Vinte e dois anos passaram da assinatura, em Marrakesh-Marrocos do Tratado Constitutivo da comatosa União do Magrebe Árabe, pelos cinco Chefes de Estados Magrebinos, tendo em vista uma mobilidade para o nosso Magrebe tanto sonhado e esperado a esses grupos populacionais.

 Interroga-se se a UMA tem ainda um papel a desempenhar na construção da unidade Magrebina? No momento, vivemos uma triste realidade do Magrebe. Com as ameaças terroristas em toda a região, a situação inquietante para o Estado argelino, a segurança do Estado institucional na Líbia, a crise governamental no Marrocos, e a a instabilidade política, a insegurança na Tunísia, além das fronteiras terrestres fechadas entre a Argélia e o Marrocos, desde 1994. tudo isso reflete as situações instáveis entre os vizinhos do Magrebe. As acusações mútuas entre os Estados que sabotam uma verdadeira marcha em prol  da união magrebina.

 Entre as separações, as tensões e os encravamentos, os cidadãos do Magrebe suportam  os dramas humanos insustentáveis, com altos custos das crises econômicas, sociais e da insegurança. Os cinco países devem admitir ser os responsáveis  das consequências das críses políticas. No âmbito disso, a juventude do Magrebe será a principal vítima, intrincada e complexada pela desuniao do Magrebe, na qual o povo sofre  pela falta de condições de vida melhor para o cidadão Magrebino. Os meios limitados atribuídos à educação e à formação, principais fatores de conscentizaçao  sobre o perigo dos movimentos jihadistas, que ameaçam a estabilidade  da UMA e das sociedades abertas sobre  a imigração, onde os jovens norte-africanos lutam para um lugar dentro da Uniao do Magrebe, no limbo e no pessimismo.

 Antes de interrogar sobre as questões da globalização e os desafios da unidade  Magrebina,  é necessário lembrar da força humana existencial da União. A incerteza do Magrebe não deve impedir o avanço das negociaçoes e a ação da UMA. Os  próprios meios engajados urgem para lutar contra a pobreza, a desigualdade e as tentações egoístas. Por muitos anos, os magrebinos tinham defendido um  pensamento a favor da UMA. Hoje o mundo árabe é viável, uma vez que aborda novos paradigmas com visão  e reflexão de ação. Um Magrebe que defende a consolidação de uma opinião pública comum emergida como uma verdadeira cidadania magrebina.

 A última reunião dos diplomatas Magrebinos em Tunis,  Maio 2016, a principal proposta é de defender a necessidade de dar um novo impulso à construção do Magrebe unido, pleiteando a favor de uma abordagem magrebina face ao aumento de ameaças terroristas na região, revendo os textos jurídicas e os mecanismos de ação da União, chamando ainda para uma ação do desenvolvimento de novas abordagens para sair a União da estagnação e do imobilismo mortal. Estas considerações divulgadas pela imprensa Infelizmente não foram suficientes para embarcar numa verdadeira ação cidadania,  o que levou o Magrebe a reiterar a esperança da retomada da União. Tal situação leva os estados do Norte Africano e as instâncias da UMA repensar os modelos africanos, desde 17 de Fevereiro de 1989, a UMA constitui uma oportunidade  para a cooperação, integrar as ações concretas de complementaridade comercial e econômica, através de paradigmas comuns na educação, na formação, na segurança e na economia. E com o único interesse o bem comum dos povos do Magrebe. Interrogando sobre os resultados alcançdos até à data? Do ponto de vista local foi nulo e o futuro sombrio para estas populações que aguardam benefícios imediatos. Uma vez que  a União do Magrebe não correspondeu  a perspectiva do povo e a animosidade dos governos.

Para os cidadãos do Magrebe, as inteligências coletivas constituem um instrumento   para o Magrebe concluir as transições democráticas. Se as instâncias representativas oficiais dos Estados Magrebinos não foram estéris até hoje, o Magrebe avançará nas questoesões do desenvolvimento estrutural. Uma vez que a juventude magrebina, os empreiteiros, os sindicatos, as cientistas e todos os componentes da sociedade civil preocupam com o futuro das organizações do Magrebe, dos Estados do Magrebe e do dinamismo  da juventude.

 A  ação civil magrebina: a juventude na vanguarda

Assim, para redinamizar a unidade do movimento Magrebino, a interrogação é sobre o movimento da protestação da populução Civil, ou seja a juventude, sua criatividade e sua inovação do Magrebe, da sociedade civil e do Norte Africano. A chama magrebina reavive as associações juvenis, o domínio da mídia social e das novas tecnologias de informação.  Tudo isso faz um dinamismo sustentado e contínuo das  políticas socio-econômicas e da integração magrebina. Uma questão urgente e vital que é a lógica da defesa da UMA, das capacidade e dos meios da juventude. Isso anima uma  esperança e uma ambição pelo cohecimento histórico e pela  ideologia da integração. Razão pela qual  as barreiras e as críticas de uma cidadania Magrebina passa essencialmente pela resolução dos problemas estruturais  para os povos.

 A juventude magrebina é motivada em vários níveis: a abertura para os povos da região em termos da solidariedade na construção de novos  conceitos de instituições  magrebinas, baseando-se sobre a democracia, a inclusão da juventude na sociedade civil. Além da urgência de um novo impulso para a unificação dos povos magrebinos, o que se reflete nas aspirações dos jovens a reavivir o mundo ideal. A propagação descontrolada das redes sociais e a apropriação do jovem do pensamento socio-econômico e das políticas da refundação das instituições do Magrebe. A este título, a sociedade civil norte-Africana deve multiplicar seus esforços para dar um novo e um forte sentido a unidade africana em termos da democracia dos direitos humanos, da liberdade e da justiça social. Parece ser isto um pré-requisito essencial para qualquer construção unificadora, sólida e sustentável.

 A juventude é o cimente principal  da opinião magrebina

Diante de uma Europa poderosa economicamente, mas inclinada  aos reflexos soberanistas e populistas, as sociedades do Magrebe, e as pessoas, principalmente os  jovens, devem engajar-se sem retardar para alcançar o sonho histórico que é o Grande Magrebe unido e democrático. A sociedade norte-Africana é ciente da mudança que pode afetar profundamente os seus estilos de vida e sua organização. Ela adapata-se facilmente à diversidade cultural que a constitui: o arabismo, islamismo, o Amazigh, o judaísmo, o nomadismo, africanismo e Euro-Mediterrâneo. O que parece unir-se, e os jovens magrebinos para vivirem  com o desenvolvimento de tal riqueza. O sucesso do projeto de civilização que a juventude  defende com força pode ser consolidado, apenas dentro de um Magrebe unido, democrático e rico com todos os seus componentes.

 Somos os herdeiros de um espaço geo-histórico baseado sobre um só "DNA"  sociocultural fecondado pelas mesmas civilizações, rica pela diversidade. Este osmose manifesta-se hoje pelas semelhanças culturais, linguísticas, artísticas, sociais ou até culinárias de uma clareza indiscutível. Os povos do Magrebe sentem  a necessidade de transformar esses ativos em um edifício comum institucional e civilizacional. Eles reveindicaram, nos últimos anos 2011 e 2012,  eles expressaram ainda suas revoltas, pelo nível socio-económico,  as vozes virulentas foram para uma melhor gestão dos assuntos públicos. Eles reivendicaram a aplicação do Estado de direito e a melhoria das condições políticas, jurídicas e eleitorais do Magrebe. Eles exigem cada vez mais o acesso para todos à educação e à formação de qualidade, com base nos princípios da igualdade: o que permite o desenvolvimento e a abertura sobre o mundo. Ainda eles aspiram uma educação  para todas as futuras gerações  e os direitos humanos, os quais possibilitam a igualdade entre homens e as mulheres. A generosidade para com os fracos e a condenação de todas as formas do  racismo e de extremismo.

 Hoje não se pode mais confiar ao Estado-nação fechado sobre si mesmo, contando  sobre seus próprios meios insuficientes e limitados. Todas os análises orientam no sentido de uma urgência da integração magrebina e econômica e, mais tarde a política. A consolidação dos blocos regionais na Europa, na América, na Ásia e mesmo na África, enquanto no Magreb, infelizmente, continua sob uma região dominada em detrimento de uma grande parte  do povo. Isso provoca ainda mais os conflitos e as animosidades herdada do período da Guerra Fria, bem como da deterioração  do nível de vida do povo do Magrebe.

 É hora, portanto, de trabalhar em conjunto para lançar uma nova ordem magrebina,  baseada na cooperação, na solidariedade, na liberdade de movimento, na resolução pacífica dos conflitos e na parceria estratégica entre os cinco países do Magrebe para um futuro melhor e  comum. Os jovens norte-africanos formados  para contribuir activamente na construção de uma verdadeira opinião pública norte-Africana, capaz de contribuir no desenvolvimento da região.

 Através de seu forte senso de inovação e da sua influência sobre as redes sociais e as novas tecnologias de informação, os Webs, as televisões e os portais interativos, multi-purpose, surgem como os espaços permanentes e as instantâneas de debate para o Magrebe, sem barreiras e sem fronteiras. Todas as questões da atualidade e os assuntos sociais podem fazer parte de análise para a consolidação da opinião dentro de todas as populações norte-Africanas. Tal dinâmica resultará no fortalecimento da ideia da cidadania norte-Africana. Dos cidadãos do Magrebe forçam as circunstâncias  e a possibilidade de exigir o banimento das fronteiras e possibilitar os planos e plataformas para um Magrebe unido, aberto, forte e a favor do cidadão. Tudo isso deve permitir descernir entre  a insularidade dos espíritos e a clarividência  da inteligência coletiva. O que torna cada vez mais fácil e viável a marcha volontarista no sentido de  Magrebe unido e democrático, proclamado pelos povos e transcende as gerações e os períodos.

Lahcen EL MOUTAQI