A participação da mulher na educação das crianças, um olhar sobre este percurso.
Publicado em 04 de junho de 2013 por Gabriela Ferreira Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇAOII
CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA E POLITICA DA EDUCAÇAO INFANTIL
PROFESSORA: MARIA DAS DORES
NOME: GABRIELA FERREIRA SOUZA
A participação da mulher na educação das crianças, um olhar sobre este percurso.
SÃO LUIS/ MA
MAIO/2011
A participação da mulher na educação das crianças, um olhar sobre este percurso
O inicio das atividades intelectuais da mulher, dizem que coincide com o nascimento da modernidade. Desde o inicio as mulheres eram preparadas para assumirem as funções domesticas de que a nova camada emergente carece, destacando-se entre estas a educação das crianças. A instituição de um novo papel para a mulher fez dela um instrumento assaz e importante na ascendência política e econômica de sua família. A incumbência feminina de cuidar da casa, dos filhos e da aparência física e social do marido era tarefa árdua. A mulher precisou se transformar, antes pesada, feia e de gestos rudes, ela teria de ter então o aspecto “doentio” idealizado pelo romantismo, cuja leveza e delicadeza dos atos eram imprescindíveis.
Assim criou-se a necessidade dos bons modos, e as mulheres eram dadas a possibilidades de educação, como aprendizado de literatura e musica. A elegância do vestido deveria combinar com o frances e o piano, que tornavam a senhora uma verdadeira dama.
No Brasil, com uma realidade ideológica um pouco diferente, a educação das mulheres foi admitida pelo anuncio de que elas poderiam ajudar na concretização do plano político pensado para o país. As mesmas deveriam transmitir conhecimentos e valores religiosos com um novo rotulo, valores naturais, que toda mulher necessitava ter por consciência própria. Percebe-se também que o gosto pela leitura foi responsável por introduzir a mulher no mundo das letras, sendo o hábito decisivo para sua educação, sem o deixar de ser para o processo de instrumentalização do sexo. Agora alfabetizada, a mãe era responsável pela educação regular do filho ensinando-o, alem dos bons costumes, aquilo que o levaria a tão almejada Faculdade de Medicina. A educação tida como meta chegava à mulher sob o intuito de melhorar a educação dos filhos, homens.
Algumas contribuições falam desse contexto da seguinte forma: “da chibata ao magistério”, pois a mulher no séc. XVIII passa ao séc. XX em uma escala ascendente de conquistas, o que não a livraria de características como instrumento para a consolidação de políticas sociais. Assim a escola seria consolidada como segundo lar, e a professora, caracterizada pelo “instinto” maternal, seria tão doce e severa tal qual a educação de seus próprios filhos.
Nesta perspectiva, entende-se que a mulher tem uma responsabilidade essencial na educação das crianças, visando à construção de personalidades, e principalmente o desenvolvimento intelectual dos mesmos. E ainda no sentido da mulher- mãe ser entendida como a mulher- professora, é que se ver a real necessidade dos pais, a de deixarem os filhos com alguém que tenha responsabilidade e sabedoria para atender aos seus filhos, e ainda é nesta perspectiva que muitos ainda entendem e destacam o papel da mulher enquanto professora.