A Religião atual na sua globalização

Introdução

A pluralidade religiosa é uma realidade que passa além a reflexão teológica da atualidade. O diálogo inter-religioso apresenta-se como uma necessidade do mundo contemporâneo. Esta nova conjuntura sócio religiosa desinstala o cristianismo de seu posicionamento auto-centrado que durante séculos ocupou papel de destaque no cenário do universo. Como compreender esta diversidade religiosa? Qual é o específico cristão neste universo plural? Há salvação em outras religiões ou o cristianismo é a única mediação? O objetivo dessa comunicação é responder a esses questionamentos demarcando a identidade cristã.

É do interior do inclusivismo aberto que se desenvolve uma reflexão buscando demarcar a identidade cristã numa perspectiva de abertura ao diálogo com outras tradições religiosas.

A relevância desse estudo está em situar a identidade cristã na pluralidade contemporânea. Nesse sentido, esta reflexão visa somente apresenta o novo paradigma da religião do mundo atual em caráter particular da semelhança da vida religiosa neste universo globalizado.

Pluralismo Religioso como novo Paradigma da Visão Moderna

A nova consciência da pluralidade religiosa que começou, institucionalmente, a fazer parte da vida eclesial católica, tendo seu marco referencial no Concílio Vaticano II, teve várias leituras e reações.

Nessa busca de maior consciência sobre as religiões, Geffré defende uma tese de fundamental importância, de maneira particular, para o pensamento teológico cristão. Afirmará que o pluralismo religioso é um novo paradigma teológico, por isso merece atenção especial. Ante a descrença religiosa e, mais que isso, ante a indiferença religiosa que marcou a época moderna, agora há um "retorno do religioso e a vitalidade das grandes religiões não cristãs."

Os documentos do Concílio Vaticano II demonstram de maneira relevante a mudança ocorrida na forma como a Igreja Católica irá olhar as outras denominações e tradições religiosas. A declaração Nostra Aetate, sobre a relação da Igreja Católica com as tradições religiosas, tem um alcance, sobretudo na dimensão ética, considerável, em relação a documentos anteriores. Entretanto, "é ainda tímido do ponto de vista teológico."Esse novo olhar da Igreja Católica foi favorecido pelo pluralismo religioso existente de fato. Por isso Geffré o coloca como uma nova questão para a reflexão teológica.

Essa realidade religiosa fez emergir duas novas reflexões pontuais para a teologia: o pluralismo religioso de fato e o pluralismo religioso de princípio ou de direito.

O pluralismo religioso de fato diz respeito à própria pluralidade ou diversidade de tradições religiosas existentes e, mesmo, aos movimentos religiosos que estão emergindo no final do século passado e princípio deste. Essa variedade religiosa, para Geffré, aponta para uma "questão teológica nova que uma teologia hermenêutica deve afrontar." E continua dizendo que "a questão que se coloca aqui, sob o ponto de vista teológico, é de saber se a partir de um pluralismo de fato [...] nós não somos teologicamente convidados a considerar um pluralismo de princípio."

Pensar no pluralismo religioso como pluralismo de princípio é fazer uma opção teológica no sentido de valorizar todas as tradições religiosas como estando no desígnio misterioso de Deus, "destino histórico permitido por Deus cuja significação última nos escapa." Entretanto, reflete a grandiosidade do mistério transcendente de Deus e as várias formas humanas de procurar captá-lo. Como o ser humano é histórico, limitado, finito e vive em culturas diferentes, ele cria estruturas religiosas próprias para poder contemplar esta realidade que escapa aos seus olhos por ser transcendente, ilimitada e infinita. Mesmo que não houvesse várias tradições culturais, na lógica do pluralismo de princípio existiria o pluralismo de teologias refletindo o pluralismo de tradições religiosas, pois estas testemunham a busca constante deste humano de encontrar ao menos facetas do mistério divino. Portanto, independentemente da variedade cultural ou reforçado por ela, o pluralismo religioso é uma realidade que pede maior atenção à reflexão teológica. O pluralismo religioso "pode ser expressão da vontade mesma de Deus que tem necessidade da diversidade das culturas e das religiões para melhor manifestar as riquezas da plenitude de verdade que coincide com o mistério mesmo de Deus.

A religião no Brasil sob a visão dos sociólogos

Contrariamente às previsões dos sociólogos no início do século XX, o campo religioso brasileiro não experimentou o "desencantamento do mundo", ao contrário, tem experimentado intensamente o seu "re-encantamento". Isso demonstra que, enquanto a sociedade se esforça por ser moderna e profana, seus indivíduos, andando na contramão recorrem aos apelos sobrenaturais, deixando claro que o comportamento fundado exclusivamente na razão não alcança todos os lugares e que o religioso sobrevive. Quando se lança o olhar para os lados, percebe-se que o sagrado está em toda parte, se por um lado a sociedade demonstra não precisar de deus, por outro, o indivíduo recuperou o milagre, recuperou o contato com o outro mundo e com a possibilidade de buscar ajuda diretamente dos seres (humanos ou não), dotados da capacidade não-humana de interferência nas fontes materiais e não-materiais de aflição. Construíram de novo os velhos ídolos, re-aprenderam as antigas rezas e os já quase esquecidos encantamentos, ergueram templos sem-fim, converteram multidões, refizeram códigos de éticas e preceitos morais religiosos, desafiaram os tempos e até mesmo se propuseram à guerra. (Prandi 1996 pg. 24).

Para Prandi, no Brasil, que já não é um país de hegemonia religiosa, aproximadamente um terço da população adulta (26%) já teria passado por uma "experiência de conversão" religiosa. Evidentemente, que os critérios utilizados como"As ciências sociais, desde as análises mais remotas Frazer (1991), Durkheim (1989), Mauss (1974) e Evans-Pritchard (1978) têm discutido com muito interesse as relações entre magia e religião. De uma maneira geral, os maiores expoentes dessas disciplinas aceitaram com tranquilidade a existência de uma oposição entre religião e magia. Para Levy-Brühl a magia seria uma conseqüência de uma mentalidade pré-lógica, primitiva ou selvagem. Derkheim (1989:74) encarava a magia como um conjunto de procedimentos que persegue "fins técnicos e utilitários" e, para atingir seus objetivos, invoca forças, inclusive demoníacas, para fazer delas "instrumento de ação mágica". Para Durkheim, a magia inverte os rituais da religião, se opondo a ela em algum ponto, estabelecendo assim oposição entre mágicos e sacerdotes" (Campos 1999, 41).

Gilles Lipovetsky escreveu um livro denominado "O império do efêmero" onde defende a tese de que não havendo teles, verdade etc. sobra a experiência momentânea e o consumo.

A sociedade, no entender de Peter Berger, "é um fenômeno dialético por ser um produto humano e nada mais que um produto humano, que no entanto retrage continuamente sobre o seu produtor. A sociedade é um produto do homem (...) A sociedade existia antes que o indivíduo nascesse, e continuará a existir após sua morte. Mais ainda, é dentro da sociedade, como resultado de processos sociais, que o indivíduo se torna uma pessoa, que ele atinge os vários projetos que constituem sua vida" (Berger, 1985 pg. 15). 4 paradigma para "conversão" variam, porém, não ultrapassam a esfera do indivíduo; isto significa que desde que a religião perdeu para o conhecimento laico-científico a prerrogativa de explicar e justificar a vida, nos seus mais variados aspectos, ela passou a interessar apenas em razão de seu alcance individual (Prandi 1996 pg. 260).

Portanto, ao ser colocada de lado pela sociedade, que se declara laica e racional, "a religião foi passando pouco a pouco para o território do indivíduo". A partir do momento em que este indivíduo não se encontra mais preso à religião de seus pais, ele se encontra livre para escolher o tipo de produto ou serviço religioso que vai buscar na "hora do aperto", este comportamento forçosamente modifica a concepção de "conversão", tornando-a completamente sem sentido. Se antigamente mudar de religião significava uma verdadeira ruptura com toda uma história de vida, valores, concepções etc., agora a conversão apenas se refere à benesse que o indivíduo pode obter ao adotar outra religião, como se o fiel representasse tão somente um consumidor, que recorresse a um supermercado com muitas prateleiras e adquirisse apenas os bens e serviços que atendesse a seus anseios e necessidades naquele momento. A religião tornou-se uma mercadoria que vale o quanto for sua eficiência, aliás, brilhantemente defendida por Berger e Luckmann:

"Se quiserem sobreviver, as Igrejas devem atender sempre mais aos desejos de seus membros. A oferta das Igrejas deve comprovar-se num mercado livre. As pessoas que aceitam a oferta tornam-se um grupo de consumidores. Por mais que os teólogos se ericem, a sabedoria do velho ditado comercial – 'o freguês tem sempre razão' –impõe-se também às Igrejas. Elas nem sempre seguem o ditado, mas freqüentemente o fazem" (Berger e Luckmann, 2004 p. 61).

Nesse sentido, o avivamento do sagrado, a recuperação da relação com o sobrenatural, se dá pela via que se convencionou chamar de religiões de consumo, aquelas ditas mágicas ou da religião que "resolve", da fé de "resultados", "aqui e agora". Assim, multiplicam-se as opções de religiosidade mística, que substituem as ênfases dadas tradicionalmente às ações sociais, dando origem aos movimentos carismáticos na igreja Católica e ao denominado neopentecostalismo. Seriam estes os sinais do 'pós-modernismo' (ou do modernismo inacabado):

"Os estudiosos têm vinculado o protestantismo ao processo de modernização do mundo ocidental. Então, que transformações a religião experimenta se aceitarmos a substituição do período da modernização pelo advento de uma era de pós-modernização? Há alguma relação entre o surgimento do neopentecostalismo e a pós-modernidade?[6] (...) Porque há muitos que tentam efetuar tal análise sem perceber a existência de uma controvertida discussão sobre a oposição 'modernidade' e 'pósmodernidade'" (Campos, 1999, pg. 46).

Vamos em seguida, tentar entender o pluralismo e sentido religioso, trataremos o tema de maneira prática e suficiente para atingir o objetivo deste artigo.

A globalização na religião de hoje

A partir da modernidade e até os dias atuais, muitos fatos econômicos, políticos, culturais e religiosos, têm acontecido, tanto de ordem mundial quanto nacional, marcando profundamente nossa sociedade. O fenômeno religioso está inserido neste contexto, considerando que a religião tem um profundo significado social. Na antiguidade e idade medieval, o ser humano, ao pensar o mundo e suas ordens, pensava o sobrenatural e entendia o mundo a partir da ótica do sobrenatural. Os dogmas faziam parte da vida das pessoas. Prevalecia o teocentrismo, isto é, Deus, a religião, a fé, era o centro de tudo. Na modernidade e principalmente com o advento do

antropocentrismo, o centro passa a ser o homem. Com Galileu Galilei há ruptura entre a ciência e a religião. Os fundamentos passam a ser o estado e o mercado, a religião passa a ser uma questão de opção. Já o homem pós-moderno busca Deus na interioridade, busca a religião dentro de si mesmo e, comumente fala de um Deus que é energia, força. Na pós-modernidade todos os caminhos são válidos para a pessoa encontrar-se consigo mesmo.

No campo religioso Brasileiro, percebe-se claramente a influência destes movimentos e, no entender de Ricardo Mariano, outro forte impacto recebido por este 6 Grosso modo, é possível referir-se ao neopentecostalismo como a 'orgia' do protestantismo clássico, a exemplo da referência feita pelo filósofo Francês Jean Baudrillard, quando atribui a pós-modernidade como o 'orgia' da modernidade.

Disponível no site:

http://www.arquidiocesedelondrina.com.br/hp_JC/jc_setembro/corpo_doutrina.htm

visitado pela última vez em 13/04/2007

campo, foi a separação entre o Estado e a religião. Esta tendência, aliás, natural nos Estados liberais, preconizou a neutralidade religiosa do Estado e a restrição da religião à vida privada ou à particularidade das consciências individuais. Se por um lado isto foi visto com muita simpatia pelas religiões que não eram a preferida pelo Estado, por outro, o Estado, agora secularizado, passa a ter que garantir a proteção a diferentes religiões. Assim, cultos, cerimônias, liturgias e doutrinas, das mais diversas origens passam a ter proteção legal.

"(...) a separação Igreja-Estado rompeu definitivamente o monopólio católico, abrindo caminho para que outros grupos religiosos, em especial os mais motivados, militantes e competentes nas artes de atrair, persuadir e recrutar adeptos e de mantê-los religiosamente mobilizados, pudessem conquistar espaço, avançar numericamente, adquirir legitimidade social e consolidar sua presença institucional, mesmo que minoritária, nesse país cujo campo religioso foi durante a maior parte de sua história dominado por uma religião hegemônica privilegiada de diversas formas e incontáveis vezes pelo Estado".

Assim, proporcionalmente ao crescimento da liberdade, cresceu também a variedade dos concorrentes neste mercado de bens simbólicos, cresceu assustadoramente a diversificação e o volume de produtos e serviços (religiosos) oferecidos aos mais distintos nichos, segmentos e demandas do mercado religioso.

Para Peter Berger, adversidade religiosa possui um caráter secularizador por

multiplicar o número de estrutura de plausibilidade, por relativizar o conteúdo dos discursos religiosos concorrentes, tornando-os privados e em razão disso gerando ceticismo e descrença. Por outro lado, pesquisadores americanos interpretam o pluralismo religioso como evidência da fraqueza da religião a partir da modernidade e constatam que a participação religiosa é mais alta onde um número proporcionalmente maior de empresas religiosas competem.

Ou seja, quanto mais desenvolvido for o pluralismo religioso maior será a

mobilização e a participação religiosa do conjunto da população. É importante salientar que pluralismo religioso é tratado aqui, não apenas como a multiplicidade de grupos religiosos sistematicamente organizados, mas também diferentes concepções religiosas, diferentes maneiras de visão religiosa.

Seitas e religiões podem mudar sentimentos de injustiça social, por exemplo,

em formas relativamente inofensivas para a sociedade. Segundo Berger (1985, p.19)

"Se é necessário que se construam mundos, é muito difícil mantê-los em

funcionamento". Para isso, seria preciso a disseminação de idéias. Pode-se encontrar idéias, que estimulam o homem a "salvar o mundo". Elas oferecem ao homem o céu e não apenas as condições objetivas. Nesta área de tão vastas possibilidades de transcendência, a religião tem o poder, o amor e a dignidade da imaginação e, nesse nível, o simbólico satisfaz qualquer carência ou desejo. Deus, ou qualquer entidade supra terrena tem o poder de reduzir conflitos e encaminhar soluções. De um modo ou de outro, essas tentativas, buscas e anseios, explicam uma necessidade humana: inteligibilidade do mundo, identificando razões, motivos e intenções. Alves (1985).

O homem ao buscar na religião o instrumento para suas respostas encontra,

via de regra, todas as alternativas prontas. A critica, se aceita, pode induzir a negação e, neste campo, não é permitido. As pessoas não podem ser convencidas a abandonar suas idéias religiosas. Idéias são ecos, fumaça, sintomas. Se elas têm idéias é porque a situação as exige.(Alves, 1981, p. 42). O pluralismo religioso vivido pelo brasileiro, no entanto, tem trazido uma intensificação do descrédito no sagrado. A decepção do crente, no momento em que não consegue ter suas necessidades imediatas atendidas, 11

tem feito com que cresça assustadoramente o número dos "sem religião" nas

estatísticas oficiais. É uma espécie de diluição da religião, onde o grande número de alternativas, crenças, santos, igrejas, cultos, missas etc. que, efetivamente, não tem aproximado o indivíduo do sagrado, muito pelo contrário, tem distanciado e frustrado.

São os efeitos da modernidade, da pós-modernidade ou o crescente distanciamento do homem daquele "sentido para vida" prometido pela religião.

Religião no passado e no presente

Diante dos desafios que nos propõe esta nova época na que estamos imersos, renovamos a nossa fé, proclamando cm alegria a todos os homens e mulheres do nosso mundo: Somos amados e remidos em Jesus, filho de Deus, e Ressuscitado, vivo no meio de nós.

Mesmo atravessando as freqüentes referências ao efeito paralisador exercido durante um longo tempo pela Igreja Católica no qual surgiram alguns desacertos, algumas omissões, não podemos deixar de ressaltar os contínuos esforços empregados pela própria Igreja não só com o propósito de se redimir, mas, aciona de tudo de renovar-se alargando caminhos, buscando um elo de união mais forte com o seu povo, dando um verdadeiro sentido de Família Cristã.

É só voltarmos ao passado e lembrarmos como tudo era diferente: a Santa Missa celebrada no latim, língua mãe, passou a ser língua vernácula. A postura do Padre, indiferente aos fiéis, reservado, limitado, vivendo um mundo cheio de tabus impostos pelo Clero, podando dessa forma a sua capacidade evangelizadora. Os sacerdotes eram ministrados automaticamente, ou seja, sem que ninguém soubesse o seu grandioso conteúdo. O sentido de pecado atingia uma proporção gigantesca por se encontrarem ainda adormecidos na fé e no propósito de vida escolhido por Jesus, o qual sempre se resumiu no amor, na partilha e na caridade.

Com o passar do tempo e, mantendo-se nessa rigidez, a religião começou a ser abolida por muitos católicos, dando livre arbítrio de atuação e interpretação a cada pessoa.

Essa maneira de agir chocou o próprio ser humanos por ser ela (a religião) um porto para a nossa sobrevivência, por necessitar-mos de um leme, de uma luz, de alguém que supere todo o nosso eu, para que nos espelhemos em suas virtudes e nos ajude a dissipar as sombras que vão se tornando densas ao nosso redor, abrindo espaços para que a desesperança se aloje em nossos corações.

Porém, volto a dizer: o Deus Criador de todas as coisas continua vivo, diante de cada um de nós, esperando uma oportunidade para atuar.

Hoje, graças a esses acertos e desacertos, vivemos a religião de uma forma mais ampla, mais nítida, mais participativa.

Nós, os leigos, somos atuantes em vários setores da Igreja, em várias pastorais e vivemos em sintonia com os pastores os quais atuam como verdadeiros renovadores da Fé, mestres dedicados, nos proporcionando um amplo campo de ação para que assumamos a responsabilidade e a missão de levar a Luz do Evangelho à vida pública, cultural, econômica e política.

Os preceitos cristãos se mantêm firmes. A prudência e a retidão são componentes necessários à busca da identificação com o Mestre através da coerência entre a fé e a vida.

Temos que ressaltar o crescimento, a fluência de crianças, jovens e adultos nas diversas atividades religiosas.

Ame-se e saberá amar...

A origem da humanidade nos tempos que vão se evoluindo.

A origem dos tempos para compreender melhor a religião, sem ter lido os livros santos e contidos na Bíblia, este livro é a constituição do povo católico, é nossa Biblioteca, pois nela estão contidos os 46 livros do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento, é o verdadeiro Deus que nos falta, mostrando o caminho da salvação desde a criação do mundo com suas histórias fictícias, como Adão e Eva, Caim e Abel, Sem, Cam e Jafé, e as reais como Moisés e Josué, e assim vai nos contando a vida do povo Hebreu até o Novo Testamento, que nos revela a vinda de Jesus, como também nos falam os Evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João, porém foram Mateus e Lucas que nos falaram de Maria e de José, Maria, esta menina maravilhosa, que foi escolhida para trazer ao mundo, esta pérola preciosa que é Jesus e foi este Jesus que antes de sua morte na Cruz, reunido com seus apóstolos, Ele instituiu a Eucaristia, quando tomou Pão, benzeu-o, partiu-o e os deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai todos e comei: isso é o meu Corpo, que será entregue por vós.

Tomou depois do Cálice, rendeu graças e deu-lhes dizendo: Bebeu dele todos, porque isto é o meu Sangue, o Sangue da Nova e Eterna Aliança, que será derramado por vós, em remissão dos pecados.

No primeiro anúncio da Paixão, Jesus declara: Pedro tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e o poder do Inferno não prevalecerá contra Ela. É este o ponto que entendo como inicio da Igreja Católica, Apostólica e Romana e por que Romana? Porque Pedro foi o 1° Papa da nossa Igreja que tem 21 séculos de vida com pecados e santidade, amada e detestada, se não fosse assim não era a Igreja de Cristo Jesus, este homem que só fez o bem, o Filho amado de Deus que foi caluniado, blasfemado, ridicularizado e como se não bastasse, fio crucificado no meio de dois ladrões, mesmo assim antes de escalar o último suspiro, pediu ao Pai que perdoasse os seus algozes, por não saberem o que estavam fazendo. Entregando assim o seu espírito, que linda li~/ao de amor Ele nos dá, pois todos os ensinamentos dados pro Jesus, foi um roteiro para todos seguirem, dizem os mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo e foi, justamente o que Ele fez: perdoar seus inimigos, amar o seu próximo, ajudar os necessitados, ate o dia que fio sentar à direita do Pai, após três dias de sua morte, subiu aos céus, em corpo, alma e divindade.

Que linda a Igreja que ama José, este homem íntegro que foi escolhidopara ser o pai adotivo de Jesus e sua esposa Maria, que recebeu a incumbência do Espírito Santo de Deus para ser o Saerário Vivo de Deus, quando teve no seu ventre até o seu nascimento.

1. O caráter humano e a trajetória de sua formação humana

Muitas análises e conceitos foram construídos para objetivar o que centralmente vem a

ser o ser humano. Agora questionaremos sobre as s concepções

epistemológicas que classicamente sustentam o conceito de Ser Humano. São elas: a) a

concepção anátomo-fisiológica – apoiado na base empírico-analítica; b) a concepção de ser humano a partir das representações e papéis sociais – significa estudos pela psicologia social e cujos aportes estão amparados no idealismo subjetivista ou essencialista2.

Acusamos também os estudos elaborados por meio da, c) concepção histórico-crítica – cujos fundamentos se sustentam no materialismo histórico-dialético: o ser humano determinado a partir da práxis e situado na totalidade dos determinantes sociais.

Ao elencarmos tais concepções ao estudo, centraremos os argumentos na construção

do conceito de currículo de formação humana a partir da tese materialista histórica, que ao nosso entender não desconsidera o ser humano na sua base biológica natural,assim como não nega a representação dos diferentes papéis que o indivíduo desempenha no decorrer de sua prática sócio-cultural e subjetiva (cf. MARX & ENGELS, 1982, p. 13), mas sim, o depreende a partir das objetivações da realidade social que historicamente são determinadas pela ação humana.

O ser humano conforme o que nos esclarece MARX & ENGELS (idem, p. 8) possui,

enquanto primeira determinação histórica, sua existência no estado de "organização física".

Os homens produzem não pode ser considerado apenas nos aspectos da reprodução da existência física, pois é necessário coincidir "a produção", com "o que produzem" e o "como produzem" (Idem, p. 9).

Já quanto ao campo da consciência, das representações, MARX tem a nos dizer que

tais aportes estão relacionados, a priori, "com a atividade material e o intercâmbio material dos homens, (onde a) linguagem da vida real. (..) aparece como um efluxo direto de seu

comportamento material" (Idem, Ibidem). Sobre este aspecto também nos alerta que "a

consciência (..), nunca pode ser outra coisa senão o ser consciente. (..) (Pois estas

representações) não têm história, não têm desenvolvimento, são os homens que desenvolvem a sua produção material e o seu intercâmbio material que, ao mudarem esta sua realidade,3 mudam também o seu pensamento e os produtos do seu pensamento. Não é a consciência que determina a vida, é a vida que determina a consciência (grifos nossos) (Idem, p. 13-14).

Assim, Marx decura a concepção materialista das demais teses por meio da premissa de

que todo o processo de formação humana ocorre a partir da atividade produtiva pela qual

seres humanos reais, historicamente objetivam sua vida. E a uma vez que o ser humano ao

complexificar suas relações de produção expandiu o campo de suas necessidades a

formação humana também se localizará a partir dos apanágios desencadeados pelo modo

de produção que materialmente se efetua. Desta forma, conceituamos o currículo de

formação humana como aquele que corresponde ao volume de todos os elementos

acumulados historicamente que possibilitam a formação dos indivíduos (no sentido coletivo e

individual – "princípio da unidade e luta dos contrários", (cf. GADOTTI, 1983) com vistas ao

seu pleno desenvolvimento, em resposta aos determinantes que objetivam sua existência).

Ora, o que queremos dizer com isso é que, a cada momento histórico o ser humano objetiva

sua realidade através das atividades materiais que desenvolve (assim como dos

utensílios/instrumentos que elabora para confeccionar/produzir outros objetos) e que, desta

maneira, determina um número de capacidades que agregadas permitem a reprodução dos

bens proporcionando a contínua saciedade das necessidades que surgem a partir do

desenvolvimento tecnológico e da complexidade resultante das relações de produção e

social. (PLATT, 2005)

Segundo MANDEL (1982) nas comunidades primitivas o principal instrumento para a

perpetuação das condições de sobrevivência das famílias que dali faziam parte era o ensino das atividades objetivas, materiais, que transformava o mundo da natureza e respondiam as suas necessidades. De geração a geração este saber acumulava-se e era transmitido do adulto (ou mais experiente) à criança (ou menos experiente) desvelando e transformando o mundo da natureza e garantindo a sua própria sobrevivência, a do grupo e a perpetuação destes saberes para a posteridade. Antes de surgirem as condições para que se produzisse o excedente dos produtos e bens necessários a sobrevivência coletiva (condições que seriam oriundas das especializações dos ofícios e da descoberta de importantes técnicas como a da olaria e da tecelagem - estas últimas, aliás, devidas as mulheres), o ser humano vivia em total dependência da natureza e submetido às vicissitudes desta, por isso a miséria e a morte eram constantes, dizimando a muitos (idem). Caracteriza-se este período como "processo de hominização", ou seja, período em que o ser humano se encontrava submetido ainda às leis da natureza3 (DUARTE, 1999).

Superado este período temos o processo de "humanização". KOSIK (1995) esclarece

este processo como aquele que determina a própria história, onde o ser humano não inicia as atividades repetidas vezes sem o acúmulo da tarefa anteriormente feita, mas sim, este se une ao trabalho e aos resultados obtidos pela atividade realizada através das gerações que o antecederam. Assim, quais seriam os conhecimentos relevantes para o desenvolvimento dos indivíduos possíveis de serem destacados já desde a etapa considerada mais primitiva de existência humana? Ora, MANDEL (1982) analisa que somente com a especialização dos ofícios foi possível ao ser humano produzir os excedentes e retirar a humanidade da condição de total parasitismo em relação ao mundo da natureza. Desencadeada esta certa4 emancipação, os indivíduos vão afirmando seu processo ontológico e gnosiológico.

Descolando o indivíduo da total submissão ao mundo da natureza para agora agir sobre ela por meio de diferentes instrumentos (hominização), a atividade objetiva que o indivíduo realiza não demandará unicamente dos instintos que compõem sua materialidade físico-química.

BRAVERMAN (1977, p. 49) afirma que "o que importa quanto ao trabalho humano não é a

semelhança com o trabalho de outros animais, mas as diferenças essenciais que o distinguem como diametralmente oposto".

O trabalho vem a ser a categoria que possibilita ao indivíduo traspassar o processo de

hominização para o de humanização4. Dentre a atividade que se executa não há apenas o

dispêndio da energia, da força para a obtenção dos resultados da investida; há de se

considerar o projeto teleológico que conduz toda atividade humana. O ser humano é a única espécie capaz de dar um sentido de finalidade a todo ato que realiza.

BRAVERMAN acrescenta que somente a espécie humana se apropria deste recurso (e

ainda mais especialmente) quando "a unidade de concepção e execução pode ser dissolvida", isso quer dizer que "a concepção pode ainda continuar e governar a execução, mas a idéia concebida por uma pessoa pode ser executada por outra. A força diretora continua sendo a consciência humana, mas a unidade entre as duas pode ser rompida no indivíduo e restaurada no grupo, na oficina, na comunidade ou na sociedade como um todo" (idem, p. 53-55). Ou seja, a atividade pode ser complexificada ou distribuída - realizada por diferentes "mãos", sem a perda da idéia original, ou idéia-primeira.

Podemos agora afirmar, conforme os autores supracitados, que os conteúdos

relevantes para o pleno desenvolvimento humano estão justapostos ao processo da atividade objetiva material desenvolvida pelos indivíduos.

No exercício de seu agir no e sobre o mundo, transformando a natureza, o indivíduo

transforma a si e ao "outro", ou seja, o indivíduo não nasce fantasiosamente preenchido do arcabouço histórico que o faz ter condições de responder a toda necessidade que surge. Ao contrário, o ser humano se destaca pela possibilidade do acúmulo das experiências objetivas que processualmente realiza e pela geração da cultura que dessas objetivações se derivam, perpetuando e especializando esse "agir no e sobre o mundo".

Assim, nos primeiros agrupamentos humanos é possível analisarmos que o currículo de

formação humana compreendia a aquisição das técnicas que responderiam às necessidades fundamentais imediatas (que segundo MALINOWSKI (1975) estariam vinculadas à segurança/habitação, alimentação e procriação). MANDEL (1982) afirma que apenas com a apropriação das ferramentas e de técnicas mais elaboradas na agricultura e na criação de animais, permitiu aos humanos a possibilidade de aumentar a disposição de alimentos para todos os membros da comunidade e a armazenagem de suprimentos. De acordo com DUARTE (2003), a própria transformação do objeto natural em instrumento

para o exercício da atividade objetiva, carrega em si um número significativo de pressupostos que desembocam no depuramento da atenção formativa humana, ou seja, o ser humano precisará minimamente "conhecer as características naturais do objeto, ao menos aquelas diretamente relacionadas às funções que terá o instrumento" (p. 26). O autor também analisa que isso se dá tanto nos conhecimentos adquiridos pela exploração do mundo natural (que possui sua base na investigação empírica) quanto aquelas mais elaboradas e resultantes do rigor científico. É importante destacar ainda que esse pressuposto se dá enquanto processo histórico "em cujo início, esse conhecimento do objeto em si está indissociavelmente ligado a sua utilidade prática para o ser humano" (idem, ibidem), ou seja, o instrumento é a própria "síntese da atividade social" e que reverbera em produto de uso pelos demais humanos que incorporarão tal síntese em suas atividades, assim como as sucessivas transformações pelas quais irá transitar para as possíveis (e necessárias) adequações ante os usos sociais.

As crenças e seus valores morais

Sabemos que a religião é crença na existência de uma força sobrenatural, considerada como criatura do Universo, e como tal, deve ser obedecida.

A fé em Jesus mima, conforta e impulsiona. Ele tem Palavras de Vida.

No processo de fé, ocorrem muitas dúvidas e crises; há quem afirme que apenas por meio das crises a fé pode amadurecer, portanto, por mais doloroso que seja a passagem pelas trevas das dúvidas e da crise, é essencial para p crescimento no processo da fé.

A Religião no mundo de hoje passa a ter um papel preponderante na vida das pessoas que a ela buscam, principalmente para uma formação mais sólida da família, cuja importância é vital para se caminhar com equilíbrio e se descuidar do sentido de unidade.

A Igreja conta com o apoio de grupo de pessoas que ajudam a desenvolver a Ela inerentes. A exemplo disso temos diversas Pastorais e inúmeros voluntários sempre presentes para auxiliar aonde for necessário para o bom desempenho de tarefas ligadas à comunidade e ao povo em geral.

A Religião Universal, mesmo enfrentando os desafios surgidos, tais como, a explosão demográfica, o controle da natalidade, o progresso cientifico e tecnológico, o avanço da comunicação e outros, tem evoluído em todos os sentidos e como tal cresce a responsabilidade dos seus adeptos que através de preceitos éticos, tem mais contribuído para formar uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais humana.

A fé move montanhas

A fé é um dom necessário a cada ser humano. Na carta aos gálatas, São Paulo diz: os homens de fé são abençoados com a benção de Abraão, homem de fé (3,9).

Depois de Deus o fato importante que se pode conceber é que Ele se fez homem mais do que existir o homem criado á imagem de Deus.

O reino de Deus é uma levedura que há de fermentar toda a humanidade. Mas esse processo necessita de tempo.

Se observarmos a Igreja na historia vemos que mesmo nas épocas mais negras e mais tristes, ela nunca renegou a verdade de Cristo e que, além disso, só ela a conserva contra mil seduções e falsidades.

"No fim dos tempos viva impostores que viverão segundo as suas ímpias paixões; homens que semeiam a discórdia, homens sensuais que não têm o Espírito". (Epístola de São Judas 18,1ª) Logo, a religião sofre demasiada influencia, surgindo várias correntes, mas, somente a de Jesus Cristo é a verdadeira. Observa-se de acordo com a evolução do tempo que a religião católica tem procurado acompanhar estas mudanças. Haja visto o Concilio Vaticano II que modificou alguns ritos tornando-se mais próximo do povo.

Vemos, pois, que a religião pode sofrer influencias, mas o crente convicto jamais se levará por isso, uma vez que Cristo está sempre no meio do caminho, chega em todos os instantes.

Religião,Sociedade e o Papel da Igreja

A história da humanidade começa quando Deus por amor a pessoa, que Ele próprio criou, deu seu Filho, Jesus, o qual padeceu e morreu na cruz para nos salvar e por isso mesmo para que tenhamos o penhor da vida eterna.

Daí a Igreja ter compromisso de seguir os passos de Jesus e de seguir os passos de Jesus e adotar nas atitudes.

No semblante de Jesus Cristo, com o olhar de fé, vemos o rosto do homem humilhado e sua vocação à liberdade, à plena realização de usa dignidade pessoal e à fraternidade entre todos.

Portanto, a Igreja está sempre a serviço de todos os seres humanos que são filhos e filhas de Deus.

Todos os povos vivem hoje uma realidade marcada por grandes mudanças de várias naturezas – tecnológicas, econômicas, políticas, sociais, religiosas etc, que afetam profundamente suas vidas.

A novidade dessas mudanças, diferentemente do ocorrido em outras épocas, é que elas têm alcance global, com diferenças e matizes, o que afeta mundo inteiro.

Destaca-se, nesse cenário determinante de mudanças, a ciência e a tecnologia, com sua capacidade de manipular geneticamente a própria vida dos seres humanos e sua capacidade de criar uma rede de comunicações de alcance mundial, tanto pública como privada, para interagir, com simultaneidade, não obstante as distâncias geográficas.

Daí dizer-se que a história se acelerou e as próprias mudanças se tornam vertiginosas, visto que se comunicam com grande velocidade a todos os cantos do planeta.

A Igreja fica ofuscada diante de tantas mudanças e o povo religioso busca infatigavelmente o rosto de Deus e o faz agora desafiado por novas linguagens do domínio técnico, que nem sempre revelam, mas que também ocultam o sentido divino da vida humana redimida em Cristo. Sem uma clara percepção do mistério de Deus, torna-se opaco também o desígnio amoroso e paternal de uma vida digna para todos os seres humanos.

A realidade para o ser humano se tornou cada vez mais sem brilho e complexa. É freqüente que alguns queiram olhar a realidade unilateralmente a partir de informações econômicas, outros a partir de informações políticas ou científicas e outros, ainda, a partir do entretenimento ou do espetáculo. No entanto, nenhum desses critérios parciais consegue propor-nos um significado coerente com tudo que existe. A realidade social parece muito grande para uma consciência carente de saber e informação, facilmente se crê insignificante, sem ingerência alguma nos acontecimentos, mesmo quando soma sua voz a outras vozes que procuram ajudar-se reciprocamente.

Em nossa cultura, a religiosidade popular desempenha especial devoção mariana, a qual contribui para nos tornar mais conscientes de nossa condição de filhos de Deus e de nossa dignidade perante seus olhos, embora haja diferenças sociais, étnicas ou de qualquer outro tipo.

A maioria dos meios de comunicação de massa começa a diluir essa preciosa tradição religiosa, apresentando novas imagens, atrativas e cheias de fantasias. Longe de preencher o espaço vazio produzido em nossas consciências por falta de informações, o que os meios de comunicação mostram só nos distraem.

As tradições culturais já não se transmitem de uma geração à outra com a fluidez do passado. Isso afeta, inclusive, a própria família que, como lugar de diálogo e da solidariedade inter-geracional e que é um dos mais importantes veículos da transmissão da fé. Os meios de comunicação invadiram todos espaços e todas as conversas, intrometendo-se também na intimidade do lar. Ao lado da sabedoria da tradições, focalizam competições, informações de última hora, distração, entretenimento, imagens de vencedores que souberam usar a seu favor as ferramentas tecnológicas e as expectativas de prestígio e estima social. Isso faz com que as pessoas busquem demoradamente uma experiência que preencha suas exigências, onde nunca poderão encontrá-la se não na comunhão com Deus que é fonte de amor para todo ser humano.

Entre os pressupostos que enfraquecem e menosprezam a vida familiar, encontramos a ideologia de gênero, segundo a qual, cada um pode escolar sua orientação sexual, sem levar em consideração as diferenças dadas pela natureza humana.

Isso tem provocado modificações legais que ferem gravemente a dignidade do matrimônio, o respeito ao direito à vida e a identidade da família, sem contar com o descompromisso de honrar a união entre os cônjuges, haja vista o acentuado e freqüente número de separações, abandono da família, e uniões ilícitas que estamos assistindo atualmente.

A sociedade que coordena suas atividades só mediante múltiplas informações, acredita que pode agir de fato como se Deus não existisse. Mesmo que haja eficácia em seus procedimentos conseguida pelas informações que detém, usando as tecnologias mais desenvolvidas, não consegue, porém, satisfazer o desejo de dignidade inscrito no mais profundo da vocação humana.

A pessoa sempre procura a verdade de seu ser, visto que é esta verdade que ilumina sua realidade de tal modo que nela possa se desenvolver com liberdade, alegria, com prazer e esperança.

Esta verdade, só pode ser Jesus.

Nada o poderá substituir por mais evoluído que o nosso imaginário possa alcançar. Vivemos uma mudança de época e seu nível mais profundo é o cultural. Disso vê-se a concepção integral do ser humano, portanto, sua relação com o mundo e com Deus. Aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século. A que vem excluir Deus de seu horizonte, falsifica o conceito da realidade e só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas.

Surge hoje, com grande força, uma supervalorização da subjetividade individual. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço dando papel primordial à imaginação.

Os fenômenos sociais, econômicos e tecnológicos estão na base da vivência do tempo, o que se concebe fixado no próprio presente, trazendo concepções de inconsistência e instabilidade própria fé.

Deixa-se de lado o interesse pelo bem comum para dar lugar à realização imediata dos desejos dos indivíduos, à criação de novos e muitas vezes arbitrários direitos individuais, problemas de sexualidade, de família, de enfermidades e até da morte.

A ciência e a tecnologia preocupam-se muito em atender o mercado consumista, pautadas em critérios únicos de eficácia, da rentabilidade e do funcional e com isso criam uma nova visão da realidade. Os meios de comunicação de massa estão introduzindo na sociedade um sentido estético, uma visão a respeito de felicidade, uma nova percepção da realidade e até uma linguagem que quer se impor como autêntica cultura. Desse modo, determina-se por destruir o que de verdadeiramente humano nos processos de construção cultural, que nascem do intercâmbio pessoal e coletivo.

Essa cultura atual se caracteriza pela auto-referência do indivíduo, que conduz à diferença pelo outro, de quem supõe não necessitar e por quem não se interessa e não se sente responsável. Dar-se preferência viver o dia-a-dia, sem programas a longo prazo nem apegos pessoais, familiares e comunitários. Daí estarem as relações humanas sendo consideradas objetos de consumo, conduzindo tão somente a relações afetivas sem compromisso responsável e definitivo. Vive-se o isolamento do eu – o individualismo. Essa busca de viver, sem preocupação com critérios éticos, sem nenhum esforço para assegurar os direitos sociais culturais e solidários, resulta em prejuízo da dignidade de todos, especialmente, daqueles que são mais pobres e vulneráveis.

É imperativo tomar consciência precária que afeta a dignidade humana. As mulheres, muitas delas desde crianças e adolescentes, são submetidas a múltiplas formas de violência dentro e fora de casa, tráfico, violação, escravização e assédio sexual, desigualdade na esfera do trabalho, da política e da economia, exploração publicitária por parte de muitos meios de comunicação social que as tratam como objeto de lucro.

Essas mudanças culturais alteram os papéis tradicionais de homens e mulheres, os quais procuram desenvolver novas atitudes e estilos de suas respectivas identidades, potencializando todas as suas dimensões humanas na convivência cotidiana, na família e na sociedade, às vezes, por vias equivocadas.

As novas gerações são as mais afetadas por essa cultura, participando da lógica da vida como espetáculo, considerando o corpo como ponto de referência de sua realidade presente.

Essas gerações têm nova atração pelas sensações e crescem, na grande maioria, sem referência aos valores e instâncias religiosas.

Por outro lado, a igreja católica apesar das deficiências e ambigüidade de seus membros tem dado testemunho de Cristo, anunciando o Evangelho, oferecendo seu serviço de caridade, principalmente, aos mais pobres, no esforço por promover sua dignidade e também no empenho de promoção humana, nos campos da saúde, da economia solidária, da educação, do trabalho, do acesso à terra, da cultura, da habitação e assistência, entre outros.

Unida a outras instituições nacionais e mundiais, tem ajudado a dar orientações prudentes e a promover a justiça, os direitos humanos e a reconciliação dos povos. Seu empenho a favor dos mais pobres e sua luta pela dignidade de cada ser humano tem ocasionado, em muitos casos, a perseguição e inclusive a morte de alguns de seus membros, os quais são considerados testemunhas da fé. Os santos e santas, que sem terem sido canonizados, viveram com radicalidade o evangelho, ofereceram suas vidas por Cristo, pela igreja e por seus povos.

Ademais, os esforços da igreja para o encontro com Jesus Cristo vivo têm dado bons frutos haja vista melhor reconhecimento da palavra de Deus e amor pelas coisas sagradas.

Crescem as manifestações da religiosidade popular, especialmente a piedade eucarística e a devoção mariana e santos (Antônio, Benedito, Cosme e Damião, João, Pedro Paulo, Galvão, José e tantos outros) e santas (Luzia, Teresinha, Rita de Cássia, Ediwiges, etc) e até pessoas que ficaram na memória das pessoas, tais como: Padre Cícero, Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Para João Paulo II, e outros... A animação bíblica pastoral é bastante fecunda pelo fervor de alguns sacerdotes: Padre Marcelo Rossi, Fábio de Melo, Zezinho, Antônio Maria...

Dessa forma, na busca do encontro com Cristo vivo, e mediante diferentes métodos de evangelização, as paróquias tem se transformado em comunidades de evangelizadoras e missionárias.

Tem-se tomado consciência da importância da pastoral familiar, da infância e juvenil, a partir desse trabalho evangélico empreendido de forma intensa e extensa.

A Doutrina Social da igreja tem animado o testemunho e a ação solidária dos leigos e leigas, que se interessam cada vez mais por sua formação teológica, os quais se esforçam por transformar de maneira efetiva o mundo segundo Cristo.

Tem-se desenvolvido o diálogo ecumênico e interreliogioso, segundo as normas do magistério da igreja e que têm sido muito frutuosos para os participantes no diversos aspectos religiosos. Manifesta-se, como reação ao materialismo, uma busca de espiritualidade, de oração e de mística que expressa fome e sede de Deus. A valorização da ética tem sido um sinal dos tempos e que indica a necessidade de superar o hedonismo, a corrupção e o vazio dos valores.

Não obstante muito que já foi dito, alegra-nos, contudo, o profundo sentimento de solidariedade que caracteriza nossos povos e a prática de compartilhar e de ajuda mútua, mesmo diante de tantas dificuldades materiais por que passam o Brasil e o mundo.

Apesar dos aspectos positivos que nos alegram, na esperança que temos em dias melhores, na confiança que temos em Deus, observamos algumas sombras que tentam eclipsar nossos esforços na busca do encontro do Jesus vivo.

Apesar de 43% de todos os fiéis viverem na América Latina e no Caribe, a Igreja Católica tem tido um crescimento percentual inferior ao ritmo do crescimento populacional. No período de 1974 a 2004, a população latino-americana cresceu 80%, enquanto os sacerdotes cresceram 44% e as religiosas somente 8%.

Pelas nossas dimensões continentais, constata-se escasso acompanhamento dados aos fiéis leigos em suas tarefas de serviço à sociedade e preocupa-nos a tendência a uma espiritualidade individualista e desse modo, uma mentalidade relativista no ético e no religioso, uma compreensão limitada cultura religiosa das pessoas fiéis.

A sociedade é influenciada pelo amplo pluralismo social e cultura, advindo da pós-modernidade onde a linguagem torna-se pouco significativa especialmente para os jovens.

A Igreja também não se tem feito presente fortemente no mundo universitário e nos meios de comunicação social, o que ofuscou a evolução da doutrina católica embora havendo algum esforço.

O número insuficiente de sacerdotes e a conseqüente não distribuição equitativa impossibilitam que muitas comunidades possam participar regularmente da celebração eucarística dominical, por longos tempos. A isso acresce a relativa escassez de vocações ao sacerdócio e à vida consagrada (Freiras, Diáconos). Existem dificuldades econômico-financeiras para manter as estruturas pastorais das Igrejas, por falta de solidariedade dos fiéis, respeitadas suas condições financeiras. As pastorais penitenciárias, de menores infratores não vêm sendo suficientemente assumidas.

- Nas últimas décadas muitas pessoas abandonam as práticas religiosas católicas e entram em outros grupos religiosos, no afã de salvarem suas vidas.

- Muitas vezes não é fácil o diálogo ecumênico com grupos cristãos que atacam a Igreja Católica, com insistência.

- Ocasionalmente, alguns católicos se têm afastado do Evangelho, o qual requer um estilo de vida mais simples, austero e solidário, mais fiel à verdade e à caridade, além de faltar coragem, persistência e docilidade à graça de prosseguir fiel à Igreja de Cristo, morto e ressuscita.

- Por fim, reconhecemo-nos ainda como de pobres pecadores, mendicantes da misericórdia de Deus, congregada, reconciliada, unida e enviada pela força da Ressurreição de seu Filho e pela graça de conversão do Espírito Santo.

- As práticas de candomblé, magia negra, bruxarias, terreiro de umbanda, e tantos outros meios satânicos que sacrificam crianças, animas, acendem velas coloridas e essências, oferecem comidas, bebidas, no perverso propósito de obterem seus fins, contrariamente à vontade de Deus, jamais poderiam ter outro destino a não ser a profanação, desamor e destemor ao Autor da Criação.

O OBJETO DE ESTUDO DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA.

Compreender o objeto de estudo das diferentes áreas do conhecimento escolar

é o elemento que nos permite o debate e o trânsito de uma nova base epistêmica para o

estudo do currículo escolar. Com esse ânimo nos propomos ao estudo da ressignificação dos conteúdos, os objetivos e as práticas pedagógicas em atividade no cotidiano das escolas, centrados no eixo de um pleno desenvolvimento humano. É importante assinalar, entretanto, que entendemos os próprios campos de saberes como apropriações que não são exclusivas aos espaços que fomentam estudos qualificados enquanto científicos e nem de instituições escolares, em seu sentido ampliado. Como este vem a ser o primeiro relato, ou etapa, do estudo, faz-se necessário esclarecer premissas e conceitos anteriores ao próprio debate sobre o currículo escolar em exercício no campo oficial.

A premissa de onde partimos se fundamenta na perspectiva de que os indivíduos

acessam um "currículo" que visa o seu pleno desenvolvimento humano (Cf. DUARTE, 1999, 2003; SEMERARO, 2001; GRACIANI, 1997; FRIGOTTO, 2000; entre outros). Esse

desenvolvimento corresponde ao conjunto de saberes que apreendidos e reelaborados pelo sujeito, o permitem relacionar estes conhecimentos a uma materialidade que responda as suas necessidades cotidianas. Visa ainda fazê-lo acessar prontamente aos códigos da sociedade ao qual pertence, possibilitando-o agir sobre o mundo auferindo uma lógica a todo ato e a todo o momento, segundo o volume de suas condições e dos condicionantes - dos quais já possui e dos que lhe são permitidos o acesso.

Compreendemos que este conjunto de saberes se organiza segundo a racionalidade

objetiva e subjetiva desenvolvidas no direto entroncamento com as práticas historicamente localizadas, assim como o ensino destes saberes está presente na experiência cotidiana sem que seja apenas o objeto de especialistas e professores (Cf. KOSIK, 1995; GIMENO SACRISTÁN, 1998).

Nosso intento visará, portanto, a análise crítico-reflexiva das premissas que sustentam a

práxis da formação humana perpassando transversalmente os conceitos de desenvolvimento humano e o currículo. Entendemos o currículo de formação humana a partir da filosofia da práxis. Coadunando com nossas perspectivas epistemológicas, concordamos com a leitura de SEMERARO (2001), quando aponta que GRAMSCI melhor desvela o processo de elaboração da filosofia da práxis a partir de novas relações sociais; ou seja, desligado das puras abstrações dogmáticas (ou como conceitua GRAMSCI, uma filosofia mais que "descritiva e definidora", 2001:51), o filósofo italiano observa na "unidade das tensões dualistas e as contradições ricas e complexas" (entre teoria/prática, intelectuais/massa, organização/espontaneidade, sociedade política/sociedade civil, ocidente/oriente, norte/sul, história do mundo/história particular" – SEMERARO, 2001, p 102.), a articulação para o desenvolvimento da atividade humana plena.

1 "Depois dessa data [11 de setembro de 2001], islamismo e barbárie identificaram-se, e a satanização do bárbaro consolidou-se numa imagem universalmente aceita e inquestionável" (Chaui, 2004, p. 149).

2 Uma evidência de que os desafios da modernidade não se esgotaram pode ser percebida no debate conceitual modernidade versus pós-modernidade (ou qualquer outro nome que se dê à possível nova fase). Tanto a contemporaneidade deve seu modo de ser à modernidade que o debate se dá a respeito de uma pergunta fundamental: a modernidade acabou ou se instaurou uma nova fase interna a ela mesma e que pode nem ser a última?

O fundamentalismo é uma criação moderna e localizável no tempo e no espaço; deve ser enxergado num contexto de criações e recriações, ações e reações modernas. Modernidade contemporânea em que até o terrorismo e a guerra são transformados em espetáculo. O fundamentalismo é artigo de exportação – e importação, conseqüentemente. Conhecer as origens históricas do fundamentalismo e seu trânsito é dar um passo na direção da percepção de que há fundamentalismos, e não um único. Fundamentalista não é somente o outro.

Religião,Sociedade e o Papel da Igreja

A história da humanidade começa quando Deus por amor a pessoa, que Ele próprio criou, deu seu Filho, Jesus, o qual padeceu e morreu na cruz para nos salvar e por isso mesmo para que tenhamos o penhor da vida eterna.

Daí a Igreja ter compromisso de seguir os passos de Jesus e de seguir os passos de Jesus e adotar nas atitudes.

No semblante de Jesus Cristo, com o olhar de fé, vemos o rosto do homem humilhado e sua vocação à liberdade, à plena realização de usa dignidade pessoal e à fraternidade entre todos.

Portanto, a Igreja está sempre a serviço de todos os seres humanos que são filhos e filhas de Deus.

Todos os povos vivem hoje uma realidade marcada por grandes mudanças de várias naturezas – tecnológicas, econômicas, políticas, sociais, religiosas etc, que afetam profundamente suas vidas.

A novidade dessas mudanças, diferentemente do ocorrido em outras épocas, é que elas têm alcance global, com diferenças e matizes, o que afeta mundo inteiro.

Destaca-se, nesse cenário determinante de mudanças, a ciência e a tecnologia, com sua capacidade de manipular geneticamente a própria vida dos seres humanos e sua capacidade de criar uma rede de comunicações de alcance mundial, tanto pública como privada, para interagir, com simultaneidade, não obstante as distâncias geográficas.

Daí dizer-se que a história se acelerou e as próprias mudanças se tornam vertiginosas, visto que se comunicam com grande velocidade a todos os cantos do planeta.

A Igreja fica ofuscada diante de tantas mudanças e o povo religioso busca infatigavelmente o rosto de Deus e o faz agora desafiado por novas linguagens do domínio técnico, que nem sempre revelam, mas que também ocultam o sentido divino da vida humana redimida em Cristo. Sem uma clara percepção do mistério de Deus, torna-se opaco também o desígnio amoroso e paternal de uma vida digna para todos os seres humanos.

A realidade para o ser humano se tornou cada vez mais sem brilho e complexa. É freqüente que alguns queiram olhar a realidade unilateralmente a partir de informações econômicas, outros a partir de informações políticas ou científicas e outros, ainda, a partir do entretenimento ou do espetáculo. No entanto, nenhum desses critérios parciais consegue propor-nos um significado coerente com tudo que existe. A realidade social parece muito grande para uma consciência carente de saber e informação, facilmente se crê insignificante, sem ingerência alguma nos acontecimentos, mesmo quando soma sua voz a outras vozes que procuram ajudar-se reciprocamente.

Em nossa cultura, a religiosidade popular desempenha especial devoção mariana, a qual contribui para nos tornar mais conscientes de nossa condição de filhos de Deus e de nossa dignidade perante seus olhos, embora haja diferenças sociais, étnicas ou de qualquer outro tipo.

A maioria dos meios de comunicação de massa começa a diluir essa preciosa tradição religiosa, apresentando novas imagens, atrativas e cheias de fantasias. Longe de preencher o espaço vazio produzido em nossas consciências por falta de informações, o que os meios de comunicação mostram só nos distraem.

As tradições culturais já não se transmitem de uma geração à outra com a fluidez do passado. Isso afeta, inclusive, a própria família que, como lugar de diálogo e da solidariedade inter-geracional e que é um dos mais importantes veículos da transmissão da fé. Os meios de comunicação invadiram todos espaços e todas as conversas, intrometendo-se também na intimidade do lar. Ao lado da sabedoria da tradições, focalizam competições, informações de última hora, distração, entretenimento, imagens de vencedores que souberam usar a seu favor as ferramentas tecnológicas e as expectativas de prestígio e estima social. Isso faz com que as pessoas busquem demoradamente uma experiência que preencha suas exigências, onde nunca poderão encontrá-la se não na comunhão com Deus que é fonte de amor para todo ser humano.

Entre os pressupostos que enfraquecem e menosprezam a vida familiar, encontramos a ideologia de gênero, segundo a qual, cada um pode escolar sua orientação sexual, sem levar em consideração as diferenças dadas pela natureza humana.

Isso tem provocado modificações legais que ferem gravemente a dignidade do matrimônio, o respeito ao direito à vida e a identidade da família, sem contar com o descompromisso de honrar a união entre os cônjuges, haja vista o acentuado e freqüente número de separações, abandono da família, e uniões ilícitas que estamos assistindo atualmente.

A sociedade que coordena suas atividades só mediante múltiplas informações, acredita que pode agir de fato como se Deus não existisse. Mesmo que haja eficácia em seus procedimentos conseguida pelas informações que detém, usando as tecnologias mais desenvolvidas, não consegue, porém, satisfazer o desejo de dignidade inscrito no mais profundo da vocação humana.

A pessoa sempre procura a verdade de seu ser, visto que é esta verdade que ilumina sua realidade de tal modo que nela possa se desenvolver com liberdade, alegria, com prazer e esperança.

Esta verdade, só pode ser Jesus.

Nada o poderá substituir por mais evoluído que o nosso imaginário possa alcançar. Vivemos uma mudança de época e seu nível mais profundo é o cultural. Disso vê-se a concepção integral do ser humano, portanto, sua relação com o mundo e com Deus. Aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século. A que vem excluir Deus de seu horizonte, falsifica o conceito da realidade e só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas.

Surge hoje, com grande força, uma supervalorização da subjetividade individual. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço dando papel primordial à imaginação.

Os fenômenos sociais, econômicos e tecnológicos estão na base da vivência do tempo, o que se concebe fixado no próprio presente, trazendo concepções de inconsistência e instabilidade própria fé.

Deixa-se de lado o interesse pelo bem comum para dar lugar à realização imediata dos desejos dos indivíduos, à criação de novos e muitas vezes arbitrários direitos individuais, problemas de sexualidade, de família, de enfermidades e até da morte.

A ciência e a tecnologia preocupam-se muito em atender o mercado consumista, pautadas em critérios únicos de eficácia, da rentabilidade e do funcional e com isso criam uma nova visão da realidade. Os meios de comunicação de massa estão introduzindo na sociedade um sentido estético, uma visão a respeito de felicidade, uma nova percepção da realidade e até uma linguagem que quer se impor como autêntica cultura. Desse modo, determina-se por destruir o que de verdadeiramente humano nos processos de construção cultural, que nascem do intercâmbio pessoal e coletivo.

Essa cultura atual se caracteriza pela auto-referência do indivíduo, que conduz à diferença pelo outro, de quem supõe não necessitar e por quem não se interessa e não se sente responsável. Dar-se preferência viver o dia-a-dia, sem programas a longo prazo nem apegos pessoais, familiares e comunitários. Daí estarem as relações humanas sendo consideradas objetos de consumo, conduzindo tão somente a relações afetivas sem compromisso responsável e definitivo. Vive-se o isolamento do eu – o individualismo. Essa busca de viver, sem preocupação com critérios éticos, sem nenhum esforço para assegurar os direitos sociais culturais e solidários, resulta em prejuízo da dignidade de todos, especialmente, daqueles que são mais pobres e vulneráveis.

É imperativo tomar consciência precária que afeta a dignidade humana. As mulheres, muitas delas desde crianças e adolescentes, são submetidas a múltiplas formas de violência dentro e fora de casa, tráfico, violação, escravização e assédio sexual, desigualdade na esfera do trabalho, da política e da economia, exploração publicitária por parte de muitos meios de comunicação social que as tratam como objeto de lucro.

Essas mudanças culturais alteram os papéis tradicionais de homens e mulheres, os quais procuram desenvolver novas atitudes e estilos de suas respectivas identidades, potencializando todas as suas dimensões humanas na convivência cotidiana, na família e na sociedade, às vezes, por vias equivocadas.

As novas gerações são as mais afetadas por essa cultura, participando da lógica da vida como espetáculo, considerando o corpo como ponto de referência de sua realidade presente.

Essas gerações têm nova atração pelas sensações e crescem, na grande maioria, sem referência aos valores e instâncias religiosas.

Por outro lado, a igreja católica apesar das deficiências e ambigüidade de seus membros tem dado testemunho de Cristo, anunciando o Evangelho, oferecendo seu serviço de caridade, principalmente, aos mais pobres, no esforço por promover sua dignidade e também no empenho de promoção humana, nos campos da saúde, da economia solidária, da educação, do trabalho, do acesso à terra, da cultura, da habitação e assistência, entre outros.

Unida a outras instituições nacionais e mundiais, tem ajudado a dar orientações prudentes e a promover a justiça, os direitos humanos e a reconciliação dos povos. Seu empenho a favor dos mais pobres e sua luta pela dignidade de cada ser humano tem ocasionado, em muitos casos, a perseguição e inclusive a morte de alguns de seus membros, os quais são considerados testemunhas da fé. Os santos e santas, que sem terem sido canonizados, viveram com radicalidade o evangelho, ofereceram suas vidas por Cristo, pela igreja e por seus povos.

Ademais, os esforços da igreja para o encontro com Jesus Cristo vivo têm dado bons frutos haja vista melhor reconhecimento da palavra de Deus e amor pelas coisas sagradas.

Crescem as manifestações da religiosidade popular, especialmente a piedade eucarística e a devoção mariana e santos (Antônio, Benedito, Cosme e Damião, João, Pedro Paulo, Galvão, José e tantos outros) e santas (Luzia, Teresinha, Rita de Cássia, Ediwiges, etc) e até pessoas que ficaram na memória das pessoas, tais como: Padre Cícero, Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Para João Paulo II, e outros... A animação bíblica pastoral é bastante fecunda pelo fervor de alguns sacerdotes: Padre Marcelo Rossi, Fábio de Melo, Zezinho, Antônio Maria...

Dessa forma, na busca do encontro com Cristo vivo, e mediante diferentes métodos de evangelização, as paróquias tem se transformado em comunidades de evangelizadoras e missionárias.

Tem-se tomado consciência da importância da pastoral familiar, da infância e juvenil, a partir desse trabalho evangélico empreendido de forma intensa e extensa.

A Doutrina Social da igreja tem animado o testemunho e a ação solidária dos leigos e leigas, que se interessam cada vez mais por sua formação teológica, os quais se esforçam por transformar de maneira efetiva o mundo segundo Cristo.

Tem-se desenvolvido o diálogo ecumênico e interreliogioso, segundo as normas do magistério da igreja e que têm sido muito frutuosos para os participantes no diversos aspectos religiosos. Manifesta-se, como reação ao materialismo, uma busca de espiritualidade, de oração e de mística que expressa fome e sede de Deus. A valorização da ética tem sido um sinal dos tempos e que indica a necessidade de superar o hedonismo, a corrupção e o vazio dos valores.

Não obstante muito que já foi dito, alegra-nos, contudo, o profundo sentimento de solidariedade que caracteriza nossos povos e a prática de compartilhar e de ajuda mútua, mesmo diante de tantas dificuldades materiais por que passam o Brasil e o mundo.

Apesar dos aspectos positivos que nos alegram, na esperança que temos em dias melhores, na confiança que temos em Deus, observamos algumas sombras que tentam eclipsar nossos esforços na busca do encontro do Jesus vivo.

Apesar de 43% de todos os fiéis viverem na América Latina e no Caribe, a Igreja Católica tem tido um crescimento percentual inferior ao ritmo do crescimento populacional. No período de 1974 a 2004, a população latino-americana cresceu 80%, enquanto os sacerdotes cresceram 44% e as religiosas somente 8%.

Pelas nossas dimensões continentais, constata-se escasso acompanhamento dados aos fiéis leigos em suas tarefas de serviço à sociedade e preocupa-nos a tendência a uma espiritualidade individualista e desse modo, uma mentalidade relativista no ético e no religioso, uma compreensão limitada cultura religiosa das pessoas fiéis.

A sociedade é influenciada pelo amplo pluralismo social e cultura, advindo da pós-modernidade onde a linguagem torna-se pouco significativa especialmente para os jovens.

A Igreja também não se tem feito presente fortemente no mundo universitário e nos meios de comunicação social, o que ofuscou a evolução da doutrina católica embora havendo algum esforço.

O número insuficiente de sacerdotes e a conseqüente não distribuição equitativa impossibilitam que muitas comunidades possam participar regularmente da celebração eucarística dominical, por longos tempos. A isso acresce a relativa escassez de vocações ao sacerdócio e à vida consagrada (Freiras, Diáconos). Existem dificuldades econômico-financeiras para manter as estruturas pastorais das Igrejas, por falta de solidariedade dos fiéis, respeitadas suas condições financeiras. As pastorais penitenciárias, de menores infratores não vêm sendo suficientemente assumidas.

- Nas últimas décadas muitas pessoas abandonam as práticas religiosas católicas e entram em outros grupos religiosos, no afã de salvarem suas vidas.

- Muitas vezes não é fácil o diálogo ecumênico com grupos cristãos que atacam a Igreja Católica, com insistência.

- Ocasionalmente, alguns católicos se têm afastado do Evangelho, o qual requer um estilo de vida mais simples, austero e solidário, mais fiel à verdade e à caridade, além de faltar coragem, persistência e docilidade à graça de prosseguir fiel à Igreja de Cristo, morto e ressuscita.

- Por fim, reconhecemo-nos ainda como de pobres pecadores, mendicantes da misericórdia de Deus, congregada, reconciliada, unida e enviada pela força da Ressurreição de seu Filho e pela graça de conversão do Espírito Santo.

- As práticas de candomblé, magia negra, bruxarias, terreiro de umbanda, e tantos outros meios satânicos que sacrificam crianças, animas, acendem velas coloridas e essências, oferecem comidas, bebidas, no perverso propósito de obterem seus fins, contrariamente à vontade de Deus, jamais poderiam ter outro destino a não ser a profanação, desamor e destemor ao Autor da Criação.

A RELIGIAO NUMA PERSPECTIVA SOLIDARIA NA FORMAÇAO DE EDUCAR

Diversidade cultural e multiculturalismo são expressões de ordem hoje em dia,

tanto na educação escolar,precisa inserir, respeitar e trabalhar as mesmas. Isso significa dizer que a cultura do grupo precisa ser levada em consideração, de modo que a escola não deve mais impor um único modelo de cultura, como fez, durante anos, para manter o status quo, contribuindo para o aumento das desigualdades sociais que culmina em exclusão social. Nesse sentido, vale dizer que uma das disciplinas oferecidas na escola, Este ensino Religioso, pode ser um elemento fomentador de uma educação libertadora ao contribuir na luta para a superação do atual quadro de exclusão social em nossa sociedade, mesmo com uma história conturbada de mais de 500 anos, pautada em uma única religião, o Cristianismo, e uma única igreja, a Igreja Católica Apostólica Romana. Para tal, precisa ter uma práxis

educativa transformadora e desenvolver um Conteúdo Programático que trabalhe aEducação para a Solidariedade para pois é preciso e possível discutir, refletir e trabalhar a solidariedade na educação.

Educar: sobre uma visão religiosa para a inclusão da educação para a solidariedade.

Tudo indica que o termo "solidariedade", etimologicamente, é uma deformação

da palavra solidum, usada no universo jurídico do Império Romano, como "a obrigação que pesava sobre os devedores quando cada um deles era tomado pelo todo".

Atualmente, ainda utiliza-se, , a expressão "in solidum" para se referir aos deveres solidários que decorrem de um acordo entre indivíduos em relação a algum trato ou objetivo. No latim, não existia a palavra "solidariedade", solidus era usado para significar de modo mais amplo, "algo bastante compacto". Tal palavra, logo, surge, pela lógica, no contexto pós-revolucionário francês do século XIX, para caracterizar uma forma específica de relação entre várias categorias de pessoas. Em outros termos: ela sai do âmbito técnico do direito para ser incorporada ao âmbito

filosófico.

Solidariedade é um valor indispensável em nossa sociedade, porque, apesar de vivermos em um mundo que fascina e oferece grandes possibilidades ao

homem de possuir uma vida mais digna, há uma cultura dominante com poucos traços de amor ao próximo, de tolerância, de equidade, onde somente uma minoria usufrui dessa vida melhor, culminando em um grande fosso entre dominantes e dominados.

Devido a tal fato, precisamos em nossa sociedade de uma sensibilidade

solidária:

Para esse tipo de relação é preciso antes de mais nada uma "sensibilidade solidária". A palavra sensibilidade quer mostrar que a solidariedade como ato ético-subjetivo radical só acontece quando6 entram em jogo os "sentidos", como a percepção empática do sofrimento e angústia dos/as outros/as. O ver e ouvir, alterando a

sensibilidade da nossa pele. Ao mesmo tempo, a sensibilidade é a condição a priori para que o/a outro/a possa irromper no meu mundo como outro/a.

Observamos que solidariedade é uma experiência que requer um

compromisso em direção a alguém ou a alguma situação. Ela, assim, inclui uma interferência, uma tentativa de resolver ou diminuir o sofrimento de alguém com quem se identifica ou não, compreendida em atender a todos sem autoritarismo e sem recompensa. Supera, portanto, o individualismo, oportunizando as pessoas uma sociedade mais humana.

Assim, tal atitude precisa ser aprendida e apreendida tanto na família

quanto na sociedade, entendendo esta como, especificamente, a escola por

intermédio da educação oferecida na mesma. Perrenoud (2005) persiste em uma direção ao afirmar que não se trata de inventar uma nova disciplina, a educação para a solidariedade é dever de todas as disciplinas e professores.

Nesse processo dialético, refletir com os alunos sobre a solidariedade torna-se essencial para o combate a exclusão social. E para o sucesso desse propósito faz-se necessário inovar as aulas com metodologias variadas que levem em consideração o contexto da escola e que proporcionem refletir sobre o assunto.

Tais reflexões nos levam a compreender que a propostade ensino religioso que se paute na educação para a solidariedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este tema é de uma profunda complexidade, pois, existem fatos e pessoas que são indelevelmente sagrados e podem ser atingidos por profanações.

O ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus dotados de beleza, crença, livre arbítrio e muitos outros atributos ímpares, mas, podem sofrer mutações em seu comportamento.

Tudo isso é fruto de uma sociedade desigual onde a busca incessante do ter em detrimento do ser vem descaracterizando o próprio ser em sua essência. Conseqüências terríveis advêm daí, levando o homem e a mulher ao desrespeito em muitas situações.

Todavia, ainda é possível acreditar num novo mundo onde não haja tantas divisões.

A Igreja em seu papel mais ativo, presente, parte para uma renovação, tentando resgatar o seu papel que foi arrebatado por outras religiões. Portanto, todos nós somos co-responsáveis nessa fase de transição, exercendo um papel consciente de evangelizador à partir do nosso lar, nossos parceiros de uma história familiar, nossos secretários, etc.

Miremo-nos em Maria, nossa co-redentora que sem sua vida de silêncio, apresentou a mais bela lição de amor ao Filho desde o seu nascimento até ao Calvário.

É chegada a hora, moderna ela mesma, corolário das lutas pelos direitos

humanos, de ensinar a inclusão e a tolerância. Se o fundamentalismo foi inventado e exportado, pode-se também transmitir e confiar a guarda da tolerância, se possível, a todo mundo no mundo todo. O que não é fácil, pois, se a intolerância é quase natural (por ser universal) e legitima-se na história, a tolerância precisa ainda ser criada e recriada. Paul Ricoeur (2000) propõe um caminho de quatro movimentos em direção da tolerância: não impedir a existência do outro; compreender o outro e sua existência; aceitar o direito que o outro tem de viver segundo suas convicções; aceitar que há verdade também lá fora, no outro.

Em três movimentos, Edgar Morin (2005) ensina os mesmos preceitos para o

estabelecimento de uma ética não exclusivista para o século XXI: respeitar o direito que o outro tem de se exprimir; optar pela democracia, que se alimenta.

A educação para a Solidariedade foram o âmago de todo o

trabalho, conceituamos e refletimos sobre os mesmos. Defendemos a idéia de que é possível ensinar solidariedade e que a disciplina em questão pode desenvolver esta educação.

Finalizamos este estudo considerando a relevância da conclusão de suas análises não

somente ao estudo da área de Educação Religiosa, mas ao próprio sentido desta área ser8 inclusa na esfera acadêmica para esforços epistemológicos e no currículo que centra a perspectiva da formação humana plena .

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5 AGOSTINI, Nilo. Ética e evangelização: a dinâmica da alteridade na recriação da moral, p. 54.

6 Utilizamos este termo, pois o Ensino Religioso no Brasil sempre teve tendências ao modelo confessional, porém

sob o domínio de uma única religião, o Cristianismo, mas precisamente de uma única igreja, a Igreja Católica

Apostólica Romana. Sendo assim, o governador apenas confirmou algo que vem ocorrendo há mais de quatro

séculos, agora incluindo as demais religiões, ficando até "justa" a "concorrência" das mesmas. Para um maior

esclarecimento desta afirmação da aluna, consultar os livros de autoria de Anísia de Paulo Figueiredo: "O ensino

religioso no Brasil: tendências, conquistas, perspectivas" e "Ensino Religioso: perspectivas pedagógicas", da Editora

Vozes.

7 MENEGHETTI, Rosa Gitana Krob. A pertinência pedagógica da inclusão do Ensino Religioso no currículo

escolar In: GUERRIERO, Silas (org.). O estudo das religiões: desafios contemporâneos, p. 98.

8 Se observarmos o Conteúdo Programático do credo evangélico, vemos unidades que são dadas na Escola Bíblica

Dominical de qualquer igreja evangélica, como exemplo, na Unidade I abordamos a Criação com referências a Adão

e Eva, ao pecado, ao primeiro homicídio e outros acontecimentos que estão relatados no primeiro livro da Bíblia

(Gênesis).

9 FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. O ensino religioso no Brasil: tendências, conquistas e perspectivas, p. 133.

10 LALANDE, André apud ALMEIDA, João Carlos. Teologia da Solidariedade: uma abordagem da obra de

Gustavo Gutiérrez, p. 141.

11 ASSMANN, Hugo & SUNG, Jung Mo. Competência e sensibilidade solidária: educar para a esperança, p. 98.

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1 Para maiores detalhes sobre o pensamento de Claude Geffré e reações críticas ao seu pensamento ver: PANASIEWICZ, Roberlei. Pluralismo religioso contemporâneo: diálogo inter-religioso na teologia de Claude Geffré. São Paulo: Paulinas/PUCMinas, 2007.

2 GEFFRÉ, Croire et interpréter, p. 92.

3 GEFFRÉ, Croire et interpréter, p. 92.

4 GEFFRÉ, Croire et interpréter, p. 95. Ver também: GEFFRÉ, A fé na era do pluralismo religioso, p. 65.

5 GEFFRÉ, Por um cristianismo mundial, p. 14.

6 O texto encontra-se em Gn 11, 1-9. O último livro de Geffré trabalha esta temática: De Babel à

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