A vingança do Bovespa
Publicado em 04 de maio de 2009 por Alexsandro Rebello Bonatto
A crise que atingiu o pior momento no fim do ano passado aterrorizou os investidores da Bolsa de Valores, que encerrou 2008 com o pior índice desde 1972, amargando queda de 41,22%.
Mas nada como um dia após o outro.
A Bolsa de Valores foi pelo segundo mês consecutivo o melhor investimento, superando com folga aplicações mais populares, como poupança e fundos de renda fixa em abril.
Investidores que aplicaram seus recursos em dólar e ouro (opções, digamos "mais seguras" em momentos de crise), tiveram o dissabor de perder até para a inflação do mês.
O índice de ações Ibovespa, referência para boa parte dos fundos de renda variável, ficou 15,55% mais alto em abril. Trata-se da maior disparada do índice desde fevereiro de 2005, explicada principalmente pelo forte fluxo de investimentos estrangeiros para a Bolsa brasileira.
Os fundos de renda fixa e do tipo "DI" apresentaram retorno médio de, respectivamente, 0,62% e 0,72% neste mês, segundo cálculo da Anbid (associação dos bancos de investimento), com dados atualizados até o dia 27. Aplicação mais popular do país, a poupança teve rentabilidade de 0,54%.
Esses investimentos ainda conseguiram proporcionar aos aplicadores ganho acima da inflação do mês, que foi de 0,36%, se medida pelo IPCA-15 (que reflete o consumo para famílias com renda até 40 salários mínimos). O retorno foi ainda maior se considerado o IGP-M, utilizado para o reajuste de aluguéis, que em abril apontou deflação de 0,15%. O quadro muda, no entanto, considerando os investimentos em alguns dos ativos financeiros mais arriscados do mercado: dólar e ouro.
Investidores que apostaram na moeda americana viram suas economias encolherem 5,92% neste mês, considerando a cotação formada no mercado à vista. A commodity metálica teve desempenho ainda pior: a cotação da commodity negociada na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) caiu 7,22%.
A Bolsa e as aplicações mais conservadoras ainda conseguiram ganhar da inflação do quadrimestre, que foi de 1,51% pelo IPCA-15. Pelo IGP-M, houve deflação, na verdade, de 1,07%. Dólar e ouro, outra vez, perderam. A cotação da moeda americana retraiu 6,55% entre janeiro e abril, enquanto o preço da commodity metálica ficou 2,50% mais baixo.
Da mesma forma, o Ibovespa encabeça o ranking do ano, com ganhos acumulados de 25,94%. A seguir estão, os CDBs com mais de R$ 100 mil, cuja rentabilidade chega a 3,07%. No último lugar está o dólar comercial, com perdas de 6,3%.
A bolsa brasileira foi beneficiada em abril pela melhora da conjuntura internacional. Indicadores econômicos de vários países apresentaram evolução no mês, o que tem levado alguns analistas a afirmar que o fundo do poço da crise ficou para trás.
Com isso, muitos investidores já saíram à caça de oportunidades de aplicações mundo afora. Nesse contexto, a bolsa brasileira ganhou destaque porque o desempenho econômico do País está relativamente melhor do que o de outros emergentes, os preços das ações caíram fortemente aqui entre outubro e dezembro e o Brasil é um grande produtor de commodities (a demanda por matérias-primas é uma das primeiras a crescer em períodos de recuperação).
Para se ter uma ideia, o saldo de investimentos estrangeiros na bolsa brasileira em abril estava positivo em R$ 3,75 bilhões no acumulado até o dia 28 (último dado disponível). No ano, o superávit era de R$ 5,1 bilhões.
Bibliografia:
Jornal O Estado de São Paulo de 01 de maio de 2009
Site Folha On Line em 30 de abril de 2009
Site ClicRBS em 03 de maio de 2009
Mas nada como um dia após o outro.
A Bolsa de Valores foi pelo segundo mês consecutivo o melhor investimento, superando com folga aplicações mais populares, como poupança e fundos de renda fixa em abril.
Investidores que aplicaram seus recursos em dólar e ouro (opções, digamos "mais seguras" em momentos de crise), tiveram o dissabor de perder até para a inflação do mês.
O índice de ações Ibovespa, referência para boa parte dos fundos de renda variável, ficou 15,55% mais alto em abril. Trata-se da maior disparada do índice desde fevereiro de 2005, explicada principalmente pelo forte fluxo de investimentos estrangeiros para a Bolsa brasileira.
Os fundos de renda fixa e do tipo "DI" apresentaram retorno médio de, respectivamente, 0,62% e 0,72% neste mês, segundo cálculo da Anbid (associação dos bancos de investimento), com dados atualizados até o dia 27. Aplicação mais popular do país, a poupança teve rentabilidade de 0,54%.
Esses investimentos ainda conseguiram proporcionar aos aplicadores ganho acima da inflação do mês, que foi de 0,36%, se medida pelo IPCA-15 (que reflete o consumo para famílias com renda até 40 salários mínimos). O retorno foi ainda maior se considerado o IGP-M, utilizado para o reajuste de aluguéis, que em abril apontou deflação de 0,15%. O quadro muda, no entanto, considerando os investimentos em alguns dos ativos financeiros mais arriscados do mercado: dólar e ouro.
Investidores que apostaram na moeda americana viram suas economias encolherem 5,92% neste mês, considerando a cotação formada no mercado à vista. A commodity metálica teve desempenho ainda pior: a cotação da commodity negociada na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) caiu 7,22%.
A Bolsa e as aplicações mais conservadoras ainda conseguiram ganhar da inflação do quadrimestre, que foi de 1,51% pelo IPCA-15. Pelo IGP-M, houve deflação, na verdade, de 1,07%. Dólar e ouro, outra vez, perderam. A cotação da moeda americana retraiu 6,55% entre janeiro e abril, enquanto o preço da commodity metálica ficou 2,50% mais baixo.
Da mesma forma, o Ibovespa encabeça o ranking do ano, com ganhos acumulados de 25,94%. A seguir estão, os CDBs com mais de R$ 100 mil, cuja rentabilidade chega a 3,07%. No último lugar está o dólar comercial, com perdas de 6,3%.
A bolsa brasileira foi beneficiada em abril pela melhora da conjuntura internacional. Indicadores econômicos de vários países apresentaram evolução no mês, o que tem levado alguns analistas a afirmar que o fundo do poço da crise ficou para trás.
Com isso, muitos investidores já saíram à caça de oportunidades de aplicações mundo afora. Nesse contexto, a bolsa brasileira ganhou destaque porque o desempenho econômico do País está relativamente melhor do que o de outros emergentes, os preços das ações caíram fortemente aqui entre outubro e dezembro e o Brasil é um grande produtor de commodities (a demanda por matérias-primas é uma das primeiras a crescer em períodos de recuperação).
Para se ter uma ideia, o saldo de investimentos estrangeiros na bolsa brasileira em abril estava positivo em R$ 3,75 bilhões no acumulado até o dia 28 (último dado disponível). No ano, o superávit era de R$ 5,1 bilhões.
Bibliografia:
Jornal O Estado de São Paulo de 01 de maio de 2009
Site Folha On Line em 30 de abril de 2009
Site ClicRBS em 03 de maio de 2009