1  INTRODUÇÃO

 

O atletismo é uma modalidade de muita importância para as crianças do ensino fundamental, pois se trabalha muito a criança em seus vários aspectos, como o cognitivo, o afetivo e o desenvolvimento motor, melhorando também seus gestos motores básicos como, correr, pular, saltar, lançar, arremessar e caminhar.

Segundo Oliveira: “É de grande valia pedagógica a iniciação do atletismo desde os primeiros anos escolares, pois é uma modalidade muito acessível à iniciação esportiva e irá contribuir na construção da cultura esportiva do aluno”. (            OLIVEIRA, 2006, apud NOLL, 2012) 

De acordo com o autor acima, o atletismo é uma modalidade esportiva base e é importante que seja praticado nas escolas nos primeiros anos escolares para que se desenvolva os gestos motores básicos da criança, porque esses gestos motores básicos estão presentes em todas as modalidades esportivas, podendo a criança se iniciar em outras modalidades esportivas e a construir a cultura esportiva do aluno.

Betti afirma que apesar do esporte ser o meio mais utilizado na difusão do movimento corporal nas escolas, todavia, algumas modalidades esportivas são casualmente utilizadas, e neste caso, as coletivas, como o voleibol, futebol, basquetebol, handebol, entre outras. Contudo, as individuais,  são praticadas quase que raramente nas escolas, como por exemplo, o atletismo. (1999, p. 17)

De acordo com o autor acima, as modalidades coletivas são as mais praticadas nas escolas, deixando de lado a prática do atletismo, pois sendo uma modalidade individualista e com tão pouca ludicidade, o atletismo acaba sendo pouco praticado nas aulas de educação física e deixando tanto os discentes como docentes desmotivados.

Contudo, percebe-se que não está somente na falta de ludicidade ou por ser uma modalidade individualista, há também vários problemas como a falta de espaço físico e a falta de materiais para que o atletismo possa ser trabalhado com mais frequência.

O desenvolvimento desse trabalho foi para que o atletismo pudesse ter uma significância maior nas aulas de educação física escolar, pois é  um esporte muito pouco difundido no âmbito escolar e tão pouco interessante para os alunos.

Por ser um esporte que visa muito o rendimento, acaba deixando de lado a parte mais importante que a criança tem que desenvolver, como a ludicidade que é o uso da imaginação da criança através das brincadeiras, fazendo com que a criança viaje nas brincadeiras e fique mais solta durante a execução da atividade. E, isso acaba levando o desinteresse do aluno.

E é por isso, que o trabalho tem o objetivo de tentar resgatar o atletismo para as aulas de educação física com mais frequência, apresentando meios de como melhorar o interesse dos alunos pelo esporte, para que a criança possa vivenciar e praticá-lo com mais frequência, como nos outros esportes coletivos. E mostrar que com a prática do atletismo, a criança poderá desenvolver a sua eficiência nos gestos motores básicos e que o atletismo é a base para os outros esportes na educação física escolar.  

2.0  DESENVOLVIMENTO

Ressalta-se através das bibliografias analisadas que a maioria das escolas, principalmente, as escolas da rede pública, não possui espaço suficiente para a prática do atletismo. Nota-se ainda que, outras modalidades esportivas têm como material, apenas a bola para jogar e são esportes coletivos.

É importante  mediar o conhecimento, e a forma como é dado, pois o aluno o interpreta da forma que seja mais interessante para ele ou não.  Como são esportes mais individuais, a forma tem que ser mais lúdica com  brincadeiras de pega-pega, pular corda, pular mais alto que se pode, cabo de guerra, correr mais rápido em várias direções, acertar o cabo de vassoura dentro do saco, e outras que o professor tem que adaptar e inventar para ser prazerosa a educação física.

Para maior importância podemos afirmar que, para praticar, precisamos do próprio corpo. O atletismo, é,  portanto, um meio que o corpo desenvolve sem grandes instrumentos, podendo na maioria das provas usar somente, o próprio corpo. 

Se for perguntado a escolares brasileiros o que acham do Atletismo, provavelmente, a opinião mais comum será a de ser um esporte "sem graça", tanto de se praticar quanto de se assistir; correr, saltar e lançar, entretanto, como habilidades físicas de base, estão presentes em quase todas as modalidades esportivas. Como ato motor natural, significa uma função da natureza humana. Por isso, em si, os movimentos atléticos não são desinteressantes. O que pode torná-los assim é a sua interpretação e sistematização didática. (MEZZAROBA;  et al., 2012)

Entende-se no olhar de Mezzaroba (2012), a situação das escolas brasileiras, onde se perguntarmos aos alunos o que o atletismo significa, devido, eles dirão que é um esporte sem graça, devido à falta de ludicidade, e que as habilidades físicas estão nos esportes em geral, sendo um ato motor físico natural, ou seja, são funções que  a natureza humana nos proporciona. 

As formas tradicionalmente conhecidas do Atletismo, como correr, saltar e arremessar, devem servir de base para as transformações didático-pedagógicas. No entanto, suas formas devem abranger múltiplos e vários campos de experiências e aprendizagens para os alunos e não apenas serem canalizadas para os modelos padronizados de realização dessas atividades. (KUNZ, 1998 apud MARQUES; IORA, 2012, p. 02)

Desta forma, de acordo com os autores acima, os alunos não dão a importância devida ao atletismo em virtude do mesmo ser um esporte sem ludicidade. Os alunos não gostam de participar tanto, quanto no futsal, voleibol, handebol, basquetebol, e isso faz com que se trabalhe menos com o referido esporte.

Em resumo, as crianças gostam mesmo é de ludicidade dentro dos esportes, pois o aspecto lúdico deixa a criança mais solta a usar a sua imaginação na execução da brincadeira.

O atletismo, portanto, é um esporte que desenvolve qualidades fundamentais para a criança, podendo desenvolver o esporte sob a forma de jogo para que desperte mais interesse nos alunos.

Pode-se dizer que ao jogar o aluno é levado a exercitar habilidades mentais, que estimula a vida social e a atividade construtiva, o conduzindo a um desenvolvimento global.

A sua aplicabilidade na escola sempre trouxe questionamentos ao rela valor da aprendizagem, visto que opiniões contraditórias ainda não admitem seus benefícios aos alunos. Porém, se somos uma sociedade dinâmica e competitiva não existe motivos para desprezar tal prática já comprovada e aplicada por muitos educadores e correntes pedagógicas.

Os jogos têm o papel importante no processo ensino-aprendizagem, devendo estar interligados a situações que levem à análise e reflexão. Ao jogar, o aluno realiza uma evocação simbólica de realidades ausentes, ou seja,  liga a imagem ao concreto, sendo capaz de passar desta para o abstrato.

Seu aspecto pedagógico deve ir além do prazer de jogar, pois assim coloca Moura: 

O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser considerado, nas práticas escolares, com a perspectiva de que é importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações de jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola, como também pode estar promovendo o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas. (MOURA, 1994, p. 21)

Para Kunz:

Os  alunos preferem mil vezes jogar, brincar com a bola, do que saltar em altura, distância ou arremessar ou se 'matar" numa corrida de quatrocentos metros.

(...)

A preferência por atividades jogadas não esta somente na falta de ludicidade como de apresentam as chamadas "provas" de atletismo, mas na maioria dos casos, por lembranças de insucesso ou de uma vivencia não bem sucedida pelos parâmetros normais como essas provas se apresentam. (KUNZ, 1998 apud  MEURER; SCHAEFER;  MIOTTI, 2012, p. 01)

Entende-se assim, que o movimento da criança e a sua capacidade motora estão ligadas ao lúdico, ou seja, é muito mais que um corpo em movimento, é muito mais que um simples conjunto de alavancas. A criança por sua vez, está conectada e interagindo com o universo, sem que a mesma tenha a percepção disto, ou seja, a criança executa os movimentos naturalmente durante a prática de exercícios. Com isto, ela desenvolve suas habilidades, sem ter obrigação de cumprir regras, ou seja, aprende brincando, interagindo com seus colegas de turma, trabalhando o afetivo, o motor e o cognitivo, portanto seu aprendizado é e será mais completo no seu crescimento escolar.

Estas  atividades são possibilidades concretas da criança experimentar e vivenciar o domínio do corpo em movimento, interpretando suas sensações proprioceptivas e tátil-cinestésicas. Na atividade lúdica, a criança adquire liberdade de ação e de expressão, principalmente pela construção de movimentos imaginativos e criativos. E nesse processo de relação com o mundo via brincadeira, ela vai ampliando sua consciência a respeito de si mesma e do mundo. É um contínuo processo dialético de interpessoalidade e intrapessoalidade. (SOUZA, 2005 apud SOUZA; et. al. 2012, p. 02)

O texto abaixo sugere um ‘pré-atletismo’, melhorando assim, o desenvolvimento da criança e o desempenho para se chegar ao atletismo com mais satisfação e prazer na hora do executamento partindo da primeira fase do processo de ensino-aprendizagem, o caminhar, correr, saltar, lançar e arremessar, como gestos motores básicos, passando para a segunda fase de brincadeiras lúdicas, usando os gestos motores básicos das crianças.

Na atualidade, é sabido que muitas escolas que não têm o devido espaçamento para se exercer a prática esportiva, bem como é escasso o coeficiente de material para desenvolver o atletismo. Quando Oro (1984) cita em seu texto: “(...) o atletismo não tem bola”, subentende-se que, por ser uma modalidades individualista e não ter bola, as crianças acham que o atletismo é um esporte ‘sem graça’, e não dão a devida importância ao mesmo.

Em suma, os gestos motores da criança são usados de várias formas seguindo cada modalidade esportiva que a mesma pratica, ou seja, os movimentos estão presentes em todos os esportes em geral.

Deve-se  optar por um "pré-atletismo", em que, numa primeira fase, faz-se através dos gestos motores básicos; e numa segunda fase, mantêm-se os da primeira, avançando-se para as tarefas que exigem uma maior codificação dos gestos motores básicos, aproximando progressivamente a criança do Atletismo. (PINTO, 1992 apud JUSTINO; RODRIGUES, 2012, p. 03)

De acordo com Justino e Rodrigues:

(...) sugere-se a utilização de jogos baseados no atletismo que “promovam o reconhecimento de si mesmo e das próprias possibilidades de ação”. Assim, o atletismo deverá ser adaptado ao meio, ao número de alunos, aos materiais disponíveis ao mesmo tempo em que oferece oportunidades concretas de vivência no esporte. Logo, é válido que o atletismo seja trabalhado na Educação Física em suas aulas, mas considerando e respeitando a faixa etária de cada um. (KOCH, 1984 apud  JUSTINO; RODRIGUES, 2012, p. 04)

Desta forma, o autor defende a posição de que na escola não se deve trabalhar no currículo pedagógico da educação física com o atletismo, apenas como se este, fosse um esporte de rendimentos. Mas, tais atividades devem ser elaboradas diferentemente da realidade social e  dos valores de cada aluno no intuito de promover o desenvolvimento motor e da interação social, entre outros aspectos.

Segundo o autor, José Alberto da Silva Dantas, o atletismo é pouco divulgado nas escolas, mas a maioria das crianças sabe definir e expressar os gestos de grandes campeões do atletismo, como Usain Bolt ou Mauriin Maggi, a primeira mulher brasileira a obter uma medalha olímpica. Contudo, este conhecimento é marcado pela mídia que só evidencia os campeões e o destaque dos atletas só acontece nas olimpíadas, ou seja, o conhecimento sobre as regras é totalmente ignorado pelos docentes  e discentes; que só veem os atletas como ‘super-homens’.

A mídia como fenômeno importante na cultura entre os jovens ganha uma forte influência no campo pedagógico. Tornando-se uma grande problemática para a Educação Físicaem especial. Sendode grande importância a mídia no mundo atual torna-se evidente sua influência no âmbito da cultura corporal. (BETTI, 1999, p. 46)

 

Toda divulgação tem uma grande valia, mas a educação Física tem que quebrar paradigmas, a fim de, possibilitar novos horizontes de informações para as práticas corporais, tais como: lançamento de dardo, arremesso de peso, salto em distância, salto triplo, corrida de 100, 200, 400 e800 metros.

Entra em grande conflito a maioria dos docentes mesmo tendo espaço físico nas escolas, pois não trabalham o atletismo e as suas aulas ficam sempre focadas nos grandes jogos, tais como: basquete, futsal, vôlei, handebol, e acaba excluindo o atletismo nos seus programas pedagógicos.

Por meio dos jogos, os docentes podem observar e construir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem.

Caberá ao educador organizar situações para que os jogos de atletismo ocorram de maneira diversificada a fim de proporcionar às crianças a possibilidade de escolha, ou seja, os jogos de regras e de construção.

E assim, elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.

De acordo com Piaget, ao longo do desenvolvimento da criança ocorrem três formas de jogos: são os jogos de exercícios, os jogos simbólicos e os jogos de regras. (1975, p. 15)

Verifica-se então, portanto, que a prática do atletismo nas escolas, tendo como foco o ensino fundamental é muito importante para nossa saúde em geral e, é um grande passo no desenvolvimento do nosso “ser”.

Percebe-se que a Educação Física é a matéria dentro da área educacional, a mais importante no desenvolvimento da criança, tanto na parte motora quanto na parte cognitiva. E, que é através da socialização e da interação que existe a troca de informações, onde estas são uma ponte de ideias que são fundamentais para a construção do caráter do aluno.

A Matemática, o Português, a Ciências, Inglês e a História são matérias que podem ser trabalhadas nas aulas de Educação Física, ajudando mutuamente para o desenvolvimento, fazendo com que a criança fique mais crítica e tenha mais interesse no atletismo.

Os jogos lúdicos do atletismo podem ser utilizados para introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno para aprofundar os itens já trabalhados, podendo conduzir o professor de forma direta ou indireta ás dimensões metodológicas e à prática reflexiva.

Por meio do jogo a criança assimila o mundo para atender seus desejos e fantasias. O jogo segue uma evolução que se inicia com os exercícios funcionais, continua no desenvolvimento dos jogos simbólicos, evolui no sentido dos jogos de construção para se aproximar, gradativamente, dos jogos de regras, que dão origem à lógica operatória. Nos jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação, pois eles revelam uma lógica diferente da racional. Este tipo de jogo revela ma lógica própria da subjetividade tão necessária para a estruturação da personalidade humana quanto a lógica formal, advinda das estruturas cognitivas. (PIAGET, 1975, p. 12)

A importância do atletismo no desenvolvimento motor do aluno é estruturada em quatro etapas distintas, a saber: concepção, domínio motor, afetivo-social e cognitivo, formando assim, uma importante sequência a fim de alcançar este desenvolvimento motor. Contudo, é um conjunto de saberes de experiências que a criança chega e desenvolver gradativamente o seu saber e suas qualidades físicas.

Sendo assim,  o autor então define que o desenvolvimento motor é na verdade um processo de aprendizado que se forma através do tempo mediante as exigências das tarefas, da biologia e do ambiente. Assim, até passar por todos estes processos a criança não terá seu desenvolvimento motor definido.

Tendo este pensamento o atletismo é uma peça fundamental para evoluir o desenvolvimento motor. Mostrando o atletismo no começo de seu aprendizado a criança passará a se interessar pelas atividades e neste momento, com o trabalho de introdução, a criança terá a tendência a levar para o seu cotidiano as brincadeiras atléticas e, isso irá ajudar nos outros esportes como basquete, futebol,  handebol, vôlei, contribuindo para o seu crescimento e para sua melhora esportiva.

Os especialistas consideram o desenvolvimento motor um processo contínuo e demorado em virtude de que, as mudanças consideradas mais acentuadas ocorrerem nos primeiros anos de vida. Assim existe a tendência em se considerar o estudo do desenvolvimento motor como sendo apenas o estudo da criança. (TANI, 2012)

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física, afirma-se que:

Ao Mostrar o atletismo a fim de que possa ajudar no desenvolvimento cognitivo das crianças, buscando uma perspectiva de vida diferente do seu habitual, consequentemente, focando nos gestos básicos da criança.

Espera-se que ao final do ensino fundamental os alunos sejam capazes de:

-       Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

-       Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;

-       Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais;

-       Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva.

-       Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem de perseverança e regularidade e devem ocorrer de modo saudável e equilibrado.

-       Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando condições de vida digna;

-       Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o consumismo e o preconceito;

-       Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promover atividades corporais de lazer, reconhecendo-as com uma necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão. (BRASIL, 2000)

Para Bragada:

[...] grande parte das escolas, em especial de rede pública, não possui sequer espaço para a prática de esportes como o atletismo. É interessante também notar que as modalidades esportivas de maior prestígio nacional são coletivas e têm como material principal à bola. Essa, como instrumento de comunicação entre várias pessoas, coloca a concepção do atletismo como esporte em ‘xeque’ na cabeça do aluno iniciante. Tal concepção talvez ajude a explicar a sentença bem brasileira: "atletismo não tem bola!". (ORO, 1984 apud BRAGADA, 2000)

Ressalta-se de acordo com a citação acima que a maioria das escolas, principalmente, as escolas da rede pública, não possui espaço suficientemente para a prática do atletismo. Nota-se ainda que, outras modalidades esportivas têm como material, apenas a bola para jogar, e são esportes coletivos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3.0  METODOLOGIA

 

Este trabalho foi realizado através de estudos e pesquisas do tipo bibliográfico com base teórica em artigos científicos e livros sobre a ‘Prática do Atletismo na Educação Física Escolar’. Aplicou-se também em seu desenvolvimento as seguintes informações: a importância do atletismo nas escolas, atletismo na educação física escolar e o desenvolvimento motor.

 

4.0  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chega-se à conclusão que o atletismo é de extrema importância na vida da criança sendo bem trabalhado.

Tendo embasamento teórico, o trabalho apresentado analisou a carência do esporte e a sua importância  na Educação Física Escolar.

Ao longo do mesmo observamos que o atletismo é pouco difundido no âmbito escolar por falta de interesse, de espaços físicos e de materiais.

No decorrer da pesquisa concluímos também que o jogo devidamente planejado é um recurso pedagógico eficaz, ou seja, desenvolvendo o raciocínio lógico, estimulando o pensamento independente, a criatividade, autoconfiança, a organização, concentração, atenção, senso cooperativo e a socialização; contribuindo assim, para a construção do conhecimento do movimento para alcançar futuramente o prazer da criança em praticar o atletismo nas escolas. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5.0  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BETTI, M. Educação Física e sociedade. 5. ed. São Paulo: Movimento, 1999.

BRAGADA, José. O Atletismo na Escola: Proposta programática para abordagem dos lançamentos. Revista de Educação Física e Desporto. Belo Horizonte: vol. XVII,  n. 99, jun./jul., pp. 21-23, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física. 2. ed. Brasília: MEC/SEF, 2000.

DANTAS, José Alberto da Silva. Atletismo para crianças e jovens no município de Guaíba. Disponível em: <guaiba.ulbra.br/seminario/eventos/2008/artigos/edfis/395.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2012.

GOMES, Aline de Oliveira.; MATTHIESEN, Sara Quenzer.; GINCIENE, Guy.. Atletismo para Crianças e Jovens: Um Projeto De Extensão Universitária. Rio claro: Unesp, 2008. Disponível em: <200.145.6.204/index.php/revista_proex/article/download/87/400>. Acesso em: 13 dez. 2012.

JUSTINO, Elias de Oliveira.; RODRIGUES, Welesson.. Atletismo na escola: é possível? Disponível em: <files.efd321.webnode.com.br/.../Atletismo%20na%20escola%20é%2...>. Acesso em: 13 dez. 2012.

KOCH, Karl. Antologia do atletismo: metodologia para iniciação em escolas e clubes. 1. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.

KUNZ, Eleonor. Didática na Educação Física.  Ijuí: Unijuí, 1998.

MARQUES, Carmen Lúcia.; IORA,  Jacob Alfredo.. Atletismo Escolar: possibilidades e estratégias de objetivo, conteúdo e método em aulas de educação física. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/3078>. Acesso em: 12 dez. 2012.

MEURER, Simone Teresinha.; SCHAEFER, Rubia Jaqueline.;  MIOTTI, Ivana Maria Lambertti.. Atletismo na escola: uma possibilidade de ensino. Disponível em:                     <http://www.efdeportes.com/efd120/atletismo-na-escola.htm>. Acesso em: 14 dez. 2012.

MEZZAROBA, Cristiano.; et al.. A visão dos acadêmicos de Educação Física quanto ao ensino do atletismo na escola. Revista Digital. Buenos Aires: ano 10, n. 93, fev., 2006. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd93/atlet.htm>.  Acesso em: 11 dez. 2012.

MOURA, M. O..  A Séria Busca do Jogo: do Lúdico na Matemática  Educação Matemática em Revista. Sociedade Brasileira de Matemática. Vol. 01, v.3, maio, pp. 21-24, 1994.

NOLL, Matias. O desenvolvimento do atletismo nas escolas de Teutônia – RS: um estudo exploratório. Disponível em: <http://www.pucrs.br/research/salao/2008IXSalaoIC/index_files/main_files/trabalhos_sic/ciencias_saude/educacao_fisica/61256.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2012.

OLIVEIRA, Maria Cecília. Atletismo escolar: uma proposta de ensino na Educação infantil. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.

ORO, Ubirajara. Antologia do atletismo: metodologia para iniciação em escolas e clubes. 1. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

ROSA NETO, Francisco. Manual de Avaliação Motora. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SILVA, Wilney Fernando.;  RIBEIRO, Gersiane Franciere Freitas.. A Educação Física escolar e o desenvolvimento humano. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd174/a-educacao-fisica-escolar-e-o-desenvolvimento.htm>. Acesso em: 14 dez. 2012.

SOUZA, Patrícia Daura de.; et al.. Atletismo nos jogos internos da Educação Física: compreendendo os motivos do desinteresse de sua prática. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd103/atletismo-educacao-fisica.htm>. Acesso em: 14 dez. 2012.

TANI, Go. O processo de desenvolvimento motor. Disponível em: <http://www4.fct.unesp.br/docentes/edfis/dino/Aprendizagem%20Motora/Desenvolvimento%20Motor.PDF>. Acesso em: 13 dez. 2012.