RESUMO:

O presente trabalho teve como objetivo analisar o processo de reconstrução histórica do PROEJA no município de Lagarto/SE e para atingí-lo além de abordar o processo histórico do PROEJA, foi preciso desenvolver sobre a efetividade do PROEJA no município, tratando do seu contexto educacional, das mudanças do PROEJA juntamente com as visões do ex. Gerente de Ensino, Pedagoga e Professores da IFS campus Lagarto,  por fim as considerações finais. Como metodologia, foi adotado o método bibliográfico e documental, além do instrumento de levantamento de dados, a entrevista realizando uma análise de dados de conteúdo.

PALAVRAS-CHAVE: educação, história, IFS, PROEJA, qualificação.

1 INTRODUÇÃO

Lagarto está localizado na região centro-sul do Estado, tendo a maior população do interior, e a terceira maior do Estado de Sergipe. A população é mista, com predominância de ascendência portuguesa. Segundo o censo do IBGE em 2010, sua população é de 94.852 habitantes. Mantendo o percentual de crescimento em comparação com o resultado do Censo 2010, com a estimativa populacional do IBGE de 2009, estima-se que no ano de 2012 a população alcance 100.000 habitantes.

Conforme o censo 2010 mostra, que 48,46% da população reside na zona rural, com 45.963 habitantes; já a zona urbana tem 51,54%, com 48.889 habitantes. A população masculina é de 46.498 (49,02%), e a feminina é de 48.354 (50,98%). Possui 33.532 domicílios. Já no que se refere a taxa de analfabetismo da região verificou-se segundo o Projeto APIS Sergipe de 2005 (vide anexo) a cidade possui uma taxa aproximadamente de 40%.

A cidade mantem uma expressiva perspectiva de crescimento econômico, em virtude das atividades econômicas que são fortemente pautadas nos produtos agrícolas, com destaque no cultivo de Tabaco e plantas cítricas. Na criação têm-se os rebanhos bovinos, eqüinos, ovinos, suínos; e os galináceos. A industrialização do Tabaco movimenta a economia do município em que mais da metade de sua produção é exportada para outros estados. (wikipedia.org.br)

Destaca-se ainda neste setor as indústrias de embalagens, concessionárias de veículos, fábricas de móveis, fábricas de velas, indústrias de produtos químicos e indústrias do gênero alimentício. Há no comércio local, aproximadamente 500 lojas de artigos diversos, duas lojas do Gbarbosa, sendo um Hipermercado, e também um Supermercado do grupo Wal-Mart, tendo como bandeira o TodoDia. Há diversas revendedoras de carro de passeio e máquinas agrícolas, bem como de peças. (wikipedia.org.br)

Segundo ainda a fonte de pesquisa acima citada Lagarto dispõe ainda de 6 agências bancárias, dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banese, Bradesco e Itaú. No artesanato têm-se trabalhos em crochê, bordados em ponto-de-cruz e fabricação de vassouras de palha. Afora essas atividades, há ainda uma feira livre. É uma das maiores do Estado de Sergipe e acontece toda segunda-feira, desde a madrugada até o entardecer.

Como pode perceber há grandes empreendedores no Município, em que suas empresas geram milhares de empregos diretos e indiretos, e atua em vários setores da economia, da indústria à construção, do comércio à educação superior.

Diante dessa demanda, a Secretaria de Educação, através da equipe pedagógica, coordenou a implantação de um programa de alfabetização PROEJA, nos núcleos de distribuição de benefícios. Estabeleceu-se, assim, uma parceria para garantir o acesso do cidadão a saberes socialmente sistematizados, bem como oportunizar a socialização das vivências acumuladas por estas pessoas.

Portanto, em virtude desse desenvolvimento e da taxa de analfabetismo não se pode subsumir a cidadania à inclusão no “mercado de trabalho”, mas assumir a formação do cidadão que produz, pelo trabalho, a si e o mundo. Esse largo mundo do trabalho – não apenas das modernas tecnologias, mas de toda a construção histórica que homens e mulheres realizaram, das mais simples, cotidianas, inseridas e oriundas no/do espaço local até as mais complexas, expressas pela revolução da ciência e da tecnologia – força o mundo contemporâneo a rever a própria noção de trabalho (e de desenvolvimento) como inexoravelmente ligada à revolução industrial.

Pois, conforme consta no Documento Base de 2006 (p. 07), criada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica de Sergipe “o declínio sistemático do número de postos de trabalho obriga redimensionar a própria formação, tornando-a mais abrangente, permitindo ao sujeito, além de conhecer os processos produtivos, constituir instrumentos para inserir-se de modos diversos no mundo do trabalho, inclusive gerando emprego e renda”.

Neste sentido, a discussão acerca da identidade “trabalhador” precisa ser matizada por outros aspectos da vida, aspectos constituintes e constitutivos dos sujeitos jovens e adultos como a religiosidade, a participação social e política, familiar, nos mais diversos grupos culturais, entre outros.

Assim, com o surgimento do Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), o intuito é produzir um arcabouço reflexivo que não atrele mecanicamente educação-economia, mas que expresse uma política pública de educação profissional técnica de nível médio integrada ao ensino médio para jovens e adultos como direito e como parte da educação básica, em um projeto nacional de desenvolvimento soberano, frente aos desafios de inclusão social e da globalização econômica.

Pois, o que se viu de início da sua criação foi segundo Araújo Sobrinho (s/D) o Programa foi tratado de forma secundário por todas as estâncias governamentais, esteve vivendo à míngua, marginalizada, com recursos escassos e políticas educacionais relegados a segundo plano, exigindo assim, uma nova reconstrução.

O presente trabalho tem como objetivo analisar o processo de reconstrução histórica do PROEJA no município de Lagarto/SE. Como metodologia, que de acordo com Munhoz (1989) é o conjunto de métodos e técnicas utilizadas para a realização de uma pesquisa. E que existem duas abordagens de pesquisa, a qualitativa e a quantitativa. A primeira aborda o objeto de pesquisa sem a preocupação de medir ou qualificar os dados coletados, o que ocorre essencialmente na quantitativa. Contudo, Munhoz (1989) enfatiza que é possível abordar o problema da pesquisa utilizando as duas formas, assim, o estudo em questão utilizou-se dessas suas abordagens.

    Para Munhoz (1989) existem alguns tipos de pesquisa, sendo elas a bibliográfica, o de campo e a experimental. Nesse estudo foi usado a bibliográfica que é “aquela quando o pesquisador se utiliza de livros, revistas, documentos, periódicos, enfim, registros impressos”. E a experimental que são segundo Munhoz (1989, p. 53) “investigações de pesquisa empírica que tem como principal finalidade testar hipóteses que dizem respeito a relações de causa e efeito”.