UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO

CENTRO DE CIENCIAS SOCIAS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇAOII

CURSO DE PEDAGOGIA

DISCIPLINA: HISTÓRIA E POLITICA DA EDUCAÇAO INFANTIL

PROFESSORA: MARIA DAS DORES

NOME: GABRIELA FERREIRA SOUZA 

A participação da mulher na educação das crianças, um olhar sobre este percurso. 

SÃO LUIS/ MA

MAIO/2011

 

A participação da mulher na educação das crianças, um olhar sobre este percurso

O inicio das atividades intelectuais da mulher, dizem que coincide com o nascimento da modernidade. Desde o inicio as mulheres eram preparadas para assumirem as funções domesticas de que a nova camada emergente carece, destacando-se entre estas a educação das crianças. A instituição de um novo papel para a mulher fez dela um instrumento assaz e importante na ascendência política e econômica de sua família.  A incumbência feminina de cuidar da casa, dos filhos e da aparência física e social do marido era tarefa árdua. A mulher precisou se transformar, antes pesada, feia e de gestos rudes, ela teria de ter então o aspecto “doentio” idealizado pelo romantismo, cuja leveza e delicadeza dos atos eram imprescindíveis.

Assim criou-se a necessidade dos bons modos, e as mulheres eram dadas a possibilidades de educação, como aprendizado de literatura e musica. A elegância do vestido deveria combinar com o frances e o piano, que tornavam a senhora uma verdadeira dama.

No Brasil, com uma realidade ideológica um pouco diferente, a educação das mulheres foi admitida pelo anuncio de que elas poderiam ajudar na concretização do plano político pensado para o país. As mesmas deveriam transmitir conhecimentos e valores religiosos com um novo rotulo, valores naturais, que toda mulher necessitava ter por consciência própria. Percebe-se também que o gosto pela leitura foi responsável por introduzir a mulher no mundo das letras, sendo o hábito decisivo para sua educação, sem o deixar de ser para o processo de instrumentalização do sexo. Agora alfabetizada, a mãe era responsável pela educação regular do filho ensinando-o, alem dos bons costumes, aquilo que o levaria a tão almejada Faculdade de Medicina. A educação tida como meta chegava à mulher sob o intuito de melhorar a educação dos filhos, homens.

Algumas contribuições falam desse contexto da seguinte forma: “da chibata ao magistério”, pois a mulher no séc. XVIII passa ao séc. XX em uma escala ascendente de conquistas, o que não a livraria de características como instrumento para a consolidação de políticas sociais. Assim a escola seria consolidada como segundo lar, e a professora, caracterizada pelo “instinto” maternal, seria tão doce e severa tal qual a educação de seus próprios filhos.

Nesta perspectiva, entende-se que a mulher tem uma responsabilidade essencial na educação das crianças, visando à construção de personalidades, e principalmente o desenvolvimento intelectual dos mesmos. E ainda no sentido da mulher- mãe ser entendida como a mulher- professora, é que se ver a real necessidade dos pais, a de deixarem os filhos com alguém que tenha responsabilidade e sabedoria para atender aos seus filhos, e ainda é nesta perspectiva que muitos ainda entendem e destacam o papel da mulher enquanto professora.