A SOCIEDADE HUMANA E O AQUECIMENTO GLOBAL

 

*Alexsande de oliveira Franco.

 

Não é de hoje que podemos vislumbrar a preocupação de cientistas, estudiosos e ate de boa parte da população a respeito dos rumos de destruição que o planeta vem tomando. Essa destruição começou a ocorrer radicalmente nos últimos cem anos e agravou-se nos dias atuais, inclusive já com algumas seqüelas ou sinais de declínio da natureza. O exemplo conseqüente são os problemas ambientais contemporâneos como à poluição do solo seja pelo lixo produzido que não e jogado em local apropriado, ou despejado in natura em cursos d’água, ou ainda pela poluição do ar ocasionado pela fumaça das industrias, carros, e principalmente pela destruição das florestas, em especial da Amazônia.

Tais problemas citados anteriormente ocasionam ainda outros como contaminação e poluição de cursos d’água subterrâneos, produzindo escassez. A fumaça cada vez mais freqüente produz gases nocivos como o dióxido de carbono CO2, que chegando à atmosfera destrói o Ozônio “camada de ozônio” agravando posteriormente o efeito estufa e aquecendo o planeta.

Os respectivos problemas citados são generalizados e na maior parte das vezes ocasionados pela ganância de uma minoria cada vez mais rica, enquanto a maioria é marginalizada vive na miséria absoluta.  

A respeito do aquecimento global pesquisadores afirmam que em cerca de 100 anos o planeta aqueceu cerca de 0,7º C,  parece pouco mais é o suficiente para afetar o equilíbrio climático do planeta. As perspectivas para os próximos 50 anos são mais alarmantes (preocupantes) ainda, pois preverem que o planeta aqueça mais de 3,5º C, isso seria catastrófico, levando em consideração tempestades, secas, etc., que já sofremos em 2005.

Dados da NASA afirmam que nas próximas décadas ocorrerá no mundo migrações internacionais de pessoas, decorrentes da subida de nível dos oceanos. O aumento de nível das águas dos oceanos der-se-a pelo derretimento de grandes geleiras, e com isso ilhas inteiras sumirão do mapa.    

 Os Americanos falam abertamente que tufões, furacões, e maremotos que com uma freqüência cada vez maior atingem hoje seu pais e o resto do mundo são conseqüências do aquecimento do planeta. Este aquecimento é ocasionado pela ação do homem sobre a natureza através do consumo irracional de recursos naturais, modificação de paisagens naturais, e poluição  excessiva.

Segundo Kendall, premio Nobel de física de 1989 “O homem esta colhendo os frutos de sua irresponsabilidade em detrimento de riqueza e lucros, dessa forma o homem e a natureza estão em rota de colisão”.

Se formos pensar em el niño e la nina, eles são fenômenos naturais que ocorrem no planeta desde sempre, com uma freqüência de ocorrência a cada 8 a 10 anos; no entanto a “mão” do ser humano foi alterando este ciclo natural, dessa forma esse fenômeno ocorre com mais intensidade, freqüência e com uma escala impossível de prever os resultados. Por exemplo em locais que chovem com freqüência, faria secas. Idem para o inverso, e assim sucessivamente. Alem do mais, tempestades, furacões, calor e frio seriam excessivos.

 O termo el niño refere-se ao aquecimento das águas do oceano pacifico e la nina ao resfriamento das águas desse mesmo oceano. Os oceanos Pacifico e atlântico são áreas anticiclonais (altas pressões), dessa forma onde se formam tempestades, furacões, etc.

A seca decorrente na Amazônia no ano de 2005 pode ter sido ocasionada pelo fenômeno do aquecimento do planeta e do el nino.

Relatório divulgado pela organização não-governamental WWF (Fundo Mundial para a Natureza) mostra que até 35,7% dos habitats do planeta podem sumir em um século devido ao aumento da temperatura terrestre. “A situação mais grave é a das florestas do hemisfério Norte, mais sujeitas à variação súbita de temperatura. Estima-se que regiões como o Canadá, a Rússia e a Escandinávia tenham perdas de habitat superiores a 40%.” Adverte o zoólogo Adam Markham, da ONG Clean Air-Cool Planet (EUA), co-autor do estudo. Para realizar suas projeções, ele e o ecólogo Jay Malcolm, da Universidade de Toronto (Canadá), levaram em conta a previsão das Nações Unidas de que a concentração de CO2 na atmosfera irá dobrar em 2100 em relação ao início do século 20.

O certo é que ser humano agiu e continua a agir como um câncer nos últimos 100 anos, destruindo, modificando e matando. A espécie humana se comporta como a única no mundo, ignora as outras 30 milhões de espécies de vida do planeta. Contudo o ser humano é o animal mais dotado de “inteligência”.

 

*Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais – Universidade Federal do Acre.