O sistema de Transporte coletivo tem sido alvo de bastantes estudos, principalmente quando refere-se a evolução dos meios de transportes.

Segundo Santos (2004), as cidades são grandes porque há especulações que promovem o problema de escassez à terra e à habitação. E esse problema social promove a organização dos transportes que obedecem a essa lógica e torna mais pobres os que devem viver longe dos centros, não porque devem pagar caro os seus deslocamentos como porque os serviços e bens são mais dispendiosos nas periferias. E isso fortalece os centros em detrimento das periferias, num verdadeiro ciclo vicioso.

Tendo em vista essa relação, é necessário um planejamento urbano condizente com a realidade local com o intuito de minimizar a exclusão social.

Em meados da década de 60, a cidade de Curitiba foi pioneira num processo de planejamento urbano que tornou-se referência mundial. Esse projeto visava priorizar o transporte coletivo dando harmonia ao sistema com um custo relevante, para isso impalntou-se um sistema integrado com corredores de tráfego integrando com linhas alimentadoras.

Em 1998, houve a consolidação do sistema de BRT. A cidade de Bogotá na Colombia, utilizou a dinâmica do processo integrado de Curitiba aplicando-se tecnologia de informação á um baixo custo e transformou um sistema caótico em revolucionário com qualidade.

O sistema começou a operar em Dezembro de 2000, o TransMilênio de Bogotá na Colômbia, que substituiu um sistema feito por milhares de pequenos veículos ineficientes e poluidores por um sistema de alta qualidade. Trata-se de um projeto de custo relativamente baixo e compatível com as condições econômicas dos países em desenvolvimento.

O sistema opera com cerca de 41 km de extensão, 477 veículos articulados, que percorrem linhas expressas e paradoras. A demanda diária gira em torno de 750 mil passageiros. O custo de implantação foi de US$ 7 milhões por quilômetro, (ANTP-2003).
As principais caracteristicas do sistema de BRTS são:

•Corredor de ônibus total ou parcialmente segregado;

• Ônibus compridos com acesso em nível;

•Estações com Pré-pagamento e Bilhetagem automática;

• Controle Central com AVL (GPS, Informações on-line, Comunicação)

• Velocidade Média elevada e Alta freqüência

• O BRT é considerado, como uma opção de transporte para demandas que vão de 10.000 a 30.000 (para seus defensores 45.000) pass/hora/sentido e com custo menor que as alternativas sobre trilhos

• Necessitam de condições operacionais que integrem os serviços: (local, expresso, alimentadores)

• O tempo de espera nas paradas é variável relevante no projeto do BRT, porque afeta o nível de serviço. Depende da demanda, da distância entre paradas, do tipo de bilhetagem, das dimensões do ônibus, do fluxo no veículo, das condições climáticas, etc.

O sitema é eficiente para demandas até 30.000 pass/hora/sentido, desde que haja integração do sistema e principalmente integração tarifária. É um sistema bastante favoravél nos países em desenvolvimento, principalmente pelo fato de que o investimento é baixo. Mas a eficiência do sistema está necessariamente relacionada à aplicação de tecnologia e o controle central.