Nada mais interessa. Nem os dias, nem as horas, nem nada dessas coisas absurdas que se transformam em rotina. Só consigo ver esse fogo que queima lentamente e procura friamente por cada um de nós.
E todos continuam desligados do tempo...
E as almas permanecem frias, buscando o transparecer dos nossos corações.
Profundamente intensos e friamente calculistas; calculamos o nada que somos.
Uma visão ampla e assustadora de todas as nossas essências e subtrações.
Eternizando tudo que se perdeu do nada que foi conquistado com as próprias mãos. Procurando pequenos motivos para continuar vivendo. Dilasserando todas as vastas multiplicações.
A simplicidade do ser, a luz e as trevas que nos define, nos difere de tudo o que já foi visto um dia, porém, nunca tocado.
Os olhos se fecharam... A alma permanece ferida e o coração sangrando, pois ninguém perdoa tampouco pede perdão.
Não há estrelas, e todos se perguntam onde está Deus; tão transparente e silencioso, que às vezes parece inexistente.
Quando o céu cair, vazio, viveremos na imensidão do breu, sempre querendo, mas nunca buscando uma explicação.