O caminho determinado por Platão, a superação   das impressões que vem do campo dos sentidos, ou seja, o mundo da experiência.

As impressões sensíveis são responsáveis pela produção do senso comum, o que significa epistemologicamente erro.

O que é determinado pela opinião, em que o sujeito forma da realidade. Com efeito, o mundo empírico é essencialmente prejudicial à ciência.

Desse modo, para Platão é fundamental superar academicamente o mundo das sensações sensíveis responsáveis pela deturpação do pensamento.

 Portanto, para o conhecimento ser verdadeiro, autêntico tem que superar o campo da indução, sustentando tão somente aprendizagem na esfera racional, denominado de sabedoria pura.

Com efeito, para chegar a epistemologização do saber, o homem não pode valorizar as opiniões, o que é entendido em grego pelo termo técnico de filodoxia.  A superação do amor à irracionalidade.

Desse modo, o conhecimento proposto por Platão, substancia-se na epistemologia, termo técnico episteme, conhecimento teórico sustentado pela dialética.

Sendo  dessa forma, é importante saber em que consiste a dialética platônica, contraposição de uma opinião, diferente da dialética moderna, nascida com Hegel, particularmente Karl Max.

Para Platão afirmação de uma tese resultada do mundo empírico a mesma se faz em afirmação, seguida de uma discussão, objetivando sua negação por não fazer parte do mundo epistêmico. A reconstrução pelo método das ideias.

Na superação da tese, pela mediação da contemplação das ideias puras, epistemologizadas, na eliminação dos equívocos pela destituição da empiria, determina-se a verdade pela contemplação absoluta.

Desse modo, formula-se o mundo do saber. Porém é fundamental chegar ao conhecimento pela eliminação da percepção da aprendizagem da aparência e das diversidades das realidades fenomenológicas.

Quando se chega ao conhecimento, por meio das sistematizações ao atingir a ideia perfeita, provocando rupturas com os entendimentos ilusórios, tal procedimento para Platão só é possível por meio da Filosofia.


Portanto, o crítico literário ou filósofo tem que sair do mundo sensível ou empírico e chegar ao mundo das ideias por meio das mesmas compreendendo o domínio absoluto do ser e dos fenômenos.

A compreensão do que é eterno, imutável, nessa epistemologização só podemos atingir ao conhecimento, pela racionalidade científica o que é compreendido hoje pejorativamente por idealismo. O mundo das ideias perfeitas.

Em conclusão para Platão o mundo empírico é a representação da opinião, portanto, a ideologização do conhecimento.

 O entendimento da realidade é uma luta permanente para compreender o mundo das ideias que pertence a priori a outra esfera do saber, sistematicamente distante da realidade prática.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.