Em um Período de várias reformas e revoluções, temos a democratização das oportunidades de educação.

Que vista como um processo mais amplo, acompanha não apenas a crescente sindicalização e a difusão de um ideário revolucionário, mas também a construção das nações, a dessacralização do mundo e a progressiva construção do que hoje se conhece como Globalização.

Já no século XVIII certa massificação do ensino era perceptível em localidades situadas em áreas tão diferentes como os cantões Suíços ou os Estados Unidos. Mas foi apartir do século XIX que a educação tornou – se compulsória e a ser integrada como dever do Estado, Secretarias e do e ministérios da educação foram criados, estabelecendo políticas para este setor, gerando e administrando sistemas que foram adquirindo sua própria dinâmica de desdobramento.

A educação se estende a todos os níveis, guardadas especificidades nacionais que determinam a velocidade do desdobramento, sistema e a relação entre eles. Se nos anos que sucederam a Segunda Guerra a preocupação centrava-se em construir escolas, ampliar o numero de vagas e em alfabetizar jovens e adultos, nos anos 90 o cerne das preocupações tem se deslocado para a funcionalidade dos conhecimentos instrumentais ou de conteúdos adquiridos nas escolas ou cursos, no sentido de poderem ser acionados com proficiência em situações concretas que exijam o seu uso.

O Brasil acompanhou, de suas peculiaridades, as diversas etapas deste processo.

A Escola Tradicional

A Escola Tradicional, implantada na década de 30, passou por grandes transformações ao longo do tempo.

Caracterizada por seus pequenos prédios sempre bem conservados e com manutenção constante, propunha por métodos tradicionais a disciplina, hábitos de higiene, pontualidade e comportamento social. A docência vista ainda como vocação, fazia das professoras formadas pelo Instituto de Educação, jovens com elevado status profissional. A elas cabia cuidar dos murais da escola, preparar os alunos para apresentações nas festas escolares, acompanhar seus alunos no recreio incentivando brincadeiras com regras e fixação dos hábitos de higiene.

Os rituais de culto a Pátria eram cultivados, os castigos eram severos e o bom comportamento era reconhecido. A hierarquia dos profissionais da escola era bem evidente e respeitada e ainda era possível contar com uma equipe de apoio.

As avaliações eram realizadas por prova oral, sabatina, além de estarem sempre presente os cadernos de caligrafia, a "arte" decorar verbos, datas comemorativas, lugares e é claro a tabuada.

A pesquisa apresentada no texto mostra que em meio a tantas transformações que a Escola Tradicional vem sofrendo ao passar dos anos, podendo ainda hoje encao passar dos anos, podendo ainda hoje enr encontrada====s transformaçoesA hierarquia dos proixaçao ontrar escolas que preservam algumas das suas características.Nessa escola, que sobrevive em uma área rural, é mantido o relacionamento cordial entre os professores e os alunos, alem de muitas outras referências da Escola Tradicional.

No entanto, é evidente que ela enfrenta muitas problemáticas decorrentes de inúmeras transformações políticas, sociais e econômicas. O corpo discente é oriundo de áreas pobres e sua situação sócio-econômica influencia diretamente no seu rendimento escolar. A redução nos gastos com o sistema educacional implica nos baixos salários, falta de funcionários e precariedade na higiene e na limpeza, características da Escola Popular de Massa.

Entre a Escola Tradicional e a Escola Popular de Massa existe a Escola de transição que sofre com as carências pedagógicas, mas conta ainda com professores dispostos a discutir novos métodos e até questionamentos à própria escola Tradicional. Ela tenta manter convicções tradicionais, no entanto já apresenta relações muito próximas à Escola de Massas.

A Escola Popular de Massa

A Escola Popular de massa (EPM), dos dias de hoje tem pouco em comum com a Escola Tradicional, as EPM inserida em bairros que se multiplicaram por três ou por quatro a sua população, ela integra um sistema escolar gigantesco, no lugar das pequenas escolas começaram a surgir escolas capazes de comportar cerca de 1000 alunos e os professores e a direção já não conseguem se fazer obedecer como antes e são complacentes e imponentes frente à dissolução da instituição.

Na EPM ocorreu uma mudança radical na clientela 80% dos alunos habitavam em áreas pauperizadas e 20% em conjuntos habitacionais as famílias possuem baixos níveis de instrução, obrigando-os a assumir as mais diversas atividades muitas delas ligadas a comercialização de alimentos e por causa desta forma de lidar com os objetos indica a precariedade dos hábitos de higiene e de limpeza, fazendo com que a escola reproduza o ambiente físico das favelas.

Na escola de hoje vemos banalização e a desvalorização de praticas tradicionais como a perda da simbolização do espaço.

Características da Escola Popular de Massa:

  • O prédio é mal conservado.
  • A escola é cercada por muros altos.
  • O cheiro de urina impregnar os corredores, esta queda nos padrões da higiene da limpeza está diretamente ligada á falta de pessoal de apoio e ao aumento dos alunos.
  • Carteiras e cadeiras estão em péssimas condições.
  • O desaparecimento de antigos e recentes personagens como coordenadores supervisores. Os personagens escolares são atirados a uma polivalência de funções.

A Transição da Escola Tradicional para a Escola Popular de Massa.

Ao pensarmos as relações existentes na Escola Tradicional é perfeitamente notável a definição dos limites, de controle e disciplina. Nesse aspecto, é valido pensar que nesse processo a competência comunicativa do professor era muito falha. Isso se pensarmos que a comunicação em sala de aula deveria proporcionar, acredito que partindo do professor, mediação para aprendizagem. Não se pensava a missão do professor como incentivador do pensamento, da fala, da reflexão. Ele era apenas o transmissor do saber.

A comunicação no processo de ensino-aprendizagem precisa ser recíproca. Mas, nessa realidade podemos pensar os alunos se sentiram à vontade para se expressar em meio às repressões mais severas em relação às transgressões as regras disciplinares.

Na escola de transição os professores recordam os bons e velhos tempos, quando a escola tinha cursos profissionalizantes, aula de teatro, sala de musica, desejosos de que a escola retomasse este projeto ou estrutura da Escola Tradicional, não percebendo que a transição não precisa ser o marco do fim da Escola Tradicional e o inicio da Escola Popular de Massa, mas que possa sim ser o que realmente a palavra Transição quer dizer uma mudança, mas que pode mesclar elementos da Escola Tradicional e da Escola Popular de Massa.

A nova clientela termina sendo apontada como o motor da transformação da escola. No entanto a escola já convive com características da escola popular de massa a droga está entorno das escolas, alunos fazem pequenos furtos, professores complementam a renda com atividades informais e alunos desafiam professores e diretores. Essa falta de disciplina acarretada pela falta de inspetores e de pessoal de apoio e a sujeira atestam a transição, mas não podemos aceitar essas características da EPM como pilares da Educação atual, como dito anteriormente transição é mudança, mas só devemos aceitá-las quando traz melhorias para a nossa educação, mas o que vemos são professores desmotivados e apáticos, que podem sim fazer alguma algo para modificar esta visão deturpada da EPM, por exemplo, através da análise de suas próprias práticas, buscando da Educação continuada eixos ou diretrizes para sua prática, uma outra forma de mudança é reconhecendo as potencialidades dos seus alunos, ao invés de rejeitá-las, impondo a sua pratica.

Aprovação, Reprodução e Repetência:

A tematização internacional da repetência

Evasão escolar é a maioria nos casos de reprovação;

Com o neo-liberalismo vários países periféricos reduzem os seus gastos inclusive com a educação ao longo das décadas de 60, 70, 80 e definitivamente na de 90;

As Dimensões do desperdício

Os dados estatísticos dos países periféricos sobre a reprovação são passados, às vezes, de maneira errônea, pois se se misturam com de evasão escolar;

Muitos de tanto repetirem não chegam ao nível superior;

Repetência nos países do norte (maturação intelectual);

A indagações à aprovação automática;

As nossas razões da reprodução e repetência

A repetição impediria o aluno de sofrer mais frustrações;

O aluno ao repetir adquiria mais maturidade para acompanhar a série e seria mais responsável;

Conclusão

Não se trata, pois, de culpabilizar o aluno como faz parte da tradição, nem culpabilizar o professor, como tem estado em moda desde os anos 80, mas entender a reprovação e a repetência como fenômeno decorrente de um conjunto de tradições que envolvem pais, professores a alunos num contexto de universalização/massificação do atendimento que não foram acompanhados dos recursos necessários para que se construísse uma escola boa. Tais fenômenos hoje são ao mesmo tempo os mesmos de sempre e completamente novos, na medida em que possuem novas causas e apresentam também novas características.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

FAZENDA, Ivani (org.). Didática e Interdisciplinaridade, São Paulo: Papirus, 2007.

REVISTA COMTEMPORANIEDADE E EDUCAÇÃO. A REALIDADE DAS ESCOLAS NAS GRANDES METRÓPOLES. Março de 1998.

SOARES, Laura Tavares Ribeiro. Ajuste Neoliberal e Desajuste na América Latina. Petrópolis.RJ, Vozes,2001.

TEBEROSKY, A. & FERREIRO, E. Psicogênise da Língua Escrita. Trad. Diana Myrian Lichtentein, Liana di Marco e Mário Corso. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

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