O preço da liberdade

*Cristiane Wrobel Felini

A mulher há um tempo atrás, era subjetiva. Isto é, ela sabia que seu lugar era exclusivamente em casa, zelando somente pelo marido e pelos muitos filhos que, geralmente tinha.

Apesar do machismo implícito na oração acima, não podemos deixar de afirmar que a mulher do passado era singular, que exercia somente seu papel de mulher.

Hoje, a mulher dita moderna, deixou pra trás sua subjetividade e adotou ao seu gênero-feminino- vários outros adjetivos. A mulher de hoje é mulher-mãe, mulher-esposa, mulher-dona-de-casa, mulher-pai e, não obstante, mulher-homem.

E isso fez com que o homem também mudasse, pois já não procura mais a mulher subjetiva, ela tem que saber trocar um cano estourado, mas não pode quebrar a unha e nem estragar o penteado que acabara de fazer no salão.

Essa mulher faz aumentar as vendas de revistas sobre como ser mais mulher, como satisfazer o marido e como educar seus filhos, livros de auto-ajuda sobre como encontrar a felicidade, segredos de um casamento perfeito e manual do mecânico, curso rápido de encanador e guia prático de eletricista.

A psicanálise da mulher moderna, segundo Freud, mostra que o casamento deixou de ser sua única perspectiva. Essa mulher está focada na sua vida profissional e para ela, não há problema algum em ser mãe solteira por opção.

Contudo, a mulher está se preocupando tanto com a igualdade dos sexos, que está esquecendo do seu próprio sexo. Está esquecendo de ser feliz. Está esquecendo o puro e simples princípio do prazer.

* Psicopedagoga Clínica e Institucional pelo Centro Universitário Cândido Rondon – Cuiabá-MT- Brasil