Informe Psicopedagogico. A situação do cotidiano escolar: CASO ANA LUIZA Ana Luiza, uma criança com sete anos de idade, está matriculada na 1ª série do Ensino Fundamental. É a primeira experiência dela no ambiente escolar já que não freqüentou a educação infantil. A presença da criança na escola tem ocasionado muitos questionamentos por parte dos professores em relação a sua aprendizagem, comunicação e participação nas atividades desenvolvidas no ambiente escolar devido ao fato de apresentar paralisia cerebral, fazer uso de fraldas e de cadeira de rodas, necessitando de auxílio na sua higiene, locomoção e alimentação. A professora de sala de aula está muito angustiada com a situação da aluna, principalmente, quando não consegue estabelecer comunicação pela dificuldade de entender o que a aluna deseja expressar e pela dificuldade de saber o quanto a aluna compreende o que lhe é falado. A professora se angustia ainda mais, quando não consegue avaliar Ana Luiza pelo fato de ela não escrever, não ler e apresentar uma fala incompreensível. Outras situações do cotidiano, também, se tornam angustiantes, como por exemplo, a impossibilidade de ouvir um conto na biblioteca escolar que fica no andar superior da escola e o acesso é pelas escadas. Ana Luiza acaba não participando com os demais alunos e fica em sala de aula na companhia de um atendente que a auxilia nos momentos de alimentação, higiene e locomoção. A aula de educação física é mais uma situação de desconforto para todos. Para a professora é muito difícil desenvolver atividades que envolvam Ana Luiza com os demais alunos pelas limitações físicas impostas pela paralisia cerebral. No momento do lanche, Ana Luiza volta para a sala de aula muito tempo depois dos seus colegas pelo seu ritmo lento de ingerir os alimentos. Novamente, Ana Luiza se restringe a companhia da atendente que a ajuda na alimentação. Ana Luiza, mesmo não tendo a fala para se comunicar, revela no seu comportamento a insatisfação de não poder interagir com os colegas de turma. Muitas vezes, ela se recusou a comer na hora do lanche para poder acompanhar a sua turma. Quando um colega se aproxima para conversar, ela registra em seu corpo, pelos movimentos desordenados e pelo sorriso aberto, o entusiasmo de receber a atenção de alguém. A mãe de Ana Luiza aparece constantemente na escola e demonstra sua preocupação com a inclusão da menina, revelando que gostaria que sua filha não fosse colocada em um canto isolado da sala de aula. No transcorre do tempo, a professora de sala de aula observou que Ana Luiza apresenta uma boa mobilidade na mão direita, consegue apontar e tenta pegar o que está próximo dela. A professora refere que seu rosto é bastante expressivo, ficando fácil perceber reações de desconforto, de prazer e alegria. É desta forma que Ana Luiza manifesta com clareza que não gosta de ficar longe da turma. Ordem cognitiva – Temos informações sobre o potencial cognitivo de Ana Luiza, ela demonstra compreensão e clareza dos fatos. Linguagem – É possível perceber no relato da situação do cotidiano escolar que Ana Luiza tem problemas de comunicação devido ao fato de apresentar paralisia cerebral, fazer uso de fraldas e de cadeira de rodas, necessitando de auxílio na sua higiene, locomoção e alimentação. Contexto familiar-A mãe de Ana Luiza aparece constantemente na escola e demonstra sua preocupação com a inclusão da menina, revelando que gostaria que sua filha não fosse colocada em um canto isolado da sala de aula. Contexto escolar – No relato da situação do cotidiano escolar, percebemos dados relevantes. No transcorrer do tempo, a professora de sala de aula observou que Ana Luiza apresenta uma boa mobilidade na mão direita, consegue apontar e tenta pegar o que está próximo dela. A professora refere que seu rosto é bastante expressivo, ficando fácil perceber reações de desconforto, de prazer e alegria. É desta forma que Ana Luiza manifesta com clareza que não gosta de ficar longe da turma. Afetividade-Ana Luiza, mesmo não tendo a fala para se comunicar, revela no seu comportamento a insatisfação de não poder interagir com os colegas de turma. Muitas vezes, ela se recusou a comer na hora do lanche para poder acompanhar a sua turma. Quando um colega se aproxima para conversar, ela registra em seu corpo, pelos movimentos desordenados e pelo sorriso aberto, o entusiasmo de receber a atenção de alguém. Aprendizagem – A professora de sala de aula está muito angustiada com a situação da aluna, principalmente, quando não consegue estabelecer comunicação pela dificuldade de entender o que a aluna deseja expressar e pela dificuldade de saber o quanto a aluna compreende o que lhe é falado. A professora se angustia ainda mais, quando não consegue avaliar Ana Luiza pelo fato de ela não escrever, não ler e apresentar uma fala incompreensível. Outras situações do cotidiano, também, se tornam angustiantes, como por exemplo, a impossibilidade de ouvir um conto na biblioteca escolar que fica no andar superior da escola e o acesso é pelas escadas. Ana Luiza acaba não participando com os demais alunos e fica em sala de aula na companhia de um atendente que a auxilia nos momentos de alimentação, higiene e locomoção. A aula de educação física é mais uma situação de desconforto para todos. Para a professora é muito difícil desenvolver atividades que envolvam Ana Luiza com os demais alunos pelas limitações físicas impostas pela paralisia cerebral.