Falando a Linguagem da Natureza:
Princípios da Sustentabilidade.
Alberto Silva



O texto lido apresenta-nos a teoria dos sistemas vivos numa análise de Frifjot Capra, sobre seu livro A Teia da Vida, e divulgando o Centro de Eco-Alfabetização e como as crianças aprendem a ter uma nova visão de mundo, onde o olhar é mais amplo, e a vida é mostrada não de forma linear, mas de forma circular, partindo-se do princípio que somos um sistema que abriga outros sistemas e por isso nossas ações têm reflexos em outros sistemas, que Capra chama de sistemas aninhados. A que se perceba estes processos necessário se faz compreender como a natureza se move age e reage provocando o equilíbrio dinâmico.
Na educação isso causa uma releitura de atos e hábitos, diferente da educação capitalista e selvagem que vivenciamos a eco-alfabetização segundo Capra leva o homem a entender o mundo como interdependente onde todos os organismos fazem parte de um sistema vivo onde do bom funcionamento de resulta o bem estar do outro como uma grande rede de informações onde cada um faz a sua parte para que o todo possa retornar para si.
O papel da diversidade nesse sistema é assegurar que se um sistema vivo for eliminado logo outro se adéqüe a função do sistema eliminado e possibilite o sistema macro funcionar sem grandes perdas, talvez isso explique a de adaptação dos seres. Capra afirma:- [...] Quando uma determinada espécie é destruída por um transtorno grave que rompa a conexão da teia, a comunidade que se apóia sobre a diversidade é capaz de sobreviver e se reorganizar, já que as outras conexões podem ao menos parcialmente realizar a função da espécie destruída.
Essa visão cíclica da vida descarta o individualismo, pois todos é parte de um todo que é parte de um todo maior. O pensamento linear não é produtivo, pois destrói sistemas e obriga o todo a fazer readapções para suprir o sistema destruídos pela diversidade e manter o equilíbrio dinâmico, quando chega no ponto auto regulação e reorganização para colocar a teia da viva em circulo devido as ações lineares adotadas pela evolução do pensamento humano, que provocam stress temporários necessários a evolução do sistema, mas que em excesso provoca perdas irreparáveis ao sistema macro.
O capital depende do consumo e o consumo do desperdício, que depende da vaidade humana, que provoca o luxo, mantido pela produção, que explora para superar a necessidade, que o consumo impõe para o mercado que precisa inovar para poder concorrer e despertar a cobiça aguçando o fetiche e a busca pelo lucro para poder consumir mesmo se auto-consumindo.
A teoria dos sistemas vivos baseia-se no respeito pelo que é possível para um sistema realizar enquanto parte do todo para gerar sustentabilidade, passa-se pela necessidade de conhecer a natureza do sistema e suas carências e respeitar os limites para que o sistema macro a rede não necessite recorrer à diversidade para se reorganizar. Isso nada mais é que utilizar racionalmente a natureza em prol do todo e de si, buscando sempre alternativas que permitam em curto prazo a reposição natural do bem utilizado para o bem comum, e este comum incluiu a própria natureza, pois sendo ela a mantenedora deve ser cuidada para não parar de devolver o esforço do micro sistema. O aperfeiçoamento dos seres humanos e o repensar na forma de relação homem natureza, o home se vendo como parte do sistema em que habita e portando respeitando o ciclo de existência e suas flexibilidades, movimentando-se dentro do paradigma circular adaptando-se ao giro e permitindo que o equilíbrio aconteça sem a necessidade de chegar ao ponto de stress permanente que destrói os princípios da ecologia e da vida.
Essa reformulação segundo Capra cabe-nos reaprender os princípios da natureza e criar sistemas de educação pelos quais as gerações futuras venham aprender a planejar as sociedades que se respeitem e se aperfeiçoem como parte de um todo que tem sua função vital no circulo vital da teia da vida.