Nas ultimas décadas, na maioria das áreas de atuação profissional, é visível o processo de modernização e inserção de ferramentas de tecnologia da informação nos processos e rotinas de trabalho de diversos profissionais. Por exemplo, um trabalhador da indústria automobilística que trabalhava neste setor há trinta anos, provavelmente sem o treinamento adequado, possivelmente não conseguiria trabalhar nesta área. Atualmente, devido ao constante processo de modernização e automação das rotinas de trabalho. Este quadro repete-se em quase todos os setores profissionais que se pode imaginar, como a medicina, as instituições bancárias, a área da telefonia, entre outras.

A realidade muda quando falamos sobre o processo de aprendizado escolar de jovens e crianças na rede de ensino pública de nosso país. Um professor que lecionava há trinta anos poderia continuar a lecionar sem problema algum nos dias de hoje. As rotinas e métodos de ensino utilizados pelos educadores não acompanharam as evoluções tecnológicas.

Jovens e crianças, atualmente, estão em constante contato com novas tecnologias, celulares, games eletrônicos, computadores com acesso a sites dinâmicos e interação constante em redes sociais. Muitos destes estudantes passam grande parte de seus dias em contato com tais ferramentas, recebendo informações em grande quantidade, de maneira ágil e dinâmica.

Para os alunos da rede pública de ensino a rotina da sala de aula é diferente da vivida na frente dos rápidos e informativos sites, que são substituídos por giz, quadro negro, livros, cadernos e canetas. Apesar de ser possível afirmar que as informações adquiridas pelos jovens em acesso a sites diversos é “raso”, diferente dos conhecimentos proporcionados pelos professores nas salas de aula, fica evidente que as ferramentas utilizadas pelos educadores não são suficientes para prender a atenção de seus alunos já adaptados a layouts atrativos e com a rapidez na troca de informações.

Algumas tecnologias poderiam servir de auxilio aos educadores, como tablets, quadros interativos touchscreen e micro computadores. Estas ferramentas podem ser mais atrativas ao aluno, fazendo que ele participe das aulas e descubra novas utilidades das tecnologias da informação. Segundo a educadora Martina Roth (2011) é fundamental guiar o aluno neste processo, ensinando-o a usar as informações obtidas com as tecnologias de informação, tirar conclusões e definir o que é prioritário.

Contudo, não basta que as escolas sejam abastecidas com equipamentos modernos se o professor não estiver bem preparado para utilizar-se destes itens da melhor maneira, o investimento não se justificaria. Martina Roth (2011) ainda afirma que é necessário que os professores busquem o bom uso dos computadores oferecendo novas perspectivas pedagógicas e metodológicas, evitando que haja desperdício de verbas.

Jovens e crianças através de uma adequada utilização de ferramentas da tecnologia da informação podem enxergar o processo de aprendizado de um novo prisma, mais atrativo, podendo também preparar mais adequadamente estes jovens para os novos desafios do mercado de trabalho.

 

Referências: ROTH, MARTINA. Fala Mestre: entrevista [Novembro de 2011] São Paulo: Revista Nova Escola. Entrevista concedida a Rita Trevisan.