A vida é curta...curta a vida
Donizete Romon

Você seria capaz de entrar de joelhos numa agência de empregos e pedir uma vaga? Então porque você se arrasta psicologicamente diante de seu chefe ou de um superior qualquer? Li esta observação algum tempo atrás e acredito ser a mesma bem atual. A falta de empregos obriga o cidadão empregado a se comportar tal qual um escravo, diante de seus patrões. Caso contrário, irá engrossar a fila dos “sem-emprego”. Como, então, não se humilhar diante das imposições que nos apresentam? Quando você imagina que está tudo bem com sua ocupação, heis que surge alguém metido a mandar e, novas ameaças: - “Saiba que está assim de gente lá fora querendo sua vaga”. E o pobre coitado se cala, pois sabe que é verdade. Sabe também que se perder esse emprego, conseguir outro vai ser muito difícil ou quase impossível. E quando você tem pela frente, ainda, aquele chefe incompetente e pentelho? O que fazer? Nada? Aceitar talvez...ou agir com inteligência. Pois, lembre-se se você teme perder o emprego, ele também corre o mesmo risco. Se você for competente o suficiente nada terá a temer. No entanto, ser competente apenas de nada lhe servirá se os outros não conhecerem seus talentos. Divulgue-se. Tem mais valor a galinha que bota o ovo e faz o maior estardalhaço. Aquela que bota e fica quieta, vai prá panela! Você não acredita que as grandes empresas investem fortunas em publicidade e propaganda apenas porque querem, não é mesmo? Elas pretendem, através da divulgação, vender seus produtos ou serviços e, ampliar seu campo de ação. O que você tem feito para ampliar o seu campo de ação? Falando de galinha, lembrei de uma estória infantil muito interessante, que mostra um garoto que sonhava em ser alguém na vida. Em seus pensamentos ele planejava comprar uma galinha e fazer com que ela botasse pelo menos 20 ovos. Depois de chocados, esses 20 ovos se transformariam em 20 novas galinhas que juntas produziriam muitos ovos e conseqüentemente novos galináceos surgiriam, até que...ficaria rico! Mas tudo não passou de um sonho, tal qual aquele seu sonho de ganhar um carro de luxo no Bingo (tá proibido, viu!), uma casa na Telesena, barras de ouro em programa de tv e vai por aí afora...Sonhar sua vida não é vivê-la. Ficar na frente da televisão vendo histórias fantásticas de pessoas bem sucedidas, não vai te levar a nada. Você só estaria se iludindo, vivendo a vida do personagem como se fosse a sua e seus verdadeiros sonhos, ficando para segundo plano. Antes de criticar a administração do país, por exemplo, que tal analisarmos nossa própria administração? Está tudo bem em casa? Você sabe tão bem da vida de seus filhos, como sabe da vida do Ronaldinho? Você ficou preocupado com aquela reportagem que mostrou a vida miserável do Zé-das-Couves e seus pequenos repolhinhos que “sobrevive” no Rio de Janeiro e ligou para o programa para doar R$ 5 e não pensou na favela em frente a sua casa? Quantos Zés, que não aparecem na televisão estão à espera de um simples apoio que seja? Será que a vida só acontece na dimensão plana e irreal de sua telinha de TV? Saia dessa hipnose, arrisque-se a viver. A vida ao vivo tem outro sabor. A vida é curta...curta a vida!

Donizete Romon é jornalista e produtor cultural
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Donizete Aparecido Romon
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