A Religião as Mitologias e a Filosofia na Grécia Antiga.

 

Mitologia grega faz parte da grande história dos deuses e heróis do mundo nas civilizações antigas que  explicavam os fatos históricos e também  fenômenos naturais.

Numa época em que a razão era inteiramente mitológica não tinha como entender o mundo com as formas racionais lógicas, tipicamente do mundo moderno e contemporâneo.

Os gregos no mundo antigo eram politeístas tinham cerca de 30 mil deuses, os deuses eram parecidos com os Homens na  terminologia cujo significado e a  forma determinava-se de antropomorfismo.

 Nos sentimentos, paixões, virtudes e vícios. Os deuses eram diferentes dos homens porque eram imortais e tinham poderes sobrenaturais, podendo intervir na vida dos homens.

 Modificar situações concretas e beneficiar aos homens que acreditassem neles, os deuses gregos eram  poderosos, a vida social e política determinavam-se por suas forças e intenções de crenças.

Os principais deuses da mitologia grega.

Os cultos religiosos oferecidos aos  deuses tinham a função de proteger  os humanos realizavam-se cultos no interior e exterior dos templos, com grandes  sacrifícios, libações e oferendas, a finalidade era agradar aos deuses e dessa forma o homem se livraria de todos os tipos de mal.

 Tinha se como tradição colocar  vinho ou azeite sobre estátuas dos deuses, essa prática agravava profundamente  todas as divindades daquele período histórico.

  Os sacerdotes bebiam vinho em honra dos deuses, oferendas, canções, danças e desenvolviam  procissões,  também  praticavam sacrifícios de animais.

 Eles  achavam que muitos deuses precisavam do sangue dos animais para se alimentar ou as vezes da própria carne, os deuses ficavam contentes e protegiam os humanos.

Os cultos religiosos participavam todos os atenienses em honra de Atena e de quatro em quatro anos realizavam-se as grandes festas nacionais.

 A elite da cidade de Atenas tinha em mãos o comando da fé, não podia deixar de cultuar as divindades. Todas as formas de mal eram atribuídas aos homens quando procuravam distanciar de suas crenças.

 Porque isso poderia prejudicar ao funcionamento da sociedade política, tudo fundamentava pela fé na mitologia religiosa. Como ainda hoje, parte da sociedade moderna funciona por práticas ligadas a mitologias religiosas modernas, cujo principio resulta de tempos imemoriáveis.

 As grandes comemorações começavam com uma corrida noturna de archotes para desperta a exuberante  deusa em todos os seus lugares de culto, seguida de uma vigília. Os deuses ficam muito felizes quando eram adorados, em troca protegiam aqueles que cultuavam.  

 Realizava-se sempre com festividade uma procissão, muito bem estruturada, cuja finalidade principal era oferecer ao seu manto bordado à grande estátua de Atena localizada no Parthenon.

 Os cultos religiosos.

As maiores celebrações às deusas Dionísias eram o principal festival para o qual as peças gregas que chegaram aos nossos dias,  foram escritas.

 Eram celebradas em Atenas. O primeiro dia da Dionísia era dedicado a uma esplendorosa procissão de que se pode ver uma representação escultórica no famoso  Parthenon.

Os atores participavam nela usando trajes de palco, mas sem máscaras. Os três dias seguintes eram dedicados às tragédias e outras às comédias, essas festividades religiosas agradavam muito não apenas aos deuses, mas também aos participantes.

Leda uma deusa magnífica e bela  era casada com o rei de Esparta Tíndaro, mas Zeus, apaixonado por ela, transformou-se num belo cisne e seduziu-a, levando a mesma a uma grande paixão do mesmo modo sofreu a mesma transformação, o poder da força sagrada ligada ao mundo mitológico.

 Consequentemente, Leda pôs dois ovos, dos quais nasceram quatros filhos,  Helena e Clitemnestra, Castor e Pólux. Todos os quatro filhos foram célebres.

Castor foi um famoso guerreiro e domador de cavalos Pólux foi um grande lutador de luta livre, Helena foi raptada pelo príncipe troiano, dando início à guerra de Troia, Clitemnestra foi obrigada a casar com o rei de Mecenas Agamémon.

A filosofia grega a palavra filosofia significa amar ou aspirar à sabedoria; Esta ciência procurava  conhecer, saber e dar resposta às questões da Natureza, do Homem e da sua criação.

 Distanciando-se das explicações mitológicas para dar protagonismo à razão ou ao aspecto  racional da realidade.

 Demorou-se bastante, mas aos poucos a filosofia foi modificando a realidade interpretativa do velho mundo grego e a mudança do entendimento mitológico a  modificação  ao que denominava-se de racionalidade antiga.

A passagem do mito à razão Os primeiros filósofos são conhecidos como Pré-Socráticos – entre eles destacam-se Tales de Mileto, Anaximandro, Pitágoras, Heráclito e Anaxímenes.

Eles tiveram uma visão cosmológica do mundo e aos poucos a velho entendimento foi modificando-se na superação do politeísmo.

Estes filósofos preocuparam-se fundamentalmente  com os fenômenos naturais, não mãos com questões metafísicas,  originadas pelos quatro elementos- água, fogo, ar e terra- e concluíram que a ordem do Universo era explicada através de uma ordem matemática. Pitágoras.

 A natureza tinha uma lógica digamos científica não necessária ao mundo dos deuses.  Essa modificação foi a primeira grande revolução desenvolvida no ocidente, refiro academicamente.  

Os sofistas defendem a arte do bem falar e argumentar, através da retórica e dialética; consideraram que a Verdade é subjetiva e depende de cada um.

O objeto não era inteiramente conhecido, mas muito bem elaborado argumentado, aquele que melhor explicitasse seria o grande vencedor.

Sócrates 470-399 a. C. defendia o seguinte princípio o valor do saber, apenas  o conhecimento de si mesmo e de tudo o que rodeia o Homem lhe possibilitaria  chegar a verdade, relativa também a subjetividade.

 Possibilitando também à virtude, o que significava o bem e ao belo. O mundo aos poucos estava deixando de ser explicitada pela mitologia, uma nova racionalidade penetrava nas cidades Estados no antigo mundo helênico.

Platão 427-347 a. C. Aluno de Sócrates. Viveu em Atenas numa época de crise e de decadência, tanto do modelo político como da economia, uma época de transição.

 Defendeu a existência de uma sociedade perfeita, justa e harmoniosa com a Natureza. Valorizou o conhecimento empírico isso em parte, porque ainda tinha resquício no seu entendimento da realidade das formas mitológicas para explicação.

 Como se a realidade empírica fosse à representação de outro mundo, do qual esse aqui seria apenas uma copia, mas não atribuía todo poder aos deuses.

 Mas entendia as imperfeições, como regras normais a outros modelos distantes da realidade do mundo praxiológico.

Aristóteles 384-322 a. C. Aluno de Platão. Defendeu a observação do real, da experimentação e a valorização da razão para sistematizar os conhecimentos com vista à procura de causas e leis gerais da matéria.

 Contrariava os fundamentos de Platão e sabia que esse mundo nunca fora copia de outras realidades, e que o único mundo real de fato só poderia ser esse mundo, sabia perfeitamente que todas as forças só poderiam ser atribuídas aos homens.  Descartava qualquer possibilidade divina como fonte de poder.

 

 

A filosofia aplicada à arte.

 

A reflexão da filosofia aplicada arte grega, a  filosofia da razão como o bem máximo do homem reflexos nas concepções artísticas, uma arte não mais sacralizada, já não tinha mais sentido ao mundo uma racionalidade mitológica.

 A arte representava um novo tempo no desenvolvimento do conhecimento das cidades políticas do mundo grego antigo, tudo estava em transformação, não apenas a política, a economia, como o pensamento e o reflexo de todo esse movimento no mundo da arte.  

Característica fundamental na arte grega denominaria se do conceito aplicado ao antropocentrismo, o Homem é a medida de todas as coisas, a razão dele mesmo, não existe outro motivo para o homem, a não ser ele mesmo. Já não caberia mais espaço para Deus.  

 A nova mentalidade o homem vive por ele e para ele, encontrando a sua razão de vida apenas  nas formas do prazer, de tudo aquilo que é belo, o único motivo da existência é própria materialidade da vida.

A filosofia ganha autonomia e passa ser exclusivamente funcional, o mundo começa ser orientado por lógicas racionais, não tem mais sentido viver a vida aplicada a uma prática da ilusão, o que é a felicidade a não ser desfrutar a materialidade o mundo.  

O que podemos dizer em conclusão, que aconteceu uma grande revolução na superação da mentalidade anterior, um mundo comandado por deuses, foi quase que totalmente superado, um novo tipo de razão, que nasceu em decorrência da nova síntese da cultura desencadeada pelo movimento helênico.

Surgiram então novas noções básicas de proporção, composição e ritmo no clássico, um novo sistema de normas que estabeleceu outras regras, padrões ou fundamentos a aplicar nas composições artísticas de tal forma a atingir a perfeição.

 Do mesmo modo no mundo da filosofia, um novo espírito crítico realizou-se a maior das revoluções, tão importante que a renascença teve que buscar fundamentos para elaborar o mundo moderno em suas bases.  

 

Edjar Dias de Vasconcelos.