A palavra república vem do latim res publica res = coisa; publica = de todos ), significando portanto que em um sistema republicano, a "coisa pública" (terras, riquezas e direção da nação) são bens comuns, acessíveis a todos, e não mais definidos por origem divina ou familiar.

Em 15 de novembro de 1889 aconteceu a proclamação da República no Brasil, pondo fim a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e ao reinado de Dom Pedro II. 

A proclamação da República foi um golpe de Estado realizado por um grupo de militares do Exército Brasileiro, comandados pelo marechal Deodoro da Fonseca e apoiados por um pequeno grupo de políticos e intelectuais civis, que aconteceu no Rio de Janeiro, então capital do império. 

Neste mesmo dia foi instituído um "Governo Provisório" republicano do qual faziam parte o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do governo, o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente, tendo como ministros Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk.

O regime monárquico existiu no Brasil entre 1822 a 1889, tendo dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II. Entre as causas para o fim da monarquia e proclamação da República, se destacam:

• Crise e desgaste do sistema monárquico, incapaz de atender aos interesses das elites agrárias, principalmente após a abolição da escravidão;

• A Monarquia, apesar de sucessivas reformas que flexibilizavam a administração, era incapaz de corresponder aos crescentes anseios de mudanças sociais da classe média e profissionais liberais da população urbana, por mais liberdade econômica e representação política;

• Interferência de D. Pedro II nas questões religiosas, provocando atritos com a Igreja Católica;

• Críticas ao regime monárquico por parte dos militares, descontentes com a corrupção existente no governo (e da qual eles não se beneficiavam).

No dia 21 de abril de 1993 ocorreu um plebiscito onde a opção "República" obteve 86% dos votos válidos, conferindo, finalmente após 104 anos, legitimidade popular ao regime republicano brasileiro. No mesmo plebiscito, o sistema presidencialista de governo foi legitimado pelo voto popular.

Não bastando a demora que favoreceu o modelo republicano, tendo em vista que devido à demora da escolha, gerações haviam já nascido neste tipo de governo, impossibilitando uma comparação imparcial, realizaram a votação no feriado do Dia de Tiradentes, data de apelo emocional na luta dos brasileiros contra a monarquia portuguesa. As manobras políticas e ideológicas, de forma direta e subliminar, continuam a favorecer a República no Brasil.