A CONFIANÇA

Baseada em um código de normas e condutas a confiança adere a muitas características sociais,seja em qualquer campo que houver a necessidade de sua presença, e não são poucos,sendo assim há sempre a existência da confiança como um sintonizador de idéias e ideais.
Baseiam-se na confiança os cargos de governo sobre as pessoas, já que são estas que atribuem sob forma de voto ou de qualquer outra forma de escolha, seus governantes, democraticamente falando.
Sociedades são basicamente firmadas em confiança, assim como; casamentos, alianças de guerra e paz, amizades, e outras esferas que existam duas ou mais pessoas, tudo gira em torno da confiança primariamente.Mesmo quando uma das partes sabe que poderá não estar tendo à mesma lucratividade que a outra.
Esta troca de interesses geralmente firmada em alianças, sociedades ou simplesmente investidura de responsabilidades pode muito bem ser direcionada pela razão na maioria das vezes, mesmo que o que a principio foi tido como racional possa posteriormente ser visto como algo descabido. Ou quando há a traição de uma das partes e todo o negocio venha ser deplorativo para a outra parte.
Todavia a confiança tem por si própria a responsabilidade de trazer-nos a tranqüilidade de podermos tomar nossas atitudes e assim formar o que chamamos de sociedade, sim, pois a vivência em sociedade só se é possível quando temos a disponibilidade pessoal de abrir mão de medos e incredulidades e atribuir a outros concidadãos confiabilidade que também é configurada a nós por outros. Faz se assim então, pequenas parcelas de confiança, que posteriormente materializa-se em coisas maiores avolumando no que tange a toda sociedade.
São construções psico-ativas que surgem em meio às necessidades humanas e sociais e nelas se creditam todos os segmentos de nossas vidas, simplesmente movidas pela razão e algumas vezes também pelas emoções, já ai saindo plenamente do âmbito racional ou caso aja alguma variante que não condiz com o esperado facilita a descarga de culpa para este sentimento.
Nestas construções sociais e pessoais a confiança exerce papel decisivo já que é a partir dela que são firmadas todas as nossas convicções de vida e sempre avistando uma melhor forma de se viver, sendo assim não a espaço para direcionar atitudes sem prezar pela razão em primeiro lugar.
E é ai, quando a razão atinge a mesma tonalidade em todos os que estão sob a mesma efígie organizacional, a razão neste ponto atinge os mesmos interesses em comum de todos envolvidos, tomando assim uma característica macro já que esta inserida a toda sociedade, perdendo-se ai a imagem pessoalíssima em virtude de seu papel congregacional.
Aqui se realça o papel da razão como uma bússola dos andamentos sociais e a sua função de equilíbrio para manutenção dos interesses de uma grei.
Estabelecidos acordos e firmadas as leis caminha-se para o futuro, quando esta tudo certo com o que foi estipulado,pouco se perde com o que foi pré-estabelecido caminha-se, ouve-se poucos murmúrios com relação as leis, talvez não agrade a todos. Mas com o tempo as coisas mudam, cresce a população, murmúrios começam a ter uma conotação mais grave, aquelas leis já não absorvem e resolvem os novos problemas. Pra ser mais exato algumas leis já não têm mais "razão" para existir.
Então a razão deixou de ser razão, por ordem sociológica ou por força de novos comportamentos que eram muitas vezes inadmissíveis para outrora.

Nota-se que o tempo é mais forte que os preceitos humanos sobre o que é certo e o que é errado.
O tempo torna-se absoluto ate sobre o que é a razão.