Nos dias de hoje, muito se fala em “inclusão” quando o assunto é educação. E, um dos meio incontestáveis para que haja a inclusão do indivíduo dentro da sociedade, é através da leitura e da escrita, tendo a escola à responsabilidade de sistematizar tais saberes, não sendo tarefa única do professor de língua portuguesa, mas também de outras disciplinas do ensino fundamental, para que realmente haja um a aquisição significativa da linguagem, possibilitando a inserção do aluno no mundo letrado.      Segundo as orientações apresentadas pelos PCN, todo professor, independente da sua área de formação, deve ter o texto como instrumento de trabalho. Este, por sua vez, deveria ocupar lugar de destaque no cotidiano escolar, pois, através do trabalho orientado para leitura, o aluno deveria conseguir apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vista, argumentar, etc. Dessa forma, o aluno poderá caminhar adiante na conquista de sua autonomia no processo de aprendizagem.      A criação de textos e ilustrações pelos alunos representa uma motivação para o mesmo, além de desenvolver a escrita, a coordenação motora e estabelecer uma ligação entre disciplinas como por exemplo, geografia, português e artes. Podendo ser trabalhada de diversas maneiras, variando de acordo com o conteúdo proposto e disponibilidade de materiais.      Segundo os Parâmetros Currilares Nacional (1997, p.30), “Cabe a escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los. Isso inclui os textos das diferentes disciplinas, com os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar e, mesmo assim, não consegue manejar, pois não há um trabalho planejado com essa finalidade”.      À exemplo disso, temos na escola Pedro Alberto Tayano, a Professora Marcela Viviany Fujihara, pedagoga, que leciona para o 4º ano do ensino fundamental, trabalha com seus alunos a importância da produção textual. Nas aulas que ela dedica a temas transversais, como: Ética, Meio ambiente, Saúde, Pluralidade cultural e Orientação sexual, a professora lançou o desafio à sala, de produzir uma carta conforme instruções das aulas de português de “como produzir uma carta”, para que fizessem um texto, com o mínimo de quinze linhas, onde deveriam constar o projeto anterior da professora, que através do incentivo de estrelas, ela os premia à determinadas atitudes na realização das atividade, realizada pelos alunos, sobre o combate ao bullying, boas maneiras em sala e com os amigos; com o prazo de um dia para a produção. Dos vinte e quatro alunos da professora, apenas dez fizeram a atividade dentro do prazo, alguns dentro de sala, outros entregaram atrasado. Na avaliação, a professora percebeu a grande dificuldade que as crianças tem na compreensão das propostas, quando o assunto é produzir, exige criatividade e criticidade, o que nem sempre encontramos nos alunos por falta do hábito da leitura. Porém, nem tudo esta perdido, a professora encontrou em meio aos dez textos entregues, uma produção muito coerente, apesar dos significativos erros ortográficos, Carlos Alexandre, foi autor da carta, mais interessante, ressaltando todos os pontos solicitados no trabalho, não somente no desenvolvimento do texto mas também na estética e regras de produção. Ao ser lida sua carta em meios tantos elogios, o pequeno autor se emocionou, destacando seu esforço durante toda a tarde que utilizou para produção textual, que ganhou lugar especial na parede da sala de aula.
     Em segundo momento da aula, percebeu-se que isso serviu se incentivo para outros alunos, que procuraram se empenhar na realização das atividades posteriores. Mas, a professora não se deu por satisfeita e lançou novo desafio para nova produção textual, estipulando prazo mais longo e distintos pontos a serem abordados no desenvolvimento, na intenção de alcançar 100% dos alunos. Outras práticas abordadas pela professora envolvendo interpretação, leitura e produção são: trabalho de confecção de histórias em quadrinhos; criação de narrativas acerca de um determinado tema; construção de poemas, notícias, anúncios, manchetes de jornais; Interpretação de imagens com objetivo de contextualizá-las através de textos e produção de livro, inserindo figuras, notícias, dados estatísticos e ponto de vista do aluno, também tem sido algo desafiador não somente a professora mas principalmente aos alunos, que têm tido progressos a cada dia.