O presente artigo é um trabalho da Disciplina de Pós Graduação Interedisciplinar do Diversitas, NUCLEO DE ESTUDOS DAS DIVERSIDADES INTOLERANCIAS E CONFLITOS, da FFLCH-USP

A ruptura na forma eurocentrista de transmissão do conhecimento: Novas Legitimidades. 

Sebastião Antunes Ribeiro Filho* 

 

A aquisição, o registro e a transmissão do conhecimento sempre foi motivo de preocupação de significativa parcela da humanidade. Das inscrições rupestres, aos hieróglifos dos egípcios e à sua herança (da Biblioteca) de Alexandria – destruída possivelmente por volta do Séc. VIId.C, até a exclusividade da Igreja Católica Apostólica Romana que predominou por toda a Idade Média, o modelo oriental de ensino foi importado pelo ocidente e é que se observa ainda hoje nas faculdades e universidades ocidentais.

O tripé conhecimento-professor-aluno observado no ensino dos ofícios, primeiro pelas lodges e hansas e depois pelas guildas, iniciado na Idade Média (Sec. XIII) foi-se consolidando ao longo dos séculos e absorvido pelas instituições de ensino teórico em suas mais diversas apresentações. Seja no modelo jesuítico/escolástica, eivado de pressupostos cristãos; seja no modelo napoleônico, onde o ensino era orientado para a composição do quadro de burocratas da administração estatal, seja no modelo humboldtiano e sua busca pela edificação nacional e renovação tecnológica, na construção de uma Alemanha autônoma, nacionalista e reivindicadora...