Alberto Silva


INTRODUÇÃO


Este estudo surgiu do compromisso e do interesse em discutir sobre a temática relacionada ao cotidiano da escola, no que diz respeito ao comportamento dos estudantes, mais especificamente a falta de limites, aonde muitas crianças chegam à escola sem qualquer respeito às regras do convívio social. Muitas das vezes é o professor ou a professora que assume a responsabilidade de mostrar para a criança que existe uma norma de convivência entre as pessoas e nem tudo ou todos estão à disposição de uma só pessoa ou ela pode "fazer o que quiser".
Em nossas observações no estágio supervisionado, esta problemática foi a que nos motivou a refletir e a contribuir para o debate sobre esse assunto. Desde o primeiro momento, na escola observada por nosso grupo de estudo, tal assunto se tornou evidente e daí a procurarmos relacionar os aspectos da socialização-interação do conhecimento nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Núñez explica:
O processo de assimilação pelo aluno é um tipo de atividade de apropriação e não de reações especificas que condicionam condutas do aluno, como explicam as teorias condutivas e neocondutista.(NÚÑEZ apud. TALIZINA p.70 2009).
A aprendizagem só acontece quando há interação entre professor(a) e aluno isto vem acontecer no momento após a integração do composto em sala de aula para poder acontecer a socialização. Observamos no estágio a falta de educação doméstica e a visível desorientação do aluno em relação ao professor, a violência em cada gesto, o tom de ameaça na voz da criança deixando explícito o meio que frequenta, e o total desrespeito ao professor(a). Comuns as agressões verbais ocorridas entre os alunos e não raro dirigindo-se ao professor(a) em tom de deboche, para isso basta o professor cobrar o exercício levado para casa ou convidá-los a participar da aula. *****
[...]a atividade mental é exclusivamente humana e é resultante da aprendizagem social, da interiorização da cultura e das relações sociais;[...] o desenvolvimento mental é, em sua essência, um processo sociogenético;[...] a atividade cerebral superior não é simplesmente uma atividade nervosa ou neuronal superior, mas uma atividade que interiorizou significados sociais derivados das atividades culturais e mediada por signos (Vygotsky Apud LUCCI).

A falta de autoridade dos pais provoca a falta de limites, as ações e reações incompatíveis com a escola. A violência trazida das ruas chegam à sala de aula por que desde pequenos aprendem a bater e não há quem lhes diga quando parar.
Dos signos falados por Vygotsky seja essa liberalidade em moda, que provoque maior dano na formação destes indivíduos, o estimulo resposta dos primeiros anos, que deveriam ser dados dentro da sala de aula do ensino infantil, com trabalho de coordenação motora e lateralidades. Ficou a mercê das brincadeiras de rua e de uma liberdade sem controle.

Nosso objetivo nesse trabalho é mostrar as dificuldades do professor(a) em socializar o conhecimento ante a falta limites dos alunos. O processo de integração que precede todo o ritual de aproximação e a socialização do aluno na busca do ensino aprendizagem.
Observamos esta construção por quatro períodos em dois momentos distintos na escola privada e na pública, na primeira, as regras bem definidas e presença da família, mesmo que, não no grau desejado dado o contexto social que vivemos com nosso cotidiano atarefado pela imposição do mercado de trabalho. No segundo caso as regras não são tão definidas e por isso percebemos o extra-classe muito mais influente nas relações professor aluno e principalmente na relação aluno professor. E nesse processo a forma errônea como é trabalhada na própria escola os direitos sem deveres, o desrespeito do aluno para com o professor incida bem mais alarmante, e o ensinar a aprender muito mais deficiente. Buscaremos mostrar essa relação de socialização e interação do conhecimento frente a falta de limites dos alunos e as dificuldades dos professores para controlar a sala de aula mediante tantos direitos sem deveres, influência externa é forte nos dois casos, mas as regras são diferentes no chamamento da família ao processo de construção do aluno.

1 A relação professor (a) aluno na escola particular investigada:

A forma de tratamento da palavra educador no campo de estágio do primeiro caso tem a visão holística da escola. Todos os servidores são educadores nesse contexto os alunos respeitam os servidores e a reciproca é verdadeira. Pais e escola caminham juntos. Há casos de pais relapsos sim, mas a quantidade é bem menor em relação a escola pública.
A qualidade do ensino se dá como uma mercadoria cara e a cobrança de resultados é rígida e constante, a autoridade do professor e do corpo de educadores da Escola é inquestionável, os pais têm acesso na cantina da escola e dizem o que os filhos podem o não podem comer. A cantina obedece a regras acolhendo as determinações dos pais. Servindo alimentação de qualidade e saudável. Essa interação entre pais e escola facilita na interação aluno professor e professor aluno decorre num clima ameno onde todos buscam a educação da criança, sua socialização e interação nos vários aspectos do conhecimento.***
Na sala de aula o professor (a) trabalha o alfabeto em LIBRAS com as crianças sem que haja se quer um surdo na escola e nesse brincar vai quebrando barreiras e abrindo a escola para inclusão das N E E, a saber, Necessidade Educativas Especiais. Essa relação é possível por haver todo um trabalho de apoio que vem colaborar com o trabalho em sala de aula. A cumplicidade entre professores e alunos facilita a socialização do conhecimento por haver interação entre o corpo docente e o discente. Nesse contexto todos na escola são educadores e mantem a mesma postura dos professores em relação aos alunos. Nunca erguem a voz e mantem a contagem de calma e nunca chega a dez.
A necessidade da relação entre educação e conhecimento se coloca, pois,sobretudo do ponto de vista da educação, que corre atrás do prejuízo. Primeiro, é mister que a educação não se reduza a conhecimento. Segundo, é mister manter a hierarquia ética, resguardando o lugar de cada termo.(DEMO. p.19- 2002).
A família não pode ser deixada a margem do processo de construção destes valores que devem que ser trabalhados em conjunto com a escola para que a hierarquia seja integrada na formação do indivíduo.
A presença da supervisão é efetiva na sala de aula e o professor não se nega a recorrer ao apoio pedagógico. Os recursos de áudio e vídeo trabalham sempre a colaboração, a obediência e o respeito e a necessidade de aprender. O professor (a) reflete na sala de aula os problemas do dia a dia provocando a criança a fazer a reflexão do aprendizado. Sobre a formação do aluno Ellen G. White afirma: "A formação do caráter é a obra mais importante que já foi confiada a seres humanos; e nunca dantes foi tão diligente seu estudo como hoje. Jamais qualquer geração prévia teve de enfrentar transes tão momentosos; nunca dantes moços e moças foram defrontados por perigos tão grandes como hoje".(WHITE P.225 2001)
Essa visão de formação do aluno é que permite a escola adventista ter o retorno esperado pela metodologia de Ellen G. White na prática da sala de aula e na interação provocadora e socializadora do conhecimento orientado pela pedagogia adventista, que vê como educador todos que contribuem para a formação da criança no dia a dia da escola.

2 A relação entre professor e o aluno na escola pública:

Diferente do que ocorre no primeiro caso a criança aluna da escola pública, vem na sua maioria de um realidade dura e não raro são pequenos adultos pelos conflitos a que são expostos no seu dia a dia. Filhos de pais nem sempre tão próximos ou presentes. O atrativo da merenda escolar é; e continuará sendo por muito tempo a garantia de frequência escolar e o ponto de integração dos alunos. A autoridade do professor está definitivamente na máxima: " Faz a tarefa, senão vai ficar sem merendar, hoje". Essa é em muitos casos a certeza da tarefa pronta no dia seguinte. O professor (a) provocador (a) e reflexivo está tolido pelos conflitos vários que vão dificultar esse aprendizado pela falta de profissionais de apoio e pela variedade de propostas educacionais sem a observância suas aplicabilidades, que se tornam mais uma das várias experiências.
Os alunos não criam os conceitos, as imagens, os valores e as normas da moral social, mas a assimilam no processo da atividade de aprendizagem. Como foi anteriormente dito, essa assimilação pode ser reprodutiva, produtiva e criativa.(NÚÑEZ P. 70 2009).
A liberdade de como fazer finda por reduzir em muito o aproveitamento do aluno deseja aprender. Como socializar e inteirar o conhecimento com salas repletas de alunos com atrações várias nas ruas. Os direitos sem deveres e o professor desmotivado ajudam o enfraquecimento dessa relação tão importante de ensinar a aprender. A falta de limites das crianças faz com que o desrespeito pelo professor (a) se torne um dos pontos cruciais. Como ensinar alguém que não quer aprender, pois o mesmo só vai para a escola somente para garantir o benefício das bolsa sociais. (SHIROMA,MORAES e EVANGELÌSTA P.100 2007) observam que [?] A escola que na origem grega designava "o lugar do ócio" é transformada num grande negócio". Inaugura-se um promissor micho de mercado.[...] a expansão dos capitalistas do ensino. O sucateamento da escola pública é a garantia de uma nova escola particular.
O público-alvo é que determina a prática, o compromisso, as responsabilidade. O desestímulo pelos vários motivos, que vão do salário a falta de recursos pedagógicos, o olhar diferente para a criança da escola pública em relação a escola particular. Na escola particular essa criança é cliente todos olham assim a socialização e interação acontece por que assim é determinado a criança cliente tem que ler e entender o que leu aos oito anos, essa criança teve uma base pré-escolar onde foi trabalhada as lateralidades a coordenação motora, todo um conjunto de ações que vão ajudá-lo no desenvolvimento dos primeiros anos, ou seja essa criança foi socializada integrada e inteirada no ensino infantil seu rendimento nos anos iniciais serão bem melhores, que o rendimento daquela criança que vai a escola para não perder o bolsa família, e que vê a professora não como uma amiga, mas como alguém, que está ali para fazer cobranças.
O sistema criou prêmios e abonos para melhorar o ganho do professor (a), e isso não visa a qualidade de ensino. A criança é o produto e os índices de aprovação as metas. Nesse contexto aprovar criança analfabeta é comum, afinal toda escola gostaria de receber salários extras. Os professores compromissados são olhados com desrespeito até pelos colegas.
Diante dos pressupostos teóricos expostos, reafirma-se a importância da afetividade na só na relação professor-aluno, mas também como estratégia pedagógica. Um professor que é afetivo com seus alunos estabelece uma relação de segurança evita bloqueios afetivos e cognitivos, favorece o trabalho socializado e ajuda o aluno a superar erros e a aprender com eles. Ademais, na perspectiva sócio interacionista, a criança aprende com os membros mais experientes de sua cultura. Assim sendo, se o professor for afetivo com seus alunos, a criança aprenderá a sê-lo.(SILVA E SCHNEIDER 2007 P.83)
Quando cobra o aluno em sala de aula recebe uma resposta não educada por parte do aluno (a). Como socializar conhecimento se o sujeito da ação não tem interesse em aprender como fazer interação se as crianças não se integram entre si.
A fragmentação da cidadania em grupos para variar veio fazer da escola um campo de batalha onde o professor ao trabalhar pode cometer crimes inafiançáveis, tais como constrangimentos, homofobia, racismo. Basta tão somente tentar impor na sala de aula a sua autoridade, já que os pais não educam seus filhos. A socialização do conhecimento é via de mão dupla, a construção do saber tem como fator sine quo non a interação e a socialização afetiva, ou seja o respeito para que possa haver a confiança necessária ao aprendizado e ao ensinamento.
A criança não consegue ler no quarto ano das series iniciais, mas sabe cobrar direitos. Isso seus pais ensinaram, mas os deveres estes a vida vai cobrá-los. Gadotti, refletindo sobre as experiências nicaraguenses de alfabetização esclarece-nos sobre a necessidade socializadora da alfabetização. [?] Impulsionar e levar à frente uma alfabetização popular requer, como condição, uma autêntica confiança no povo como protagonista ativo e sujeito de suas próprias transformações históricas.(GADOTTI P. 219 2008).
Como pode um povo construir sua história com rupturas onde as diferenças não somam para a igualdade, onde o ser cidadão está legalmente separado em direitos específicos, que não deixam claros os deveres. O educador no ensino público não inclui o apoio. A socialização desta ideias na prática ainda é o professor (a) o educador. Como vamos alfabetizar se o aluno (a) vítima desta política de excessos sem deveres claros e sem consequências nos seus atos, que não atingem nem a si nem a seus pais, que empurram para o professor seus deveres e sequer colaboram na formação deste indivíduo, pois, se a maioria quando chamados pela escola para colaborar se quer aparece para dizer o motivo pelo qual não vai poder fazer sua parte.
A desvalorização do professor (a) nos seus vários aspectos desestimula o exemplo e na sala de aula essa posição negativa finda por tirar a força do professor hoje ameaçado e não raro com a anuência de pais, que além de não ajudar na formação dos filhos ainda orientam-lhes os direitos e os deveres esquecem. A escola pública em alguns casos tornou-se depósito de crianças sem apoio da família; como vai o professor socializar conhecimento sem apoio pedagógico.
[?] todas as práticas sociais exercidas, quer pelos diversos meios de comunicação, quer por diversas instituições culturais, políticas, sociais ou por diferentes agrupamentos, [?] se não forem pedagogizadas permanecem na esfera de serem influências educacionais, muitas vezes poderosas influências, deixando de estarem contribuindo para uma formação ética e emancipatória dos sujeitos.(FRANCO p. 80 2008).
A deficiência na afetividade para promover a interação e socialização do conhecimento entre alunos e professores ocorre nos dois níveis de escola, na pública é mais gritante por falta de apoio do estado na locação de professores, o trabalho específico e do supervisor escolar. O pedagogo na escola pública tem pouco ou quase nada de tempo para dedicar-se a essa tarefa, pois acumula maior números de funções possíveis, e tenta resolver os mais diversos conflitos interpessoais.
A sociedade se reflete na escola, que reflete a sociedade que se constrói, ou que se está destruindo a cada nova tentativa de acerto. Há que se trabalhar respeito tanto com o aluno, que entra na sala de aula armado para o conflito com o professor; assim como devemos desarmar o professor, que coagido pelas legislações faraônicas, caça palavras e coage seu próprio pensamento para não ser tomado por esse ou aquele aluno como homofóbico, racista, ou politicamente incorreto.
O aluno não interessado em aprender perturba a sala e compromete o aprendizado dos demais e o professor não pode pedir que se retire, pois este ser em construção só tem direitos. Seus deveres não são cobrados nem pelos pais que pouco se importam, pois normalmente são estes os que não aparecem nem para reuniões e quando chamados não têm tempo para comparecer na escola.
Segunda a teoria da da atividade de Leontiev (1985) apud. Núnez:
[...]na análise estrutural da aprendizagem como tipo de atividade , faz- necessário delimitar [...] o papel do aluno no processo de aprendizagem, sua esfera de motivos, interesses, necessidades, nível de desenvolvimento de sua estratégia de aprendizagem e sua habilidade para estudar.(NÚÑEZ p.71 2009)
Como socializar conhecimento se quando a criança que tem o direito de se encontrar sexualmente não tem o dever de estudar, nem a obrigação de responder por seus atos por que é incapaz. Quando agride o professor é vítima, quando o professor é duro para formar o caráter, é vítima. Estamos construindo uma sociedade sem responsabilidade social, pois o cidadão que seria construído na escola é hoje construído pela internet, pela televisão e nessa mídia o professor é sempre desrespeitado, desvalorizado por comentários nem sempre com bases verdadeiras. Bater em professor virou moda basta o aluno (a) não gostar da nota de uma avaliação.
Como não pode reter o aluno, como pode construir sem avaliar o positivo e o negativo do aluno. Como lidar com as diferenças e seus reflexos na sala de aula se não houve um preparo para esse professor como socializar estas diferenças se hoje os grupos se estabelecem ainda cedo sem noção de respeito pelo outro. Vamos continuar atirando nossas pérolas aos porcos. Ou reagiremos com decisão para salvar nossas crianças ou o número de analfabetos funcionais só aumentará. No campo de estágio crianças do quarto ano sem conseguir ler uma palavra se quer, que tornaram-se grandes copiadores e um grande problema para o professor, com uma sala de quarenta alunos tem que dar o conteúdo e alfabetizar. Como chegaram tão longe?
Esses gargalos denunciam que o descompromisso dos municípios brasileiros com a implantação da educação infantil é grande colaborador deste quadro. Socializar e inteirar conhecimento com crianças já alfabetizadas é meio caminho para uma aprendizagem reflexiva. Agora refletir texto com crianças que não aprenderam a ler é no mínimo querer que o professor (a) seja um mago, contudo este professor não pode simplesmente deixar este aluno para trás há de pedir ajuda negociar horários a fim de despertar no aluno o desejo de ler. Uma criança analfabeta no quarto ano é problema de toda escola. Três fatores básicos despertam na criança o desejo de aprender, a saber, o exemplo, a afetividade e duro trabalho de sala de aula que deve trabalhar incansável o ler e escrever, não importa a disciplina muito menos a atividade, ler e escrever são o objetivo. Dos anos iniciais.
O exemplo que deveria vir de casa não acontece, o que sobra para escola, o exemplo do professor esse edificador de pensamentos, que deve ler pelo menos duas linhas e fluir sobre o assunto lido provocando o aluno. Munido da afetividade buscar integrar os alunos ao momento vivido na sala de aula, e isso o levará à autoridade onde poderá interagir com todos os aluno e socializar o conhecimento adquirido provocando e no chamamento via interação permitir que o aluno socialize suas experiências valorizando cada colaboração, feito o pacto de confiança pelo respeito ocorrerá a imitação do exemplo. Marcos Bagno é feliz ao afirmar que leitura para ser feita em sala de aula, bom momento para a avaliação, sempre inteirando e socializando os saberes, provocando correlacionando refletindo motivando a participação.
Lá fora estão os mais diversos chamarizes as opções, que vão do álcool ao crack e não raro invadem a escola e uma vez invadida a luta se multiplica, pois não há socialização ou interação com o dependente químico. Se não estamos preparados para a inclusão das NEE`s, como vamos lidar com esse monstro silencioso que nos rouba alunos e devolve pequenos adultos.
A falta de limites dos pais na reparação dos erros dos filhos, o mercado de trabalho que exige dedicação, as responsabilidades do dia a dia. Uma legislação surrealista que fez da criança um objeto de decoração sem preocupar-se com o futuro, pois qual o futuro que o estado oferece? Quantas escolas de ensino infantil foram construídas para ensinar a criança a viés da socialização e da interação, estes passos da alto estima, do respeito e da cidadania o estado não cumpriu. Mas casa de abrigo correcional estes foram construídos para bem dos que enricam com o sofrimento e com a miséria de tantos. A autoridade dos pais e mestres foram violadas e tudo virou motivo de perseguição. O professor já não pode corrigir o aluno, pois, incidirá em crime podendo ser enquadrado como constrangedor da criança, que é a mesma criança, que o pai não corrige, pois o vizinho pode ir ao conselho tutelar e o pai pode ser preso.
[?] a educação e o ensino do homem em um sentido amplo, não é outra coisa senão que a "apropriação", e a "reprodução" por ele das capacidades dadas histórica e socialmente. [?} educação e o ensino (apropriação da cultura) são as formas universais do desenvolvimento psíquico do homem. (NÚNEZ p.72 - 2009).
Não há formula para educar, pois cada indivíduo vai exigir uma ação individual, hão se perdido várias boiadas por falta de um grito. Há se deixado de construir grandes homens por falta de políticas públicas sérias, de políticos sérios. Quem é o culpado?
O professor (a) !!!
Até quando?
A boa socialização ocorre com crianças que frequentaram as escola de educação infantil. Foram trabalhadas na interação todos os dias levadas a socializarem todos nos dias entre zero e cinco anos, e aos seis quando chegam nas séries iniciais alguns professores esquecem que ainda são crianças; e perdem a oportunidade de explorar a socialização trabalhada no ensino infantil, dando assim oportunidade para os que não tiveram esta sorte serem incluídos e sentirem-se iguais.
Não existe educação sem socialização e interação de afetividade e conhecimentos e nada acontece sem a integração. Vamos recorrer a ( Mary Sue. p.145 2005) [?] Entendemos que um dos principais objetivos da educação infantil é "predispor" a criança para o ingresso na educação fundamental. [...]educar é dar a chance da criança a prender a ser (através de situações de transformar-se, participar, criar e interagir com o meio ambiente). É esse trabalho de interação e socialização que falta nas crianças que não conseguem acompanhar o desenvolvimento por falta de entrosamento com a turma, por não ter sido trabalhado lá no ensino infantil, vai sentir dificuldades de de aprendizagem e vai reagir de formas várias variando de individuo para indivíduo.
Dos meninos indisciplinados, que não conseguem ler no quarto ano e que por sua vez são os mesmo que não deixam a professora trabalhar direito, que literalmente perturbam a aula, não foram trabalhados no ensino infantil. Daí a perceber o importante trabalho de socialização e interação feito pela educação infantil. A afetividade neste momento trabalhada facilita o trabalho de interação e socialização quando a criança é integrada no primeiro ano do ensino fundamental.


Referências:


DEMO,Pedro.-EDUCAÇÃO E CONHECIMENTO:- relação necessário, insuficiente e controversa.3 ed. -Petrópolis, RJ.VOZES-2002.

GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas- Ed. Ática-SP 2008

LUCCI,Marcos Antônio. A PROPOSTA DE VYGOTSKY: A PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA- Profesorado. Revista de curriculum y formación del profesorado, 10, 2 (2006)

NÚÑEZ, Isauro Beltrán.-Vygotsky, Leontiev, Gaperin.-Formação de Conceitos e princípios Didáticos.ed. Liber Livro. Brasília.2009.

PEREIRA, Mary Sue. -A DESCOBERTA DA CRIANÇA- 2 ed. WAK EDITORA-RJ 2005.

SILVA,Jamile Beatriz Carneiro e. Schneider, Ernani José.-ASPECTOS SOCIOAFETIVOS DO PROCESSO
DE ENSINO E APRENDIZAGEM-ICPG 2007.

SHIROMA, Eneida Oto. MORAES, Maria Célia Marcondes. EVANGELISTA, Olinda. Políticas Educacionais. ed.

WHITE,Ellen G.- Educação. Ed. CASA PUBLICADORA. WAK EDITORA-RJ 2005.