Somos ou estamos limitados? A resposta é que sempre estamos enquanto não aprendemos a ser, pois tributos, altas e injustas condições de captação de recursos, excesso de burocratização (falência publica) e enormes contingentes de pessoas querendo ser a mesma coisa, não impedem para que alguns se alimentem e continuem construindo rumo às realizações.

Diante de tantos questionamentos e barreiras, a persistência (válvula que equilibra e contribui para que os desvios não afetem os objetivos), normalmente é contaminada pelo excesso de importância que damos as coisas que limitam e que no fundo já sabíamos desde inicio, mas que voltam sempre quando queremos justificar nossos próprios erros, transferindo-os para que não sejam nossos.

Se o mundo foi contaminado pelo individualismo quando das oportunidades, classificando-se em blocos, de ricos e pobres, desenvolvidos e em desenvolvimento, resta-nos um caminho que não depende tanto do se enquadrar nesse ou naquele sistema, mas do se adequar unindo o que se quer com o que de melhor pode se fazer para ter parte disso no plano real.

O problema não está nas contingências econômicas, mas exatamente nas pessoas querendo ser quase como um produto (distanciando-se do seu próprio eu) pronto a ser vendido, formatado por imagens, estampas, e por que não dizer por mentiras que distorcem nosso equilíbrio, contrariando Shakespeare com um Ser ou Ser a qualquer custo.

O grande problema não está em ser diferente, pois qualquer um com uma melancia na cabeça, poderá ser notado. O problema é possuir valores que atraiam os outros e esse é um segredo que não se encontra nas estampas do mercado, mas dentro de cada um de nós e na vontade para poder entender e buscar a formulação do que é importante, mas sem a perda do jeitão próprio diante da lógica para se chegar à conquista.

O que vale hoje é possuir um arsenal de conhecimento e experiência para ser variável nos procedimentos, e assim oferecer surpresas, no caso a caso, fazendo convergência da ciência com o potencial criativo, muitas vezes depositado e bloqueado pelo excesso do sim senhor, que de tão correto, sempre nos coloca atrás de um suposto patrão, mas não nos satisfaz como pessoas.