A religião, com seu discurso sistematizado e centrado na sacralização do mito, que giram em torno da perspectiva dogmática, exercem a função de encantar o mundo. De forma que se torne detentora de respostas (incontestáveis) em todas as dimensões de nossas vidas.

Viva, o mundo do abstrato! Do incontestável saber das crenças materiais — alegando que as ações humanas não são desligadas do sobrenatural-absoluto, enquanto ideia de verdade suprema. Assim, as forças divinas (criadas por homens mortais) exercem ou manifestam interesse sobre o mundo dos homens (mundo da aparência e do real). O mistério é o verdadeiro, e explica (pelo menos tenta) o inexplicável do Divino (sobrenatural).

Ao contrário da religião, a filosofia não exerce o encantamento do homem, pelo contrário, ela é o ponto difusor de uma reflexão do homem e seu mundo, seja ele das formas ou das aparências, a partir de uma visão ampla e teórica de um mundo particular.

Diante das duas propostas, temos o pastor (alienador, dogmatizador e idealizador de um discurso absoluto) e, o filósofo (um ser inquietante) no auto de sua visão crítica, desconstrói todas as possibilidades de verdades absolutas.