As relações de poder estão diretamente ligadas a origem e desenvolvimento das desigualdade sociais. A revolução industrial só intensificou esse quadro de desigualdade entre os burgueses e proletários.

Devido ao grande número de mão de obra existente nessa época, o salário pago era irrisório de modo a nem comtemplar as necessidades básicas do indivíduo e de sua família, fazendo assim, com que a disparidade entre as classes aumentassem ainda mais.  Dessa forma, somente a elite possuía condições para uma moradia e educação de qualidade, enquanto a outra classe encontrava-se trabalhando para tentar sobreviver.

No Brasil, a colonização por Portugal ocorreu através da monocultura o que acentuou ainda mais as disparidades sociais. A mão de obra utilizada era mão de obra escrava, em sua maioria de negros, os quais não possuíam menores condições de vida digna, já que não eram considerados humanos. Nesse período só tinha acesso ao estudo aqueles que possuíam condições de ir para Europa, já que no Brasil não haviam escolas, nem faculdades.

Com a libertação dos escravos pensa-se que estes teriam uma melhora em suas condições de vida, contudo esses foram libertos sem nenhuma garantia, o que se fosse possível piorou ainda mais as suas condições, já que não possuíam emprego, moradia, sendo ainda mais segregados.

No Brasil a condição de miséria era praticamente hereditária, sendo quase impossível uma pessoa de classe baixa melhorar sua condição financeira e se tornar classe média ou alta. Hoje em dia, ocorreu uma pequena melhora em relação as desigualdades sociais graças a programas implementados nos últimos 15 anos.

Uma das maneira de se tentar diminuir a desigualdade social se encontra no estudo, contudo no Brasil, até a década de 90/2000, só estudavam aqueles que faziam parte da elite, já que haviam poucas vagas em universidades e essas eram destinadas a este público, com raras exceções.

No governo de Fernando Henrique Cardoso foram abertas diversas universidades particulares, ampliando o ensino no país, contudo, grande parte da população ainda não tinha acesso ao ensino superior devido ao alto custo dessas universidades.

Já no governo Lula, através das ações afirmativas viu-se uma melhora significativa relacionada a diminuição da desigualdade social no país, pois foram adotadas diversas medidas para o acesso da população a universidade, além de programas de auxílio a renda familiar. O que fez com que o país diminuísse significativamente a população que passava fome, e fez emergir boa parte da população para classe média.

Algumas das ações afirmativas de grande importância nesses últimos 15 anos foram: Fome Zero, Bolsa Família, Bolsa Escola, PROUNI, FIES, cotas, a criação de universidades estaduais e federais, além da criação de cursos técnicos.

Essas ações são de grande importância por tentar nivelar as desigualdades sociais, adotando-se o princípio aristotélico, onde trata-se os desiguais nas medidas de suas desigualdades, afim de igualá-los.

Nota-se um grande feito em relação a diminuição das desigualdades através das ações afirmativas, contudo ainda há muito o que se fazer para que o país se torne o mais justo possível, para que não haja mais situações em que não se posse condições mínimas para uma sobrevivência digna.