A UNIVERSALISAÇÃO DO ENSINO MÉDIO PÚBLICO EM ALTO ARAGUAIA-MT: UMA Discussão Necessária.

                             Profª Elisete Amador Pereira

     Artigo de opinião

   Temos na educação um grave desafio a enfrentar, visto que a realidade em nosso país em relação a educação e o jovem no ensino médio tem sido debatido constantemente. Indicadores educacionais tem apontado que a metade dos jovens entre 15 e 17 anos não frequentam o ensino médio, e aproximadamente um terço desses jovens são repetentes ou ainda permanecem no ensino fundamental, provavelmente por ingressar tardiamente na escola.

   No nosso país ocorre uma grande quantidade de brasileiros que são excluídos da educação e poucos vê seu direito de participar no desenvolvimento social e participar em questões políticas.

   Quando se fala na universalização do ensino médio, temos que debater o problema que aflige a maioria dos educadores e educando, que é a reprovação e a evasão escolar.

   No Brasil, são muitos os desafios das Políticas públicas do ensino Médio. Não conseguiu-se universalizar o acesso a essa etapa da educação. Por quê? O fator preponderante, em nossa opinião, é que os jovens não estão conseguindo conciliar o trabalho aos seus estudos. Tais circunstâncias impõem, discussões sobre as políticas públicas democráticas que venham de encontro às necessidades tanto dos jovens e adultos, homens e mulheres de diferentes etnias. É importante debater temas voltados para as políticas de reformas estruturais, as quais possam promover a superação da atual estrutura social geradora da desigualdade. Tem que haver uma discussão e coloca-la em prática sobre retirar do mercado de trabalho formal e informal, todas as crianças e jovens até a idade de conclusão do ensino médio. Para isso, é necessário desenvolver medidas na área da educação e da formação profissional. De acordo com MORAES, tem que haver programas de transferências de renda aos jovens em situação de vulnerabilidade e risco social, conforme reivindicações de movimentos sociais e insistentes recomendações de especialistas, com ensaios bem ou mal sucedidos do governo atual ( MORAES, 2006 ).

   Portanto, é necessário, uma universalização do Ensino Médio público de qualidade, com a implantação da escola unitária de currículo integrado, que tenha por princípio a dialética entre sociedade, trabalho, cultura, ciência e tecnologia.

   De acordo com o Projeto de Lei nº 8.035/2010, a universalização do ensino médio público deverá ocorrer até 2016, atendendo toda população de 15 e 17 anos e elevar até 2020 a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% nesta faixa etária. Atender também a população escolar de estudantes que apresentarem deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotados na rede regular de ensino.

   Como adverte BRANDÃO (2011, p. 2004), o grande desafio é trazer os jovens para a escola, fazer com que nela permaneçam e que concluam com sucesso o ensino médio.

    Esse tem sido o grande desafio na nossa escola, em Alto Araguaia-MT, devido ao alto índice de evasão escolar em nossa região.

              Elisete Amador Pereira

   Graduada em História pela Universidade Federal de Goiás- UFG, Licenciatura e Bacharelado, 1999.

   Pós graduada em Gestão E Organização da Escola pela Universidade do Norte do Paraná- UNOPAR.

   Atualmente faz parte do PACTO DO ENSINO MÉDIO- MEC.

Referências

   BRANDÃO, C. da F. O Ensino Médio no Contexto do Plano Nacional de Educação: o que ainda precisa ser feito. Cadernos ( Impresso ), Campinas v.31, nº 84, p. 195-208, 2011.

   MORAES, C. S. V. Educação Permanente; direito de cidadania, responsabilidade do Estado. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 4, nº 2, p. 395- 416, 2006.

                                                                   Alto Araguaia- MT

                                                                             2014