Este artigo, tendo como pano de fundo as práticas pedagógicas utilizadas em sala de aula, tem por objetivo discutir quais os fatores que estabelecem, de alguma forma, os limites e as possibilidades da aprendizagem da Língua Inglesa oferecida aos jovens e adultos que freqüentam o Ensino Médio Regular Noturno, em duas escolas da rede pública do Município de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Para a realização desse trabalho, adotou-se o caminho da pesquisa qualitativa, através de entrevistas semi-estruturadas e de observação participante; tendo em vista que um dos condicionantes que interfere na apropriação desse conhecimento está relacionado à formação específica desse profissional (Fávero, Rummert e De Vargas: 1999; Giovanetti: 2005) no que tange a distinção dos vários processos de produção e sistematização do conhecimento que contemple as especificidades do campo da EJA - a formação e a participação do professor de Inglês foram percebidas como imprescindíveis na viabilização das mudanças de concepções, condutas e práticas que influenciam diretamente nas crenças sobre o aprendizado da Língua Inglesa nesse espaço. Percebeu-se nas práticas educacionais utilizadas nas aulas de Língua Inglesa a manutenção de determinados pré-conceitos e descréditos que permeiam o aprendizado da língua estrangeira nas escolas. Tais crenças interferem na construção da identidade social dos sujeitos envolvidos neste processo e favorecem um quadro de desmotivação que influencia os atores componentes do cenário da sala de aula. Compreender a construção da linguagem pelas interações sociais (Vygotsky: 1999) e reconhecer a sala de aula de língua estrangeira como um importante espaço de estabelecimento de trocas culturais (Moita Lopes: 2003, Byram:1989) permitiu-nos detectar o compromisso e/ou o descompromisso da escola e do professor para com o educando no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa. Reconhece-se na educação dialógica uma possibilidade de superação dos preconceitos (Freire: 1992,2002), por permitir a utilização de estratégias específicas que considerem a diversidade cultural na busca da construção dos saberes (De Vargas: 2003). A pesquisa evidenciou, na percepção dos alunos, a importância da língua estrangeira como instrumento de trabalho, especialmente nessa cidade onde o turismo, tanto patrimonial como o ecológico, permite o desenvolvimento intelectual e científico e o aproveitamento profissional.