A VERDADEIRA ESSÊNCIA DO SALMO 91

Não são poucas as pessoas que se valem do Salmo 91 no afã de amuleto, no mesmo molde da ferradura atrás da porta, da figa pendurada algures, da espada-de-são-jorge à entrada da casa e quejandos.

Na esteira da irrefreada superstição, este Salmo de Segurança tornou-se querido por muita gente religiosa, ou simpatizante de coisas religiosas, pois o que se vê de Bíblia aberta neste Salmo, em mesas, estantes e cabeceiras de camas, é coisa para religioso nenhum botar defeito!

Até em laje tumular encontra-se ele cinzelado! A caveira, é óbvio, não corre mais nenhum perigo físico nesta vida terreal; aliás, ela nem vislumbra a existência deste texto bíblico grafado a sete palmos de seu belo nariz esquelético, mas a pessoa viva que a rememora colocou lá o Salmo visando fomentar a sua própria crendice, como quem diz: “Onde quer que se encontre o meu ente finado, certamente lá do além está olhando para mim e me conferindo a bênção desse Salmo.”

Ledo engano!

Pessoas há que não creem na bênção integral e permanente deste Salmo, daí o inevitável apelo à crendice; outras descreem completamente, mas, por sugestão, usam-no como amuleto, consoante se pode constatar num apelo mercantil religioso intitulado de “Fronha dos Sonhos”, postado no YouTube (Internet), em que um pseudo-apóstolo (do grupo apostólico constante de 2Co.11:13,14) vende a tal fronha por 91 reais, em alusão ao Salmo 91. E a mandinga proposta consiste em levar o telespectador a fazer uma associação (cabala) entre os 91 reais e o número 91 do Salmo, na crença de que, comprando a esotérica fronha (vendida aos milhares!) ele será contemplado com as bênçãos do Salmo 91. Do enredo apresentado depreende-se que o referido sátrapa não pode dar a fronha de graça aos seus discípulos beócios, tampouco vendê-la por módicos 91 centavos (que, destarte, além de permanecer o pecado do mercantilismo religioso, ainda assim lhe renderia um considerável dinheiro). São 91 reais e pronto! E, assim, esse curandeiro milionário leva, uma vez mais, meio mundo no conto do vendilhão do templo, conforme Mt.21:12,13; Mc.11:15-17; Lc.19:45,46; e Jo.2:13-17.

Bem, religiosidades, crendices e mandingas à parte, vamos à verdadeira essência do Salmo 91.

Aprouve ao Senhor Deus não revelar a autoria do Salmo, e a minha versão das Escrituras Sagradas intitula-o de: A SEGURANÇA DAQUELE QUE SE REFUGIA EM DEUS; a saber, se a pessoa em Deus se refugia, está plenamente segura, portanto, sem a necessidade de deixar sua Bíblia aberta no Salmo em deferência, ou de grafá-lo em penduricalhos, ou de fazê-lo constar da lápide de um jazigo, ou de efetuar o pagamento de 91 reais a algum vendilhão do templo.

Lembremo-nos sempre: Este Salmo não é nenhum talismã; por conseguinte, não possui quaisquer truques mágicos, paranormalidades e conluios neopentecostais. Ele simplesmente ensina-nos sobre a segurança daquele que refugia-se, abriga-se tão somente em Deus.

VERSÍCULO 1: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso descansará.”

De início, este versículo dá-nos a impressão de que essa habitação e descanso no Senhor só ocorrerão no porvir, visto que o Altíssimo, o Todo-Poderoso, está entronizado nas alturas infinitas. Mas logo percebemos tratar-se do presente: Aqui e agora!

O Salmista está dizendo que aquele que habita, reside, mora no Esconderijo do Altíssimo, que é o lugar onde Deus esconde alguém; à sombra, isto é, à segurança do Onipotente descansará. E foi o que aconteceu com Jeremias e Baruque. Homens ímpios intencionavam levá-los à prisão, mas o Senhor Deus os escondera: “Antes deu ordem o rei a Jerameel, filho do rei, e a Seraías, filho de Azriel, e a Selemias, filho de Abdeel, que prendessem a Baruque, o escrivão, e a Jeremias, o profeta; MAS O SENHOR OS ESCONDERA.” (Jr.36:26)

Uma oportuna pergunta, retórica aliás: Quando o Senhor Deus esconde um remido seu, porventura há uma remotíssima possibilidade de alguém achá-lo? Consoante o Apóstolo Paulo, o lídimo crente no Senhor Jesus Cristo está absolutamente salvo, incólume de quaisquer perigos de amissibilidade, e nada e ninguém podem tirar-lhe a Salvação Eterna, porque ele já morreu para este mundo, e a sua Vida está escondida nos arcanos celestiais: “Porque morrestes, e a vossa Vida está escondida com Cristo em Deus.” (Cl.3:3)

VERSÍCULO 2: “Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.”

Que coisa mais grandiosa! O Senhor é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio! Preciso dizer mais alguma coisa?

Preciso? Então vou dizer: Este versículo me faz lembrar, com extremo regozijo, do belíssimo Hino REFÚGIO VERDADEIRO, nº 324 do Cantor Cristão, Hinário das Igrejas Batistas da Convenção Batista Brasileira.

VERSÍCULO 3: “Porque Ele te livra do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.”

E como livra!

Às vezes a ave me lembra o diabo, como na Parábola do Semeador, contada pelo Senhor Jesus Cristo, em Mt.13:1-23; Mc.4:1-20; e Lc.8:4-15. Mas, aqui, o diabo é o passarinheiro, ou seja, o caçador de pássaros.

Passei toda a minha infância vendo meninos caçando pássaros, com estilingues, espingardas artesanais e arapucas, matando-os a torto e a direito. Felizmente, Deus me livrou de matar um único pássaro, por qualquer motivo.

O diabo é o passarinheiro-mor que, com o seu laço (1Tm.3:7), vive à espreita para apanhar os pássaros incautos. Só Deus pode livrar-nos do laço do passarinheiro!

Também de pestes perniciosas o Senhor tem-me livrado desde que nasci. Já vi muita gente atingida por moléstias contagiosas diversas, mas de todas o Senhor me livrou, por seu Bendito e Inexplicável Amor. A Ele, pois, todo o meu louvor e adoração!

VERSÍCULO 4: “Ele te cobre com as suas penas, e debaixo das suas asas encontras refúgio; a sua verdade é escudo e broquel.”

Penso que toda pessoa familiarizada com um sítio sabe o que acontece quando alguém tenta tirar um pintainho refugiado sob as asas de sua mãe...

Ela simplesmente não permite!

Por acaso Deus faria diferente? Tem Ele menos zelo que uma galinha? Quem é o tresloucado que se atreve a mexer com um filho de Deus, guardado sob as asas do Todo-Poderoso?

Só um louco para tentar cometer tamanha loucura!

A garantia de que Deus nos cobre com as suas penas e de que debaixo das suas asas encontramos refúgio verdadeiro, é-nos dada pela Palavra de Deus, que é a Verdade (Jo.17:17); e a sua Verdade é escudo e broquel, isto é, duas vezes escudo! E o Apóstolo Paulo ensina-nos que devemos tomar o escudo da fé: “Tomando, sobretudo, o ESCUDO DA FÉ, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.” (Ef.6:16). Tomemos, pois, o Escudo da Fé, que é a Verdade, que é a Palavra de Deus, e então poderemos não somente nos defender, mas APAGAR todos os dardos inflamados do maligno.

VERSÍCULO 5: “Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia,”

Aqui, o imperativo é para não temermos os terrores da noite (animais do campo, violência urbana, abantesmas, etc.), nem seta que voe de dia, que, nos tempos hodiernos, são a bala perdida e os veículos automotivos dirigidos pelos doidivanas. Então, nós, os espirituais, não devemos temer essas coisas que aterrorizam as pessoas naturais; antes, descansemos no Senhor, pois habitamos no Esconderijo do Altíssimo.

VERSÍCULO 6: “Nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia.”

O medo da escuridão é comum a todas as pessoas. Em meu tempo de criança, na minha pequena Petrolina de Goiás, eu tinha profundo medo de dormir na casa de minha avó, porque, além de ser vizinha de muro do cemitério, ela possuía várias imagens dos cognominados “santos”; e eu sempre achei tétricos esses ídolos. É que as imagens cultuadas na casa de minha vovó eram as mesmas vistas no cemitério. Nessa casa, quando todos já estávamos recolhidos em nossas camas, qualquer barulho que se fazia ouvir acreditávamos tratar-se de assombrações, daí eu só conseguia dormir com a cabeça coberta, mesmo que fizesse o maior calor.

Como eu anelava pelo clarear do dia!

Eis dois exemplos de pestes que andam na escuridão: A bubônica, que é uma doença infecciosa, essencialmente do rato, transmissível ao homem por pulga; e a pessoa má, que é, figuradamente, uma peste. Mortandade (que é matança), é assassinato coletivo; morticínio, chacina. Mas o Salmista diz para não temermos nem uma coisa nem outra.

VERSÍCULO 7: “Mil poderão cair ao teu lado; e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido.”

Em Julho/1994 eu vivi um episódio que muito me lembra este texto.

Eu e minha família deixamos Brasília, objetivando passar um mês inteiro em Anápolis, em gozo de férias. Morávamos então num pequeno apartamento, no primeiro andar (acima do térreo) de um bloco de apartamentos de quatro andares. E, justamente às vésperas da viagem, uma das vidraças da porta (ela era composta de duas grandes vidraças) que separava a sala do alpendre, quebrou-se toda, deixando uma abertura perceptível à distância. Na verdade, mesmo fechada, a porta ficou como se estivesse aberta. Porém, de tão desejosos que estávamos em fazer a viagem, não quisemos perder tempo na colocação de nova vidraça no local, e então deixamos a coisa como estava.

Um mês depois, a nossa surpresa, quando pude testificar, uma vez mais, a imensurável bondade de Deus em meu curriculum vitae...

Quem conhece Brasília sabe que durante as férias ela se transforma literalmente num deserto. Então, como os moradores do nosso bloco saíram quase todos de férias, os ladrões fizeram a festa, mormente no nosso andar. O cenário era de portas arrombadas e de abatimento...

O Ximenes, meu vizinho de parede da esquerda foi o mais prejudicado. Os larápios furtaram-lhe tudo o que se podia carregar, além de quatro mil dólares que ele estava ajuntando para passar férias com esposa e filho nos EUA. Já o vizinho de parede da direita, exceto dinheiro, perdera praticamente as mesmas coisas que o da esquerda. Releva-se notar que ele possuía um toldo que, fechado, lacrava toda a sua varanda. Mas isto não foi estorvo para os gatunos.

Não foram poucos os apartamentos visitados pelos malfeitores, mas nós não fomos atingidos. Não saiu de nossa casa um único prendedor de roupas! Ou melhor, nem sequer chegaram a entrar em nosso apartamento, assim, como quem quer dar apenas uma espiadela!

VERSÍCULO 8: “Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.”

Ora, a recompensa dos ímpios, que é patente aos nossos olhos, é o fruto daquilo que eles mesmos fazem nas suas impiedades. Ensina-nos a Palavra de Deus: “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl.6:7)

VERSÍCULO 9: “Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo a tua habitação,”

Este v.9 é a primeira parte do v.10, é a sua introdução. Um inteira o outro. Ora, nenhum mal nos sucede, nem praga alguma chega à nossa casa, porque nós, os remidos, fizemos do Senhor o nosso refúgio, e do Altíssimo a nossa habitação. Nós habitamos no Esconderijo do Altíssimo!

VERSÍCULO 10: “Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.”

Nesta parte do Salmo, certamente o Salmista tinha em mente a bela História do Povo de Deus no Egito. O Senhor Deus enviara dez pragas para destruir o país de Faraó, símbolo da escravidão, mas o Povo de Deus, ali presente e prestes a ser liberto pelo braço forte do Senhor, não foi acometido por nenhum mal, nem viu chegar à sua tenda praga alguma. Ora, nenhum mal sucede, nem praga alguma chega à casa daquele que faz do Senhor o seu refúgio, e do Altíssimo a sua habitação!

VERSÍCULO 11: “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.”

Hb.1:14 informa-nos que todos os anjos são espíritos ministradores, enviados pelo Senhor Deus para servir a favor dos que hão de herdar a Salvação. E em quantos caminhos os anjos do Senhor guardam um filho de Deus? Em um, dois, cem ou mil?

Em TODOS os seus caminhos!

Recentemente, eu me encontrava sozinho num ponto de ônibus, num lugar ermo, numa das maiores avenidas de minha cidade, às 23:00h, visando retornar à minha casa. Então dois jovens passaram por mim, olharam-me, mas não me dirigiram palavra alguma. Alguns minutos depois veio correndo em minha direção um mancebo, que se encontrava no próximo ponto de ônibus. Ele estava pálido, trêmulo e quase sem fala...

É que aqueles dois rapazes transeuntes eram assaltantes e, armas em punho, levaram-lhe o celular e a carteira. Logo chegou o nosso ônibus e eu paguei a sua passagem.

VERSÍCULO 12: “Eles te susterão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.”

Estes vv.11 e 12 são tão reais e tão maravilhosos na vida do remido do Senhor, que o diabo os odeia; e, como ele é mentiroso e pai da mentira (Jo.8:44), ele adulterou este v.12 quando da tentação de Jesus, na cidade santa, sobre o pináculo do templo. A Escritura diz: “Eles te susterão nas mãos, para que NÃO tropeces em alguma pedra.”; mas o diabo o adulterou para: “E eles te susterão nas mãos, para que NUNCA tropeces em alguma pedra.” (Mt.4:6; Lc.4:11). A alteração do diabo, do NÃO para O NUNCA, é uma mentira, uma usurpação, porque é impossível ao ser humano NUNCA tropeçar. Deus permite-nos o tropeço, e até mesmo a queda, mas consola-nos com seu lenitivo de amor. NUNCA tropeçar só pode mesmo ser coisa do diabo, porquanto o Senhor Jesus Cristo disse que “ele é homicida desde o princípio, e NUNCA se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.” (Jo.8:44)

VERSÍCULO 13: “Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.”

Já ouvi alguém dizer que a aplicação deste Salmo não é para este mundo terreno, e sim para o vindouro, o Paraíso, visto que ninguém consegue pisar esses animais sem ser morto. Erram essas pessoas por não conhecerem as Escrituras nem o Poder de Deus (Mt.22:29; Mc.12:24). Com efeito, o leão de Timnate não fez nem cócegas em Sansão. Sem ter coisa alguma na mão, Sansão despedaçou-o como se fosse um cabrito (Jz.14:5,6). Davi certamente matou mais de um leão (1Sm.17:34-37). E Daniel na cova dos leões? O que lhe fizeram eles? Bulhufas! (Dn.6:22; Hb.11:33). O réptil extremamente venenoso que picou a mão do Apóstolo Paulo, quiçá lhe tenha feito alguma cosquinha, mas não passou disso (At.28:3-6).

Portanto, este versículo não é uma ficção nem algo futurista. Ademais, um episódio singular marcou-me sobremaneira, ao ensejo da lavra deste artigo. Eu estava em meu quarto redigindo-o e precisei ir ao banheiro; e, ao entrar deparei-me com uma lacraia, graúda e horripilante. Esse artrópode peçonhento pode ser letal a um infante, e em minha casa há dois. O Senhor meu Deus ma mostrou, e eu nela pisei...

VERSÍCULO 14: “Pois que tanto me amou, eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque ele conhece o meu Nome.”

Aqui, o Senhor Deus está dizendo que livrará e porá num alto retiro aquele que tanto o amou. E por que Ele fará isto? Porque aquele que tanto o amou conhece o seu Nome.

Conhecer ao Senhor é ter relações ou convivência com Ele. É ter Koinonia com Ele. É reconhecer que só Ele é Deus. E o Profeta ensina-nos: “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor.” (Os.6:3). E conhecer o Nome do Senhor é a coisa mais excelsa e maravilhosa que pode acontecer a uma pessoa; é o extremo da fé! Conhecer o Nome do Senhor Jesus Cristo, na dimensão mais perfeita da fé, é ser salvo eternamente por Ele, por sua Graça; é saber que só o Nome dEle salva: “E em nenhum outro há Salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.” (At.4:12). Conhecer o Nome de Jesus é, de todas as bênçãos, a mais inefável, porque “acontecerá que todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.” (id.2:21)

VERSÍCULO 15: “Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei.”

O Senhor continua falando de bênçãos sobre aquele que o ama. “Quando ele me invocar”, diz o Senhor, “eu lhe responderei.” Completamente diferente do deus Baal e de todos os deuses da idolatria estéril. Disse o Profeta Elias aos quatrocentos e cinquenta profetas de Baal: “Então invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o Nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por meio de fogo, esse será Deus. E todo o povo respondeu, dizendo: É boa esta palavra.” (1Rs.18:24). E o resultado foi o seguinte: Baal, por ser um deus surdo-mudo, não respondeu patavina, não obstante seus profetas terem invocado o seu nome até depois do meio-dia (id.v.29); mas o Senhor, o Deus Vivo e Todo-Poderoso, respondeu à invocação de seu servo Elias (id.vv.37,38).

Então, quando um filho de Deus invoca o Nome do Senhor, Ele lhe responde, fica com ele na angústia e o livra; e, finalmente, o honra. Que Deus Maravilhoso! É incontestável! Depois que a gente conhece este Deus Maravilhoso, Verdadeiro e Único, Único Deus Verdadeiro (Jo.17:3), não dá mesmo para pertencer a um deus diarreico qualquer.

VERSÍCULO 16: “Com longura de dias fartá-lo-ei, e lhe mostrarei a minha Salvação.”

Para tornar este Salmo ainda mais belo, este versículo encerra-o com o Deus Salvador falando sobre a sua Salvação. E não poderia ser diferente!

Depois de todas estas bênçãos espirituais sobre o seu remido: O descanso (v.1); o livramento (vv.3,14,15); a cobertura e o refúgio (v.4); a ordem aos seus anjos a respeito do salvo, para o guardarem em todos os seus caminhos (v.11); o posto num alto retiro (v.14); a resposta, a presença com ele na angústia, e a honra (v.15); a fartura com longura de dias (v.16); depois de todas estas bênçãos espirituais sobre o seu remido (visto que Deus já nos abençoou com TODAS AS BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS, conforme Ef.1:3), o Deus Salvador mostra-lhe a sua Salvação.

E poderia ser diferente? Afinal, qual é a maior e mais inefável bênção do Altíssimo Deus ao homem mortal e pecador?

Indubitavelmente, é a Salvação Eterna em Cristo Jesus, nosso Eterno Senhor e Único Salvador!

E a maior e mais indefectível Segurança, a mais Gloriosa Promessa de tantas quantas o Senhor nosso Deus já nos fez, é a Promessa de Vida Eterna: “E esta é a Promessa que Ele nos fez: A VIDA ETERNA.” (1Jo.2:25)

Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém.” (Jd.25)

Lázaro Justo Jacinto