Casal morre assassinado por causa de poluição sonora em Cidade alagoana!

O presente título pode suscitar a questão: A Poluição sonora mata?! Bem, diretamente, não. Mas, no fim do processo, que envolve fatores patológicos diversos, e de diferentes origens - inclusive, Pasmem! - o Próprio Poder Executivo, da Mídia; e até de grande parte da Sociedade - o ruído sonoro nas cidades pode ser causa de ‘morte’, sim! Foi o caso desse casal assassinado em seu próprio apartamento por incomodar vizinho! 

Não intento 'repetir' o que já foi mencionado em jornais e sites. O propósito é trazer uma perspectiva diferente do entendimento ‘comum’ sobre os possíveis fatores causais do assassinato do casal pelo próprio vizinho, incidente este largamente veiculado.  

O incidente traz à baila um problema que já se tornou corriqueiro no Meio Urbano. (Lembrando que esse 'urbano' onde têm sido comuns tais tragédias não representa o 'Urbanismo' Conceituado pelas brilhantes mentes projetantes humanistas que ficariam conhecidas na História do Planejamento das cidades - até mesmo o Projeto ‘Rio (de Janeiro-RJ)’ concebido pelo urbanista francês Alfred Agache, cujo relatório não foi concluído devido sua morte! Ou seja, em um Meio, de fato Urbano, tais incidentes lamentáveis são notícia mesmo ou ‘furo de reportagem’ como dizem ‘focas’).

 O que ocorre ainda com as cidades brasileiras é que não temos ‘Ambiente Urbano’! Inclusive a tão decantada Rio, que perdeu a Sorte de ‘Acontecer’ o Projeto (de Cidade urbanizada humanizada) daquele urbanista, pelo motivo já inferido. Temos nas nossas cidades somente o ‘U (Urbano) do ‘Imposto a ele Atribuído’!

(Sobre este ponto, cheguei a nominar ‘Imposto-r’ em uma demanda com a SEFIN da cidade onde ‘passo meus dias’, a qual envolvia indiretamente a questão do Conceito de ‘Urbano’ na referida cidade, e que argumentei: seria Legal/Moralmente correto Arrecadar pelo simples princípio da ‘convenialidade’ do Poder Público?! Na minha demanda eu relatava que o Princípio da ‘Conveniência’ - na ótica do Estado -, óbvio, estava sendo o carro-chefe do IPTU! Sendo que, a meu ver, o Aspecto Urbano, o ‘U’ da Sigla do Imposto – que não por coincidência, julgo, fica no fim da sequência das Iniciais – deveria ser considerado para a Legalidade da Cobrança/Arrecadação Municipal! Expus pormenorizadamente ao Fisco Local, que Esse Imposto deve amparar-se também no ‘Fato (Urbano) também’. Não apenas no ‘predial/territorial (iPTu)! Mas, adivinhem quem venceu! Claro, a ‘Conveniência Unilateral’ do Estado! Isto é, tive que pagar cada centavo! Revoltante! E, naquele caso por mim discutido, o Fato Faltante é justamente o que justificaria o ‘U (Urbano) daquele Imposto em nossas cidades brasileiras)!

Digo que o assunto ‘Urbano’ está analogamente ligado a esse ‘triste incidente - um assunto fértil às crônicas e notícias; e tão corriqueiro, que nem é mais notícia, tanto é a ‘regularidade’ ou frequência de tragédias desse desnível! E comum dentro de Área urbana. Falando de ‘área urbana’, pois isso nada tem a ver com a ‘Urbanidade’ ou ‘Ambiente Urbano’! Por exemplo, na Cidade de Belém-Pa, é ‘perfeito’ – ora vejam que ironia o termo ‘perfeito’! - ou propício a incidentes desse tipo! Até – eu, que não tenho interesse que ocorram tais tragédias’ - admiro não acorrer mais! Pois, reforço, o ambiente nesta cidade é perfeitamente tendente a esses incidentes!    

Mas, o problema urbano quanto a esse tipo de ‘violência’ começa, - Pasmem, - onde não deveria. Vejamos 3 (três) ‘fontes’ dessas causas, apenas:

1º) Na 'cultura – ou, no caos 'subcultura'. É como uma degeneração de Preferências e de Conceitos. Começa pelos 'poderes Constituídos Executivos! Estes têm a 'Lei na mão', mas não sabem ou 'não têm uma Cultura ou um Conceito válido de Saúde'! Se possuíssem fossem Uma Cultura Saudável - refiro às decantadas autoridades democráticas - fariam valer a Lei; ou, deteriam esses doentes (que sentem prazer nas coisas patológicas como fazer 'Zorra' inconveniente ou poluir o ambiente urbano)!

Ora, se houvesse um real cuidado pelo Ambiente Urbano por parte das Autoridades Constituídas, ou, ‘se elas usassem suas Patentes Executivas para promover um ambiente que Justificasse o Termo ‘Urbano’, ou, ‘se Autoridades praticassem o Nobre Hábito de Zelar pelo Cumprimento das Leis, com o Rigor Devido’, cronistas escreveriam, por ex.; ‘a maravilhosa urbanização do meu bairro na minha cidade’. Oh, que Maravilha!

Mas, a Indiferença Crônica das autoridades em relação ao Cumprimento das Leis propicia um meio irônico, senão TRÁGICO em que O ambiente urbano democrático acaba se transformando num mero faroeste (antigo) americano em que ‘vence o melhor’ ou ‘ o que tem a ‘melhor arma’ de fogo!

NOTA: o ambiente urbano não deve ser chamado de zona! Ora, zona tem sentido duplo! Particularmente, aqui em Belém-PA, até entreguei um texto, em português corrente, a Depto. de Ambiente Urbano pedindo o controle do ruído urbano - p/ex. extinguindo fábricas 'a céu aberto' de toneladas de decibéis nos carros de passeio; (...); e outros controles. Mas, continua o descaso, p/ex., é comum vermos (em Belém-PA) veículos ostentando gratuitamente 'equipamentos pesados de poluição sonora’ pelas ruas livremente! Até 'ofereci' a eira da minha casa para filmar esses veículos que passam na minha rua todo momento! Ou seja, não adianta termos boas Leis ou 'bem elaboradas'; democracia (?), se NÃO TEMOS AINDA GOVERNANTES SAUDÁVEIS ou que 'SAIBAM O QUE É SAÚDE’; diagnostiquem os doentes, de fato, tomem as Providências Cabíveis antes que o cidadão use de seus próprios meios de agir!

Quem deveria cuidar de ambos, do executor e das vítimas?! É aí que sinto um mix de Repúdio, Tripúdio; (...) pelo Atual Sistema de Estado - que ‘simples’ no Brasil decantam (louvam) como ‘democrático’ - é essa Omissão de Autoridades frente às Leis que deveriam Honrar! Por ex., banir do Meio aqueles que estão dentro de Área Urbana; mas agem ou querem viver como se vivessem num grande cabaré!

2º) A Mídia não levam em conta (nem sequer se interessam) para saber e divulgar a doença de quem polui o Ambiente do cidadão! Que doença é a deles?! É inacreditável! Como num macabro incentivo, 'respeitam' tanto o infrator urbano; mas o cidadão (que quer viver em um ambiente sadio) chega as 'vias de fato'! E, pior, dizem: 'foi a reação da doença'! Ou seja, a reação não foi do cidadão! Este seria simplesmente um 'amoral'! Não se trata de 'moralismo'. Vejam as implicações sócias urbanas desse triste incidente. Fica assim: se você tomar uma atitude, é porque você é ‘um doente’! E depois do fato ocorrido – pasmem – aparece uma fila de ‘boas almas’ querendo te ajudar! Mas, antes do caso ‘ir parar na Mídia’ pode estar doente ‘vítimas e violentos’ que ninguém liga! Na Mídia, muitos querem ‘tirar uma casquinha’ ou ‘posar de boa alma ou piedoso’! Este é o ‘ser humano’!

Na Mídia, quantas ‘atenuações’ das causas e motivos dessas Ocorrências! P/ex, de que: 'o ato teria sido deflagrado pelo estado de saúde do cidadão’! Eu vejo nisso a própria causa, bem sutil, dessas tragédias! Pois quando se infere uma causa superficial, a verdadeira causa se ‘incuba’ e serve como o próprio estopim para outra situação idêntica! Ou: SUGERE QUE SÓ UM 'DOENTE' COMETERIA TAL ATO. Pois do cidadão, ora transgressor à Lei Magna, divulgam-se o diagnóstico: “doente”! SERÁ?!

3º) O Comportamento ou atitudes tácitas da própria sociedade brasileira, enfim, é o 3º reforço que suscita tais tragédias - na qual, óbvio, eu não acredito! Pois, para a grande maioria, aqueles que 'nem sequer assimilam o 'Ambiente Urbano' e vivem como 'zumbis', seriam 'normais'!

O ato (daquele cidadão) - se posicionou oportuno o Autor - não se justifica por si mesmo. Mas, muda de figura quando se começa a pensar no que teria motivado o crime, considerando outras possibilidades! Não simplesmente a 'doença degenerativa' do cidadão! Um ato se torna 'justificado' considerando os fatores que desencadearam a reação! Mas, quais?

Sei o que é essa amarga experiência. Senti na minha própria pele! Mesmo sem doença degenerativa - salvo o normal, dos dias que passam -; até hoje não sei como não cheguei ao ponto que chegou esse cidadão! SEI APENAS, isso sim, QUE: FICAM SEQUELAS INEXPLICÁVEIS E TRAUMÁTICAS EM QUEM SOFRE TAIS AMBIENTES! Ou: eu não titubearia em afirmar que A ‘DOENÇA’ degenerativa daquele cidadão foi causada pela exposição àquele sofrimento que dizem ter sido a causa do seu ato! Vejam como muda O CENÁRIO DO CRIME! É Evidente: A CIÊNCIA DO SOCIAL altera a visão empírica da causa visível pelo prisma da 'simples opinião', superficial, empírico; e mesmo o diagnóstico veiculado! QUEM PASSA POR ABUSOS – SEJAM ELES SONOROS, ENFIM -, NÃO IMPORTA! É o sentimento de ‘impotência’ que sente a vítima - que se transformou em criminosa naquele episódio - que causa doenças psicossomáticas; e, acredito, desencadeou 'o mal degenerativo que afligia aquele cidadão, ora assassino! Quem já experimentou dirigir palavras a um exaltado por efeito de álcool ou afim, já sentiu o amargor do deboche que se torna habitual, porque o ‘alterado’ tem o salvo–conduto de que ‘está ébrio’! Afinal, não está fora de si (all-tarado ou alterado)? Então, tem ‘todo o direito de abusar’! E o cidadão, teria o dever de suportá-lo!

Atendo-se ao último parágrafo, acima, vê-se que há uma aberrante inversão de valores! Ou, uma ‘dissociação’ nos valores. Enquanto o cidadão sofre o peso, sobrecarregado pelas responsabilidades sociais (labuta para manter família, trabalho, estudos, (...); os desocupados têm a anuência tácita - o ‘salvo-conduto’ – de Governos, Mídia; e, quem diria, de parte representativa da sociedade para ‘abusar’ contra quem só quer seu direito ao ambiente que paga para desfrutar! (Pior quando ‘surgem’ Governantes totalmente Ignorantes aos Fenômenos Sociais, que se arvoram em políticas de inclusões sociais gratuitas! Aí, o trabalhador (que labuta), além dos Encargos Sociais, ainda tem que tolerar mais esses ‘novos incluídos' pelas 'Bolsas' patrocinadas pelo Erário Público, i.é, Dinheiro do Contribuinte)! Céus! Resultado: a tendência é mais cidadãos – considerados doentes terminais ou não – irem para penitenciárias! E, eu digo: por indução da sociedade, quero dizer, por causa do Modelo político-social permissivo – senão promíscuo – maquiado de ‘democracia’!

Sei como é difícil fazer os Órgãos que cuidam – ou que deveriam cuidar – do bem-estar urbano entender isso! Desde a base do Poder Executivo, percebe-se uma ‘mão atada’ do Poder de Defesa do Cidadão! Por ex., já vi Delegado de Polícia pedir abaixo-assinado para fechar um antro! É como se ele tivesse vindo de outro Planeta, ou tivesse 'se esquecido' sobree o que é um ambiente alcoólico! Pensei, ‘Freud explica: seria uma sutil fuga ao Dever; ou um tipo de ‘excesso de Exação’ dissimulada de 'bom Agente' Público! Mas, seja lá o que for isso é nocivo aos cidadãos!

Os fatos estão aí para entendermos os 'fenômenos sociais urbanos'! Minha agonia é pensar que também, outra vez, a sociedade tenha 'entrado pelo caminho simplicidade da minimização' das causas, atribuindo simplesmente o motivo do ato à 'doença daquele cidadão'! Isso seria uma PATOLOGIA SOCIAL - digno dos Filmes de Terror - que promoveria uma frequência maior (repetição de casos em menor espaço de tempo), considerando que 'mitigar as causas' potencializa a malignidade de um Mal!

É possível compreender aquele cidadão, se perguntarmos a nós mesmos: PODERIA - sem prejuízo da justificativa ora atribuída ao seu ato – TER SIDO EU?! Sem nenhuma dúvida. Inclusive, disse: sei o que ele viveu, por experiência própria. Ele, como num ato 'vicário', no meu lugar, me redimiu'! Motivo por que eu sinto MUITO. Mas toda essa propiciação sacrificial daquele cidadão redundará inútil se deixarmos os agentes insuspeitos (a Mídia inclusive) nos ludibriar dizendo: ‘o motivo foi ele estar doente’! Ou seja: se aceitarmos esse ‘achômetro midiático’ estaremos nos candidatando ao mesmo ato praticado por ele! Nessas horas que se sente o amargor por descobrir ‘como somos enganados’. E, pior, ‘essa volta por cima' é terrivelmente difícil’! Bom mesmo é que, como cidadãos – e em tempo, ou antes, de acontecer -  entremos nas Causas Sociais. Isto é: Participemos ativamente até Conhecermos de fato os Fenômenos que Envolvem as Ciências Sociais, de Fato. Só assim estaremos a salvo de tão indignos atos. Lembrando que somos todos de carne e osso, vulneráveis, frágeis; e não conhecemos até onde suportamos! Eu suportei até um pouco. Mas, nosso vizinho pode ter um limiar diferente! Então, devemos assim considerar, já que não somos semideuses capazes de ‘suportar a tudo’. Volta e meia ou ‘nas voltas que o mundo dá’ podemos descobrir, tardiamente, que ‘somos mais frágeis do que pensamos ser’!