos nos exames, aí sim, estamos diante de um acto de corrupção. Dentre os diferentes elementos que caracterizam a corrupção, os que mais se destacam são:

 Professor 

  • Levar o maior número de alunos ao recurso ou a reprovação com a intenção de motivá-los a darem algo em troca para a sua aprovação;
  • Começar a apresentar as dificuldades de aprendizagem na disciplina para intimidar os alunos a buscarem outros caminhos para serem aprovados;
  • Pedir directamente algum valor financeiro aos estudantes para a transição de classe;
  • Persuadir o (a) aluno (a) para o envolvimento sexual ou outras práticas para favorece-la (o) nos testes.

 Aluno(a) 

  • Oferecer um valor financeiro ou qualquer outro objeto de valor ao professor, com a intenção de motivá-lo a retribuir com boas notas;
  • Apoiar materialmente os docentes;
  • Tomar iniciativa em apoiar sempre o professor com o meio de transporte;
  • Apresentar falsos problemas familiares ou a idade como impecílio para o aproveitamento acadêmico.

 De reaçar que todas estas características fazem parte a corrupção sempre que estiverem presentes o factor intencionalidade por parte do aluno ou professor. Podem ter existido outros elementos que caracterizam a corrupção no ensino e que não foram mencionados aqui. A verdade é que cada um tem a sua maneira de persuadir ou corromper alguém para ser bem-sucedido. Este problema tem sido um dos fatores que faz com que muitos alunos, mesmo não tendo conhecimento e capacidade para a transição de classe, conseguem fazê-lo, acabando por aprovar e apresentar dificuldades no nível seguinte ou na sua área de atuação profissional.