Autor: Ramile da Silva Leandro
Orientadora: Dra. Ivana Maria Nicola Lopes

Ao ler o texto "Despertando sensibilidades na formação de professores de Artes" (LOPES, 2005: 211-220), muitas lembranças do ano de egresso no curso, de Artes Visuais – Licenciatura, vieram à tona. Foi como se naquelas linhas, que falavam do aluno que acredita ser plenamente formado, em questões referentes à educação da sensibilidade, eu me encontrasse sentada, esperando a primeira matéria a ser copiada do quadro, querendo mostrar para os meus professores o quanto inteligente e rica em habilidades artísticas era a sua nova aluna. Incrivelmente, não era só eu. Nas palavras da autora, desse texto que serve de base e referência para o desenvolvimento da visão do aluno, ou seja, da minha visão como acadêmica e futura arte-educadora, a respeito de tal problemática, define-se que:

A questão de fundo é: por que estes estudantes sentem-se diferentes dos demais da universidade? Muitos crêem possuir uma dose mais elevada de material sensível. Mas, se assim for, quando eles se utilizam desse plus, quando ele se faz presente? Ou esse que a mais é tão fragmentado que só aparece quando de algum exercício, de algum fazer artístico? (LOPES, 2005: 216)

Lembro-me de ter notado esse "plus", meu e de colegas, na hora das apresentações, quando os(as) professores(as) pediram para que cada um falasse o seu nome e dissesse sucintamente porque estavam naquela sala de aula. Foi nesse momento que me senti uma formiguinha perto deles, pois quase todos liam muito, desenhavam há algum tempo ou desenvolviam alguma atividade artística. Era como se todos estivessem já formados e certos de suas escolhas, e o curso de licenciatura fosse apenas um aprendizado complementar, considerando que a maioria, incluindo eu, não se imaginava dando aula para crianças ou adolescentes! Quanta sensibilidade! Paralelamente a esse quadro se afigura no olhar da professora Dra. Ivana M. Nicola Lopes:

Exatamente neste ponto é bastante ilustrativo o relato de uma experiência docente: Já ocorreu, de passar filmes, documentários para diferentes cursos com intuito de promover reflexões sobre o mundo em que vivemos e aquele que desejamos, entre outras questões norteadoras da aula. Nessas ocasiões, houve uma maior aproximação ao que estava sendo exposto através das imagens, com estudantes de outros cursos, bem como após assistir ao filme ou ao documentário, as reflexões e relatos possuírem uma abrangência muito mais significativa do que em algumas turmas do curso de artes. Como mudar isto? (LOPES, 2005: 216)

Essa é uma boa pergunta, visto que ali estavam sentados trinta futuros arte-educadores(as), sendo que a maioria se julgava sem paciência para aturar as infantilidades de alunos "imaturos". No entanto, nas primeiras aulas, esse discurso pronto, de aluno preparado e artista com "dom", foi sofrendo um grande impacto, visto que eram constantes as criticas dos(as) professores(as). E quando falo isso, não estou dizendo que algum professor(a) me pediu para desconstruir o meu discurso, ou me sentir menos dona da razão. Pelo contrário, apenas me induziram a pensar e refletir sobre questões referentes à sensibilidade, ao arte-educador(a) e suas funções.

Dessa forma, comecei a perceber que nada, ou muito pouco se sabia, visto que nas aulas muitas vezes eu e alguns colegas falávamos: "esse professor não quer dar aula, só dá filmes, só faz sensibilizações! E a matéria? Meu caderno está vazio!". Ademais, muitos se negavam a fazer as atividades de sensibilização, alegando crerem que elas não lhes tornariam educadores(as) melhores. Estaríamos todos anestesiados? O que nos tornou seres tão incapazes de enxergar os nossos próprios defeitos e fraquezas? Que dom é esse que acreditávamos ter, ou que ainda se acredita possuir, que nos cegava frente a nossa carência de educação sensível, tornando-nos preconceituosos aos diferentes?

Acredito que para responder tantas questões, que permeiam essa reflexão, se torna indispensável pensar, primeiramente, o que é o desenvolvimento da sensibilidade através da arte, em razão de aqui se falar da educação do sensível. Para tanto, se parte de um ponto principal: será que aqueles que ditam como função da arte, na educação, o despertar para o sensível, sabem realmente o que isso significa? Respondendo a essa questão, veja o que diz Ana Mae Barbosa[1], em decorrência de uma pesquisa, feita com arte-educadoras:

Fiz uma pesquisa em 2000 sobre o que pensavam as arte/educadoras do ensino da Arte, e 82% delas responderam que seu objetivo era o desenvolvimento da sensibilidade dos alunos. A casca de banana na qual escorregaram os arte/ducadores dos anos 60 e 70 era a "criatividade", invocada unanimente como sagrado objetivo da arte educação, sem que tivessem esclarecido os conceitos e sem conhecimento das pesquisas que definiam a operação criadora (BARBOSA, 1975). Nas décadas de 1980 e 1990, a casca de banana foi e continua sendo "o desenvolvimento da sensibilidade". Perguntadas sobre o que era "sensibilidade", as professoras por mim pesquisadas em 2000 responderam mais freqüentemente que era: "ser capaz de se emocionar"(...). Dentre 217 arte/educadoras, só uma falou de sensibilidade como desenvolvimento dos sentidos, a única concepção de sensibilidade que interessa ao ensino da arte.(...) A arte como linguagem aguçadora dos sentidos transmite significados que não podem ser transmitidos por meio de nenhum outro tipo de linguagem, tal como a discursiva ou a cientifica. Dentre as artes, as visuais, tendo a imagem como matéria-prima, tornam possível a visualização de quem somos, de onde estamos e de como sentimos (BARBOSA, 2005: 99).

Fica claro, através dessa pesquisa e das reflexões que a seguem, que o professor muitas vezes está tão perdido em relação às funções da arte na vida do estudante, quanto o próprio. Dessa forma, torna-se indispensável que o arte-educador(a) esteja preparado(a) para desenvolver os sentidos de seus alunos, através da arte, para assim possibilitar a formação de novos arte-educadores conscientes das suas funções em consonância com as da arte-educação.

Pensando nisso, como futura arte-educadora, me reportei à época do colégio e do momento em que tive que decidir a profissão que queria seguir, com a premissa de (re)pensar todas as questões levantadas nesse texto, principalmente a de que o aluno egresso no curso de Artes, acredita ser mais sensível do que os de outros cursos. Resolvi voltar ao passado, pois como escreveu Eduardo Galeano[2] "recodar: do latim re-cordis, voltar a passar pelo coração" (GALEANO, 2005: 11). Em outras palavras, encontrar respostas na memória, registradas pelas emoções.

Regressando e recordando alguns anos, lembro que apesar de gostar de artes, pouco material eu possuía em casa e o número de livros na escola era escasso. O problema é que assim como eu encontrei uma grande barreira no meu ensino, relacionado à Arte, muitas crianças encontram, igualmente, nos dias de hoje. Falo isso, pois nos últimos dois anos visitei algumas escolas, da cidade do Rio Grande, e percebi o quanto os professores de arte-educação – disciplina ainda muito chamada erroneamente de Educação Artística – sofrem com a falta de materiais, tempo e espaço para desenvolverem seus trabalhos. No entanto, acredito se fazer necessário, mencionar aqui que isso não é empecilho para que os mesmos possam realizá-lo com êxito. É preciso apenas que esse professor seja sensível para reconhecer na natureza os subsídios básicos para as suas aulas. Nas palavras de João Francisco Duarte Junior:

É fundamental que o futuro profissional desse ramo das artes saiba o que são e de onde provêm essas ferramentas e materiais dos quais se utiliza, bem como aprenda a confeccioná-los a partir dos elementos naturais presentes na realidade de onde vive. Estar atento (vale dizer, sensível) para uma terra roxa ou amarelada naquele terreno baldio pelo qual passa diariamente pode significar-lhe a confecção de tintas violetas ou amarelas passíveis de emprego em seu trabalho (DUARTE JR., 2006: 31).

Dessa forma, grande parte daqueles que desconhecem esse "saber" desanimam ao longo de sua jornada e o ensino de Arte, que deveria servir para o desenvolvimento da sensibilidade do educando, com intuito de aguçar os seus sentidos e potencial de criação, acaba resumido em folhas mimeografadas, para serem coloridas e enfeitadas com bolinhas de papel crepom. Poucos, vitoriosos e sensíveis são os professores que conseguem driblar o descaso com a disciplina. E o que acontece com essas crianças? Acredito que aqui comece uma diferenciação entre os que conseguem iniciar uma educação do sensível e outros que desconhecem o que seja sensibilidade, anestesiando-se.

Quando me formei no Ensino Médio, em 2002, sabia sobre cálculos, átomos, relevos, silabas tônicas, etc. O que já é uma grande vitória em um país de ensino tão precário, no entanto desconhecia o mundo fascinante da História da Arte. Não imaginava o quanto ficaria mais fácil entender a disciplina de História, cheia de datas e acontecimentos, se essa me fosse apresentada, visto que as manifestações artísticas quando não estiveram relacionadas com os grandes acontecimentos sociais, servindo como forma de expressão e muitas vezes de protesto para o povo, estavam ligadas com a percepção de mundo do artista, influenciados pela sua época.

Nas palavras de Michel Maffesoli[3]: "cabe lembrar que ater-se à vivência, à experiência sensível, não é comprazer-se numa qualquer delectatio nescire, ou negação do saber, como é costume crer, por demais freqüentemente, da parte daqueles que não estão à vontade senão dentro dos sistemas e conceitos desencarnados (MAFFESOLI, 2005: 176). Dessa forma, o saber que não dissocia o conhecimento sensível, relacionado com os sentidos, ou seja, com a vivência cotidiana do homem, das teorias encontradas em livros, se torna mais fácil e significante de ser estudado.

A meu ver, não se deve propriamente tentar ensinar História da Arte para crianças, mas sim dar-lhes a oportunidade de conhecer o mundo que estão estudando, através de cores, sons, materiais, etc. Como disse Ernest Gombrich[4], em entrevista realizada por Ana Mae Barbosa, em 1982, quando a última perguntou se ele achava importante começar o ensino da História da Arte desde a infância (BARBOSA, 2005: 32-33):

Não, eu não acho. Quero dizer: há duas coisas diferentes. Deve-se falar às crianças na escola primária sobre os grandes mestres como Michelangelo ou Rembrandt, mas não ensinar-lhes as datas etc. Dever-se-ia levar a reprodução de uma pintura à sala de aula e contar sobre quem fez, mostrar grandes catedrais e assim por diante, mas não tentar ensinar a História propriamente dita...

Deste modo, a Arte vai além de conteúdos a serem repassados pelo professor e decorados pelo aluno, trabalhando como forte aguçadora da percepção infantil e adulta, tornando-os mais sensíveis as suas visões e poder de associação entre forma e conteúdo.

Retornando a minha história, no ano seguinte me matriculei nos famosos cursinhos pré-vestibulares, onde a todo tempo eu escutava: "seja bem sucedido", "dê orgulho a seus pais", "seu nome na lista de aprovados"... Pressão... Pressão... Em alguns meses eu deveria descobrir uma profissão para o resto da minha vida e apesar de gostar muito de Arte, pouco eu sabia a respeito e poucas informações eu encontrava sobre o curso de Artes Visuais. Na época recordo de escutar de uma colega:

- Vestibular para Artes? Mas o que vais fazer depois de formada? Artesanato ou ser professora (risos)?

Será que a ignorante era eu ou era ela? Ou será que nós duas éramos vitimas de um ensino de Arte precário, além do pouco esclarecimento sobre a profissão? E o que faz uma garota imatura nessa situação? Fiz vestibular para Engenharia Civil! A realidade, ai se mostra dura, para aqueles que muito sonham e pouco conseguem concretizar, o que me faz lembrar um trecho do poema "Tabacaria", de Fernando Pessoa[5]:

Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;

Mas acordamos e ele é opaco,

Levantamo-nos e ele é alheio,

Saímos de casa e ele é a terra inteira,

Mais o sistema solar e a Via Láctea e o infinito (LOPES, 2004: 119).

Durante um mês eu me senti muito feliz, esquecendo os sonhos, que antes da minha atitude covarde de enterrá-los, me pareciam reais, como descreve o poema, pois meu pai, minha mãe, irmãos, amigos e familiares me consideravam muito inteligente e com o futuro financeiro garantido! No entanto, o melhor de ter passado nesse curso, para mim, era o acesso que eu tinha à biblioteca da Universidade, onde os livros de arte eram os meus preferidos! Passado um ano, larguei esse curso, encarei a decepção de todos e fiz vestibular para ser professora de Artes.

Senti-me em uma nova história, dando rumo, cor e sentidos para os sonhos que eu tinha adormecido outrora, assim como descreveu Pablo Neruda[6], na poesia Mais outro: "minha história se duplica quando em minha infância descobri meu depravado coração que me fez cair no mar e acostumar-me a ser submarino" (NERUDA, 2004: 13-15). Da mesma forma, eu caí, por opção, no mar da arte e com o tempo venho acostumando-me com a idéia de ser professora.

Nesse ano, de egresso no curso, deixei de ser vista como a inteligente da família e passei a ser considerada uma pessoa com sensibilidade aguçada, com dons artísticos. Era como se antes mesmo de ingressar na universidade já estivesse, aos olhos dos outros, e para mim, formada sensivelmente. Em menção a esse acontecimento, e a maneira que eu me sentia em relação à turma de engenharia, deixada para trás, como os "insensíveis", retorno ao poema já mencionado no parágrafo acima, e digo nas palavras de Pessoa: "Gênio? Neste momento cem mil cérebros se concebem em sonhos gênios como eu, e a história não marcará, quem sabe?, nem um... em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!" (LOPES, 2004: 118). Isso, porque assim como eu, naquela sala de aula, mais 29 alunos sonhavam e tomara que ainda sonhem, em se tornarem grandes profissionais, mesmo a par da situação lastimável que a educação e a profissão de professor se encontram.

Disso tudo, o problema estava em como eu me sentia: uma mulher com o "dom" da sensibilidade, capaz de mudar o mundo com os seus pensamentos, mas ao mesmo tempo, com medo da realidade. Acredito que foi assim que se iniciou, em mim, essa "massificação cultural, que pensa o saber como mero objeto de consumo" (LOPES, 2005: 217), fragmentando o conhecimento e excluindo o saber sensível do processo de aprendizagem.

Como resultado disso, a meu ver, quando estamos anestesiados de sensibilidade e convencidos de que somos donos de verdades indiscutíveis e não necessitamos (re)pensar questões como as diferenças entre os diferentes de si, as funções da educação, o nosso papel na sociedade e nosso comportamento nela, apenas nos encontramos de corpo presente no curso de Artes Visuais, necessitando despertar para novas realidades. Segundo Wilson Chagas[7] esse conhecimento que não aceita mudanças,

é o conhecimento que aliena, que tapa ou impede a visão, quando esse conhecimento não se libertou ainda, quando se acha preso (enredado) em si mesmo, ou na realidade que pretende conhecer. O conhecimento que não abre o horizonte, mas ao contrário se fecha no círculo dos entes conhecidos, é um conhecimento prisioneiro de si mesmo: sem futuro, sem horizonte (CHAGAS, 1972: 52-53).

Para sair desse buraco negro, na minha opinião, o aluno deverá contar com professores que lhe auxiliem na sua caminhada, que pode ser longa para alguns e curta para outros. A paciência e a dedicação devem se fazer presentes e é essencial que o professor não olhe para a sua turma de primeiro ano com desanimo, pois mesmo que para alguns o seu esforço e dedicação não sirvam de nada, acredito que se o educador já entra derrotado em sala de aula, provavelmente não terá sucesso em suas atividades, formando professores insensíveis aos próprios alunos. Pois, como acabou o texto que me inspirou e deu bases para desenvolver tais reflexões, da professora Dra. Ivana Maria Lopes Nicola, "sem sentir não faz sentindo..."(LOPES, 2005: 220).

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Mae. Dilemas da Arte/Educação como mediação cultural em namoro com as tecnologias contemporâneas. In: BARBOSA, Ana M. (org.). Arte/Educação contemporânea: consonâncias internacionais. SP: Cortez, 2005.

__________________. Entrevista com Ernest Gombrich. In: BARBOSA, Ana M. (org.). Arte-Educação: leitura no subsolo. 6ªed. SP: Cortez, 2005.

CHAGAS, Wilson. Mundo e Contramundo. Porto Alegre: ed. URGS, 1972.

DUARTE JR., João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. 4ªed. Curitiba: Criar Edições LTDA, 2006.

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. 2ª ed. Porto Alegre: L&PM POCKET, 2005.

LOPES, Ivana M. N. Despertando sensibilidades na formação de professores de Arte. In: HERNÁNDEZ, Fernando; OLIVEIRA, Marilda O. (Org.). A formação do professor e o ensino das Artes Visuais. Santa Maria: Ed. UFSM, 2005.

LOPES, Teresa Rita. Os melhores poemas de Fernando Pessoa. 12ª ed. SP: Global, 2004.

MAFFESOLI, Michel. Elogio da razão sensível. 3ªed. Petrópolis: Vozes, 2005.

NERUDA, Pablo. O coração amarelo. 2ª Ed. Porto Alegre: L&PM POCKET, 2004.



[1] Ana Mae Barbosa é professora aposentada da pós-graduação em arte-educação da Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo, Brasil. Foi diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e presidente do International Society of Education through Art (InSea). É professora visitante da The Ohio State University, EUA. Publicou mais de dez livros no Brasil.

[2] Eduardo Galeano (1940) é um jornalista e escritor uruguaio. Suas obras já foram traduzidas em diversas línguas. Costuma escrever seus livros no formato de pequenas histórias que contempla desde assuntos políticos relevantes na história da América Latina até assuntos simples, como o cotidiano e o futebol.

[3] Michel Maffesoli, sociólogo, professor na Sorbonne - Paris V, é diretor do Centro de Estudos sobre o Atual e o Quotidiano (CEAQ). A maioria dos seus livros está publicada no Brasil.

[4]Ernst Hans Josef Gombrich (1909-2001), foi um dos mais célebres historiadores da Arte do século XX, especialmente por seus estudos sobre o Renascimento. Gombrich é o autor de um dos livros mais populares dentre os adotados pelas instituições de ensino de História da Arte, em vários países: The Story of Art (A História da Arte), publicado pela primeira vez em 1950, em Londres e, desde então, com numerosas reedições e traduções.

[5] Fernando António Nogueira Pessoa (1888-1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português, considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa.

[6] Pablo Neruda (1904-1973) foi um poeta chileno, um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934-1938) e no México. Recebeu o Nobel de Literatura em 1971.

[7] Wilson Chagas de Araújo atualmente é Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade do Grande Rio.