Na última hora,

Sob a última trombeta,

E ao ressoar da última oração no infinito.

 

Cada estrela há de se curvar,

E as harpas hão de cessar,

Nenhum anjo irá cantar.

 

Pois o Rei, em aviso solene,

Com braços erguidos e grande voz,

Exclamará: - Está feito!

 

O número de Seus súditos será completo,

E, sob o sopro das trombetas,

Despedaçar-se-ão os relógios,

Sacudindo milhões de planetas.

 

“Aquele que tem apenas um momento na vida,

Nada mais tem a esconder” .

 

O anjo da misericórdia dobrará as suas asas,

O abrigo na tempestade, se desmanchará em cinzas,

E a última sentença será decretada:

– ELE VIRÁ!

 

Flávio Filho