A Teoria de Piaget e sua relação com a psicogenética.

Com formação em Psicologia, também filósofo e pedagogo, suíço nasceu no amo 1896 e morreu em 1980, elaborou uma teoria pedagógica fundamentada no construtivismo e na psicogenética de capital importância para entender os estágios do processo da construção da aprendizagem.  

Segundo a sua concepção epistemológica, não existe o conhecimento inato, a gênese da razão e tudo que for ligada a ela, avança progressivamente dentro de uma lógica natural da concentração e construção da síntese. Parte do pressuposto da teoria empírica de Locke, a criança quando nasce não tem absolutamente nada no cérebro.

A mesma passa por estágios sucessivos, nos quais se organiza a construção do saber, sua teoria é denominada de construtivismo, o saber é construído pela criança e não imposto de fora, como muitos pedagogos imaginam.

Com efeito, a psicogenética para ele é entendida, como formulação do desenvolvimento do estudo individual, da gênese da lógica da organização das percepções, regras e normas que não são inatas, mas resultadas de uma construção permanente e progressivamente ao caminho do acúmulo do saber e da elaboração do mesmo.  

Segundo a teoria de Piaget a criança passa por quatro estágios de desenvolvimento mental, sendo o primeiro deles, aquele que se denomina estágio sensório motor ao que vai de zero aos dois anos, estágio que predomina o desenvolvimento das percepções sensoriais e dos movimentos.

O segundo estágio desenvolvido pelos seus estudos da psicogenética corresponde dos dois aos sete anos. Esse segundo momento tem início, quando a lógica infantil começa desenvolver o reconhecimento do mundo intuitivo e simbólico.  É também o momento em que processa ao desenvolvimento da fala.

Nesse instante a inteligência é intuitiva por não conseguir separar a linguagem da experiência vivida.

A criança não consegue entender abstratamente o que foi verificado pelo mundo prático. Trata-se de uma forma de inteligência egocêntrica, não como um mal verificado, mas decorre da condição da sua existência a sua idade.

Do ponto de vista moral não se pode dizer que já exista introjeção das regras morais, mas a partir dos quatro anos, já começa saber que poderá ser punida a respeito da desobediência de procedimentos familiares e sociais.

Do estagio das operações concretas.

Dos sete aos doze anos, um estágio mais longo apresenta ação às operações do intelecto, fundamentam-se diretamente nos objetos e não em hipóteses, habilidade que poderá ser realizada no estágio final.

A lógica deixa de ser necessariamente intuitiva e passa para o campo da operação, quando a criança começa interiorizar a ação. A operacionalidade do terceiro estágio, ainda é concreta, depende das formas intuitivas da experiência vivida, mas o pensamento começa funcionar de forma organizadamente, permitindo construções lógicas.

O quarto estágio das operações formais.

Corresponde com o período da adolescência, o pensamento atinge operações formais abstratas, interioriza as situações vividas, produz o pensamento formal hipotético dedutivo, já começa tornar possível a produção do pensamento científico, desenvolvimento da Filosofia etc.

Efetiva-se a questão da superação do egocentrismo, realiza a aprendizagem do desenvolvimento da cooperação e reciprocidade. O desenvolvimento da capacidade para o amadurecimento ético. O respeito ao princípio da hierarquia e o desenvolvimento heteronímico das relações humanas.

Desenvolve a capacidade de refletir sobre limites, procedimentos de condutas certas, capacidade de superação de condicionamentos, quando se decide pelo cumprimento das normas.

Interiorização das discussões, capacidade do desenvolvimento do alter ego, disponibilidade para refletir diferenças, capacidade para preservação da autonomia.

Edjar Dias de Vasconcelos.