O texto tem como tema central as ideias do filósofo Michel Foucault sobre as relações entre verdade e poder. A autora trata ainda das implicações da teoria foucaultiana sobre a educação.
 A autora inicia a análise das ideias de Foucault com relação aos chamados regimes de verdade, que estariam baseados na relação tautológica entre verdade e poder e ligados aos discusos dominantes de uma determinada sociedade. Gore estende o conceito de regimes de verdade a todos os tipos de discursos, e não apenas aqueles dominantes.
    Foucault afirma que verdade e poder são elementos diferenciados, e nega que o poder só possa funcionar de maneira negativa e que a verdade necessariamente irá questionar ou combater o poder repressivo. Dessa forma, questiona as pedagogias distas revolucionárias, por acreditar que é impossivel que se descubra alguma verdade única e absoluta.
    Para o filósofo francês, as formas de governo (considerando não apenas as formas instituiconais de poder) modernas estão baseadas no poder disciplinar, que seria uma forma de controle invisível. A autora indica que isso explicaria os mecanismos de auto-regulação dos estudantes presentes nos espaços escolares.
     Essa autodisciplina presente nas ecolas é obtida atraves de práticas refereidas por Foucault como tecnologicas do eu corporal, que podem ser compreendidas como manifestações do eu mental. Nesse sentido, segundo Gore, as pedagogias funcionam como regimes de verdade e tem as relações de poder-saber como fundamentais.
      Para Foucault, é no discurso que se articula a realação poder-saber, de uma maneira complexa e instável, onde ele pode ser pró-poder e uma maneira de resistência ao mesmo. Dessa forma, não existiria um discurso eminentemente a favor ou contra o poder, sendo assim ambíguo. As pedagogias ditas libertadoras não podem ser consideradas completamente radicais ou progressivas, pois elas podem tanto estar inseridas na estrutura do poder quanto resistirem ao mesmo.
      Gore conclui que oes regimes de verdade são necessarios e podem ser positivos (no sentido de produtivos). Coloca ainda que o saber e o poder podem manter uma relação positiva. Com relação as pedagogias radicias, a autora acredita que haja uma busca de afirmação perante os discursos tradiconais que leva a uma falta de refletividade. E ainda que seja preciso que se reconheça a necessidade de uma desconstrução dentro de cada linha ou teoria, seja ela pedagógica ou não.
      Com relação especificamente a importância e a contribuição de Foucault, Gore colca que a maioria das críticas as suas ideias está baseada em leituras particulares e ideológicas. Indica ainda que Foucault não explicou sua posições éticas e politicas poer desacreditar em grandes bases teoricas desse tipo ( ou grandes regimes de verdade), mas que deixou importantes estratégias para aqueles que lutam contra determinadas estruturas de poder.