A filha ama a mãe.

A mãe ama a filha.

A filha é de guanhães,

A mãe vive na ilha.

 

A filha vive a vida fora.

A mãe não ama essa vida

Da filha, que vive agora.

A mãe quer de volta a filha.

 

A filha não consegue hora,

Não quer ficar na matilha

Pois se sente  bem por fora

Não quer voltar para a ilha.

 

Parte então o coração

Ajudá-la, somente, não pode

Ao preço da prece em oração

A mãe, agora, se socorre.

 

Da prece então vem o bem,

Que de outras almas, socorrem

Outros olhos a vêem também

E de coração socorrê-la podem.

 

É tarde, porém ajudá-la agora, cruéis

Na multidão todos se empurram.

Escondem-se dos perdidos projéteis

De certeira pontaria a encontram.

 

E no meio de todos agora, imóvel,  jaz.