JULIANO RAMOS SANTOS

A RELAÇÃO ENTRE O PROFESSOR E O ALUNO

Este trabalho tem por objetivo atender a solicitação do componente curricular Prática Pedagógica, da UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – CAMPUS XXI sobre a responsabilidade da professora Lílian Ruas.

UNIVERSDADE DO ESTADO DA BAHIA                                             

 

IPIAÚ-BA

SET/2005

JULIANO RAMOS SANTOS

A RELAÇAO ENTRE O PROFESSOR E O ALUNO 

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

IPIAÚ-BA

SET/2005

Introdução

     O presente trabalho é uma tentativa de aprofundar o debate no campo pedagógico e educacional sobre a relação professor e o aluno. Tendo como ponto de referencia a linha de estudo utilizado por pedagogos e pesquisadores sobre os modelos educacionais para construção do conhecimento. O nosso objetivo é ampliar a discussão acadêmica sobre o comportamento ideal de professores e do aluno no processo de aprendizagem.

     Qual a relação ideal professor e o aluno, é possível uma nova visão do educador a partir da analise dos modelos educacionais implantado na historia do processo educacional brasileiro. Nesse contexto vamos buscar entender, os processos de abordagens e condutas, utilizados pelo professor para promover a chegada do conhecimento e de que forma o aluno absorve a informação.

     Ainda em nosso trabalho, estaremos dando enfoque a necessidade de uma nova visão do professor diante das transformações de validade modernidade, o avanço do poder ideológico das tecnologias e as mudanças sofridas pelo aluno moderno. Neste sentido vamos tentar apresentar e construir uma nova idéia de busca de conhecimento e de valorização do professor e do aluno.

 

 

    

 

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A relação Professor e Aluno

 

      Durante toda uma trajetória de construção de uma escola ideal a imagem deste espaço de aprendizagem sempre esteve ligado a doutrinar rigorosas leis de controle e organização, moldando a escola um lugar de disciplina tanto para o professor quanto para o aluno. Um local, um espaço para brincadeira e criação de professores e do aluno. Uma escola que entra em choque com a validade lúdica do aluno.

     O professor neste contexto apresenta uma relação com o aluno obedecendo a um conteúdo construído dentro de um modelo de organização didática que não permite desvios, uma linha positivista e empirista de transmitir o conteúdo. Neste modelo de relação com o aluno, o professor aparece dono absoluto do conhecimento e erigirá nas provas o resultado do processo de aprendizagem. Nesse contexto o período em sala de aula é mal aproveitado com os mecanismos de controle: prova, chamada oral, controle de atividade e outras ações para demonstrar poder.

     Nessa forma de relação, o livro didático é o principal instrumento de ligação de relação com o aluno, ao lado da apresentação do conteúdo através do quadro e trabalho individual com ferramentas para que o aluno possa memorizar os conteúdos programados, o aluno acaba sendo direciona a aprender sem qualquer questionamento, através de repetição e automatização de forma racional.

     A autoridade do professor presente no estilo do profissional educador-controlador mantém os alunos em uma relação de desigualdade. O professor determina e se o aluno não obedecer sofrerá sanções, que acaba gerando um clima emocional de conflito, hostilidade, ressentimento, por outro lado pode gerar uma autonomia do aluno.

 

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     Na crônica carbono  para planejamento temos o exemplo de uma forma de conduta do professor presente nos dias de hoje.

 

 Carbono para planejamento

-Alô, é da casa de D. Mariazinha?

-Sim, com quer falar?

-Com a própria. Aqui é Carmen, lá da mesma escola onde ela trabalha.

-Pode falar Carmen, aqui quem fala é Mariazinha.

-Mas que ótimo te pegar em casa. É sobre o maldito planejamento do ensino. Eu nem sei por onde começar e o meu diretor que essa coisa para amanha cedo.

-Olha, pegue o mesmo do ano passado. Muda uma ou duas sentenças e entregue. Todo mundo faz isso.

-Só que comecei a lecionar este ano, sabe? E a outra professora que eu substituí nem tinha plano. Dá para você me ajudar?

-Eu aqui em casa só tenho a minha copia carbono. Acho que ela não dá para xérox – está meio apagada...

-Cópia carbono?

-Lá na escola quem faz o plano é a D.Chiquita. Ela datilografa as cópias com carbono para facilitar. Imagine se eu vou perder tempo com isso. O diretor nem verifica: ele pega, dá uma olhada por cima e tranca na gaveta.

-É mesmo é? E você tem por acaso o telefone da Chiquita? Vou entrar nessa também!

-Deixa-me ver... Aqui esta: 23-8166. Só que ela cobra viu?

-Cobra, quanto?

 

 

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-Serviço profissional minha filha! Ou você acha que a colega ia trabalhar de graça? Já basta a exploração do governo. E com essa inflação, não sei o preço atual do plano. Mas vale, viu? Vem com capa e bem datilografado. Maquina elétrica e tudo... Nem precisa revisar...

-Obrigado pela recomendação. Vou ligar agora mesmo para casa dela para encomendar. Um abração, Ta!

-Só mais um conselho antes de desligar: Guarde uma cópia com você. Assim no ano que vem você não precisa tirar dinheiro do bolso de novo. É isso aí, thau!

E a visão do aluno.

 

A escola nos dias de hoje

 

Pipipi... pipipi.

-Me chamo Maria, acordei agora para mais um belo dia, bebo um café com um cigarro, pego o ônibus, agora estou na minha escola sentado na minha cadeira; ele entra, diz bom dia para nós. Ele não tem cara de `bom dia´, usa um avental branco, tem uma perna e um braço mais comprido que os outros, carrega uma mala preta retangular de couro e em dias de prova a coloca em cima da mesa na sua frente e espia por trás dela dá pra ver se o aluno está colando. No ano passado, setenta por cento de seus alunos ficaram para recuperação. Talvez alguém o veja como um professor rigoroso; para mim e para os outros, ele e seus ensinamentos são como uma comida estragada que deve ser deglutida, para logo em seguida (quando ninguém estiver olhando) ser vomitada.

Converso comigo: ‘Maria, não dorme não; mas é difícil, ele é meu sonífero.

Triiim... Bate o sinal, acordo, ela entra.

 

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-Abram o livro na pagina 23 a 30 3 façam os exercícios.

Penso que ela deve se achar muito bela, para tanto lixar a unha e pentear o cabelo.

Triiim... Outra  ‘ela’ entra em cena. Dizem que ela é esclerosada e não devia mais dar aula. Um dia um aluno comentou com outro professor a idéia de fazer um movimento e tira - lá da escola, este professor falou-nos para não fazermos nada porque é desgastante e ninguém faz nada.

Triiim... Ah! Finalmente um ‘ela’ interessante, esta e não dá sono e trabalha a matéria de forma que me seja inútil. Faltou um professor, não vou assistir a ultima aula. É que me despeço dessa história escolar.

Diante deste contexto onde o professor ocupa o centro de todo o processo, cumprido objetivos relacionados pela escola e pela sociedade, o professor no comando de suas ações de sala de aula, a sua postura é diretamente ligada +à transformação de conteúdos, onde o aluno é reservado o direito de aprende um questionamento através da repetição e automatização de forma racional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Uma nova visão do Professor

    

     As mudanças ocorridas na sociedade, a evolução tecnológica e o processo de globalização nos campos sociais, culturais e econômico colocou a educação diante de um debate sobre um novo paradigma para uma relação de qualidade entre escola, o professor e o aluno. A sociedade mudou e a escola precisa mudar e os professores precisam saber que o professor no contexto social de hoje exige, mudanças de atitude e comportamento. É preciso analisar o passado e optar por metamorfose de melhorias na relação professor e aluno.

     Por traz da ação de um professor, há sempre um conjunto de idéias que orientam, mesmo quando ele não, tem consciência dessas idéias, dessas concepções, dessas teorias a uma doutrina ideológico presente. Para compreender a ação do professor é preciso conforme relata Telma Weisz (2002) analisa-lá com o objetivo de desvelar os seguintes aspectos: Qual a concepção que o professor tem e que se expressa em seus atos, do processo de aprendizagem do conteúdo que ele espera que o aluno aprenda os caminhos que o aprendizado acontece. As mudanças da sociedade moderna não aceitam que o educador encare os alunos de hoje pouco interessados ou menos preparados do que em outras épocas. 

O professor deve valorizar o aluno e não a matéria se sua proposta pedagógica. A construção do conhecimento a partir dos conteúdos do professor deve acontecer dentro de uma interação que liberte e motive o aluno. O educador deverá valorizar o seu aluno permitindo que o mesmo avance em sua grande jornada de aprender dentro de seu ritmo de busca de conhecimento, onde ele tenha a oportunidade de construir e reconstruir o conteúdo de sua proposta de aprendizagem.

 

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O professor será então um facilitador da aprendizagem, aberto as novas experiências e de relação com os sentimentos e os problemas de seus alunos e tenta leva-las à auto-realização. Nesta nova visão de relação o aluno também assumi responsabilidade de permitir de forma sadia e facilitada a construção do conhecimento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Conclusão

  

 

       A relação professor-aluno é ponto importante e praticamente determinante para formação de uma aprendizagem sadia. Através do relacionamento com seus alunos o professor rompe fronteiras que vão alem dos conhecimentos e habilidades de ensino. O professor deve influir sobre seus alunos de maneira  a controlar suas primeiras impressões, explorando recursos e estratégias que venha estimular seus alunos a melhorar o relacionamento. Não é uma tarefa fácil, pois o bom relacionamento poderá ser difícil com algum aluno, mas se policiarmos nossas emoções e sentimentos chegaremos ao nossos objetivo e nos conscientizaremos que esse alunos também são nosso alunos.

     Um relacionamento justo sério, revestido de humildade fará surgir um clima de liberdade e responsabilidade. Não podemos descuidar do relacionamento com nossos alunos, por que este ´o veiculo capaz de transcender no conhecimento, fazendo com que nossos alunos aprendam coisas importantes para a sua própria vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Bibliografia

 

 

WEISZ, Telma, O Dialogo Entre o Ensino e a Aprendizagem, SP, Editora Àtica. 2° ediçao,2002.

LIBANEO,  José Carlos, Adeus Professor, Adeus Professora, SP, Cortez Editora  6° edição, 2002.

Pagina da internet: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/filoso4.iatm

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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6º DIA- 18/08/2011

50 minutos

 

  • Atividade a respeito do conteúdo
  • Correção da atividade

 

 

7º DIA- 24/08/2011

100 minutos

 

  • Analise de charges
  • Explicação por meio dos slides e auxilio do livro didático sobre Funções da Linguagem

 

 

8° DIA- 25/08/2011

50 minutos

 

  • Analise de diferentes fragmentos de diversos textos
  • Correção da atividade de analise

 

 

9º DIA- 31/08/2011

100 minutos

 

  • Atividade avaliativa a respeito dos conteúdos: orações coordenadas , Gêneros textuais e Funções da linguagem.

 

10º DIA- 01/09/2011

50 minutos

 

  • Ouvir a música Shimbalaiê
  • Analisar diversos tipos de orações contidas na música.

 

 

 11º DIA- 08/09/2011

50 minutos

 

  • Explicação por meio de uma apostila sobre o conteúdo supracitado.

 

 

 

  12º DIA- 14/09/2011

  100 minutos

 

  • Leitura de uma carta
  • Analisar os sintagmas nominais na carta
  • Responder uma atividade em grupo referente a analise de diversas orações contendo o conteúdo supracitado.

 

13º DIA- 15/09/2011

50 minutos

 

  • Atividade por meio de tiras em história em quadrinhos em que os alunos percebam os elementos contidos dentro do sintagma nominal

 

 

14º DIA- 21/09/2011

100 minutos

 

  • Explicação por meio de slides sobre os períodos literários Renascimento e do Quinhentismo.

 

  • Analise coletiva do fragmento da carta de Pero Vaz de Caminha

 

 

15º DIA- 22/09/2011

50 minutos

 

  • Produção de um cartaz a respeito dos períodos literários supracitados

 

16º DIA- 28/09/2011

100 minutos

 

  • Analise de diversos textos que envolvem intertextualidade

 

  • Explicação do que seja intertextualidade

 

 

17º DIA- 29/09/2011

50 minutos

 

  • Produção textual envolvendo intertextualidade
  • Culminância do projeto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AVALIAÇÃO

 

Por muito tempo, o ato de avaliar foi usado como uma forma de classificar e rotular os alunos, em bons e ruins. Contudo essa concepção vem sendo desconstruída. Hoje, a avaliação é considerada uma importante ferramenta para o professor, no momento de medir a qualidade do aprendizado do discente, bem como avaliar a sua prática pedagógica.

 Portanto, para utilizar o método avaliativo é necessário definir o objetivo almejado pela escola, em relação à aprendizagem do aluno, bem como determinar regras, escolher procedimentos relativos à coleta de dados comparados com o contexto e a forma que foram produzidos.

 

O ato de avaliar a aprendizagem implica em acompanhamento e reorientação permanente da aprendizagem. Ela se realiza através de um ato rigoroso e diagnóstico e reorientação da aprendizagem. O que, de fato, distingue o ato de examinar e o ato de avaliar não são os instrumentos utilizados para a coleta de dados, mas sim o olhar que se tenha sobre os dados obtidos: o exame classifica e seleciona, a avaliação diagnostica e inclui. (LUCKESI, 2006, p. 4-6).

 

De acordo com Luckesi, o ato de avaliar não é classificar, mas, sobretudo diagnosticar, bem como criar mecanismos que propicie a aprendizagem. Já que a instituição escolar busca por meio da avaliação conhecer as dificuldades de aprendizagem do aluno, podendo assim descobrir uma forma adequada de sanar esses problemas.

È válido salientar ainda, que as escolas devem integrar os alunos no processo de avaliação, instigando-os a refletir acerca da sua própria aprendizagem. Dessa forma, ele se tornará um sujeito atuante no espaço social.

 

Não tem sentindo dispensar o aluno desse papel de avaliador e eximi-lo de, ele próprio, ser capaz de julgar a propriedade ou a adequação de seus desempenhos. Só assim ele vai conquistando a necessária autonomia de que precisa como cidadão crítico e participativo. A deprimente condição de transferir para outro a total incumbência de dizer “como estamos”, de dizer se erramos ou se acertamos só pode resultar na terrível alienação que caracteriza os incapazes ou os irresponsáveis; isto é, aqueles que não são capazes de responder pelas opções que fazem perfil do qual nossos alunos muito se distanciam. (ANTUNES, 2006, p.164)

 

Por meio da auto-avaliação, a escola proporciona ao aluno uma reflexão sobre sua conduta, tornando-o um ser ativo, consciente do seu papel no meio social. Sendo assim, cidadãos responsáveis, capazes de assumir suas escolhas.

Partindo desse pressuposto, o método avaliativo acontecerá de forma contínua e processual, baseada na interação dos alunos, nos debates e na produção textual, bem como na sua auto-avaliação. Portanto, os discentes serão avaliados no decorrer de cada aula, por meio do diagnóstico realizado durante a execução das atividades propostas pela ministrante.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 REFERÊNCIAS

 

ANTUNES, Irandé. “Avaliação da produção textual no ensino médio” IN: Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006, p. 164-180.

BEZERRA, Maria Auxiliadora. Ensino de língua portuguesa e contextos teórico-metodológicos” IN: Gêneros Textuais & Ensino. 4° Ed. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2005, p. 37-46.

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da Aprendizagem Escolar. Rio de Janeiro: ABT, 2006.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. “Gêneros Textuais: definição e funcionalidade” IN: Gêneros Textuais & Ensino. 4° Ed. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2005, p. 19-36.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. “O estudo dos gêneros não é novo, mas está na moda” IN: Produção Textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008, p.147-224.