A OPRESSÃO MANIFESTADA PELA VONTADE REAL NA OBRA MEMORIAL DO CONVENTO DE SARAMAGO (1)

MOÉSIO MUNIZ LOPES (2)

RESUMO
O presente estudo investigativo tem como principal objetivo compreender como se dá a vontade opressora, manifestada pelo rei D. João V, na obra Memorial do Convento de José Saramago. Pautamos nossa análise na investigação das principais causas que levam um rei a oprimir toda uma nação para a satisfação de um capricho pessoal: a construção de um convento. Para compreendermos tal situação discorremos sobre a opressão, apoiando-nos em algumas vertentes, principalmente filosóficas e psicológicas. Para fazermos tal análise discursiva fez-se necessário o estudo de renomados autores, tais como: Marx e Engels(1986), Freire(1987), Saraiva(1991), entre outros que salientam alguns questionamentos que nos levam a refletir a respeito da temática "opressão" na obra de Saramago.

Palavras- Chave: Vontade real. Poder. Opressão. Memorial do Convento.

INTRODUÇÃO
Comumente associamos o opressor àquela pessoa que oprime, que castra a liberdade de alguém, que escraviza por causa de um determinado poder que possui. O definimos como aquele que usa de sua condição dominante para obrigar as pessoas a lhe servir e fazer o que unicamente lhe agrada, impedindo que o direito do outro também se faça ser cumprido.
O dicionário Aurélio (2008, p. 364) conceptualiza a opressão como: "ato ou efeito de oprimir, sujeição, domínio, coação [...]". Seguindo nossa argumentação a respeito do fator opressor, Freire (1987, p.30) salienta que:


Estes que oprimem, exploram e violentam, em razão do seu poder, não podem ter, neste poder, a força de libertação dos oprimidos nem de si mesmos. Só o poder que nasça da debilidade dos oprimidos será suficientemente forte para libertar ambos.





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1 Artigo apresentado a disciplina de Literatura Portuguesa II, ministrada pela professora Liciany Rodrigues, como requisito para obtenção de nota parcial no semestre letivo 2011.1.
2 Acadêmico do Curso de Letras da Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA / Sobral-CE. E-Mail: [email protected]




Diante de um fato dominantemente opressor só a força da parte oprimida é capaz de mudar essa situação injusta de sufoco e dominação. A opressão só ocorre porque existem duas forças que se opõem. Uma que domina, que humilha, que impõem e outra que se deixa dominar.
Na maioria das vezes as pessoas opressoras, dominadoras querem passar uma falsa imagem de "boazinhas". A generosidade expressa por elas é usada como forma de atrair os oprimidos, impressioná-los e enganá-los ainda mais. Quando oferecem uma ajuda aos oprimidos, na verdade estão querendo mantê-los ao seu lado só para fins de exploração, conforme Freire (1987, p.30) argumenta:

[...] Os opressores, falsamente generosos, têm necessidade, para que a sua ?generosidade? continue tendo oportunidade de realizar-se, da permanência da injustiça. A ?ordem? social injusta é a fonte geradora, permanente desta ?generosidade? que se nutre da morte, do desalento e da miséria.


A opressão é fruto de uma vontade extremamente dominante, centrada nas mãos de pessoas que possuem o poder da mudança. Pode se manifestar de várias formas, principalmente pela diferença de classe social. Marx e Engels (1986, p. 9) a esse respeito afirmam que: "As idéias da classe dominante são também as idéias dominantes de cada época, ou em outras palavras, a classe que é a potência material dominante da sociedade é também a potência espiritual dominante [...]".
Um ponto interessante a acentuar é que o principal responsável por tudo isso é o capital, o dinheiro. Este é a produção material que comanda a sociedade, principalmente suas atitudes. O homem é essencialmente capitalista e passa a ter poder quando possui riquezas. Portanto, os meios que fazem esse homem se tornar dominante entre os demais é o dinheiro, por isso o grande responsável pela diferença entre as classes sociais.
Com esse "poder" que o recurso financeiro dá, o homem na maioria das vezes se torna opressor, aquela pessoa que oprime que "rouba" a liberdade do próximo. Uma situação econômica favorável é algo que muda completamente a cabeça de quem a possui. Marx e Engels (1986, p. 10) apontam que os homens:

[...] Enquanto dominam como classe e determinam uma época histórica em toda a sua amplitude, obviamente esses indivíduos dominam em toda a extensão de sua classe, dominam, como seres pensantes, como produtores de idéias e, regulamentam a produção e a distribuição das idéias da sua época [...].

Sendo assim, os homens poderosos dominam uma classe, desde o pensamento até suas ações, transformam os oprimidos em espécies de fantoches em suas mãos, e tudo porque possuem um poder intelectual que é divergente do que os cidadãos simples de classe humilde possuem. Através disso conseguem controlar todas as vontades fazendo com que os seus desejos prevaleçam entre os demais. Em grande parte essas pessoas são frutos de um poder absolutista, que os tornam maus, soberanos, desumanos, tiranos e perversos.
A partir disso, notamos que é conveniente para esses dominadores que a sociedade não mude que continue alienada e sofrendo com os mesmos problemas, pois sem as dificuldades sociais apresentadas seria mais complicado para que os poderosos fizessem valer a sua força. Quando mais os oprimidos apresentarem dificuldades em seu meio social e uma baixa capacidade de desenvolvimento intelectual, mais fácil será o processo de dominação. Um povo sem instrução é um povo mais submisso.
Durante todo o transcorrer da história da humanidade a relação de poder e monopólio opressor sempre se manifestou na mão dos mais ricos. A realeza é um típico exemplo disso. Um território governado por um rei é administrado de forma cruel, tirânica e absoluta. Ele procura fazer com que todas as suas vontades e seus caprichos sejam prontamente atendidos, passando assim como uma espécie de "rolo compressor" sobre os mais fracos. Para conseguir realizar seus objetivos não respeita os direitos de ninguém.
Na obra em análise, Memorial do Convento, não presenciamos um contexto social muito diferente dessa situação. A realidade em que se desencadeia a trama é justamente esta. A narrativa desenvolve-se em terras portuguesas, no século XVIII, no reinado de D. João, "o quinto de sua geração" (MC, p.11). A nação lusitana era terra bastante rica, entretanto com uma forte desigualdade social, pois toda a riqueza era acumulada nas mãos do rei que tinha o poder absoluto.
A partir desse momento, de forma especial, passaremos a acompanhar as atitudes de D. João, um típico exemplo de ser humano opressor. Para satisfazer suas vontades ele não mede esforços e durante toda a narrativa oprime ferozmente seu povo sem nenhuma piedade. Essas atitudes assemelham-se muito as ações de um clássico personagem de Graciliano presente na obra "São Bernardo", importante livro da Literatura brasileira modernista: Paulo Honório. Este era um protagonista extremamente individualista que queria todas as coisas há seu tempo e hora, e que para isso usava todas as pessoas a sua volta como espécies de objetos das quais só serviam enquanto pudesse ser extraído algo em benefício próprio.
Todo o desenrolar da narrativa inicia-se com a primeira grande vontade do rei: ter um filho. Ele já mantinha dois anos de união conjugal com D. Maria Ana e nada de realizar seu desejo. Um franciscano com a ideia de construir um convento lhe sugere fazer uma promessa a Deus para conseguir engravidar sua esposa. Caso tivesse êxito deveria erguer a habitação religiosa para os franciscanos. O rei acredita nas palavras do frei, "prometo, pela minha palavra real, que farei construir um convento de franciscanos na vila de Mafra se a rainha me der um filho no prazo de um ano a contar deste dia em que estamos [...]" (MC,p.14). Dentro do prazo pretendido por D. João sua esposa finalmente engravida do seu primeiro filho, tendo depois mais outros quatro. Era certo que o rei queria um varão, porém nasceu uma herdeira. O autor, em tom sarcástico, escreve: "D. João V vai ter de contentar-se com uma menina. Nem sempre se pode ter tudo, quantas vezes pedindo isto se alcança aquilo [...]". (MC, p. 69). A primeira disputa de sua "vontade" o rei perdeu, pois foi à vontade divina que prevaleceu. Ao invés de um menino, Deus lhe enviou uma menina. Mesmo não tendo ficado plenamente satisfeito o rei acredita sinceramente que o êxito em conseguir ser pai tenha sido fruto da sua promessa. O narrador implicitamente deixa uma interrogação que talvez a rainha já estivesse grávida antes da tal promessa:

[...] agora não se vá dizer que D. Maria Ana, por ser tão piedosa senhora, concordou calar-se o tempo bastante para aparecer com o chamariz da promessa o escolhido e virtuoso frei Antonio. Agora não se vá dizer que el-rei contará as luas que decorrem deste a noite a noite do voto ao dia em que nascer o infante, e as achará completas. Não se diga mais do que ficou dito. ( MC, P. 26 )



D. João ficou bastante conhecido por desenvolver a construção de um monumento de grandes dimensões arquitetônicas, que possuía proporções nunca antes vistas em terra de Camões. Saraiva (1991, p. 242) discorre que: "A mais importante realização pessoal de D. João V foi o projeto de construção de um edifício gigantesco, de proporções que excediam de longe tudo quanto até então se edificara em Portugal: o Palácio-Convento de Mafra [...]".
Esse convento foi o grande símbolo do absolutismo e de toda a riqueza que D. João apreendia. Tudo que ele arrecadava de impostos era convertido para realização da obra em Mafra. Não poupou esforços nem meios para a edificação do palácio. Como Portugal ainda não tinha mão-de-obra especializada, o pessoal responsável pela parte técnica da edificação desse monumento foi trazido de fora. Enquanto que o trabalho pesado ficou a cargo dos homens comuns.
Após o nascimento da menina, inicia-se a construção do convento, um gigantesco monumento arquitetônico com o qual D. João V pretende igualar em tamanho a basílica de São Pedro em Roma e, acima de tudo, deixar na História o seu nome, como aquele que construiu uma obra grandiosa e magnífica. O grande desejo era ficar na história de seu país por tamanha construção de dimensões imensuráveis. Tudo vaidade.
A partir de então todas as ações reais foram plenamente direcionadas a construção do "bendito" convento em Mafra. Inicia-se então o recrutamento dos operários e isso se dá em alta escala, em todo o reino, obrigando-se os homens ao trabalho pesado com a maior opressão possível. Para tal feito muitas vidas foram sacrificadas como a do operário Francisco Marques, esmagado durante o transporte se uma gigantesca pedra.
Toda essa agitação em torno da construção do convento gerou angústia, medo e opressão a população que não tinha escolha a não ser ceder à dominação e escravização real. Mulheres e mães ficavam transtornadas por verem seus esposos e filhos serem arrancados de seus lares, recrutados a força pelas tropas reais para a concretização da vaidade de D. João. Observa-se o sofrimento, o desespero dessas famílias no trecho a seguir:


[...] acompanham-nos até fora da vila as infelizes, que vão chamando[...] Ó doce e amado esposo, e outra protestando, Ó filho, a quem eu tinha só para refrigério e doce amparo desta cansada já velhice minha, não se acabavam as lamentações [...] enfim já os levados se afastam, vão sumir-se na volta do caminho, rasos de lágrimas os olhos, em bagas caindo aos mais sensíveis, e então uma grande voz se levanta, é um labrego de tanta idade já que o não quiserem, e grita [...](MC, p. 284).



Parte da população lusitana passou a viver momentos de extrema agonia e apreensão. Muitos dos recrutados ao "trabalho escravo" na edificação religiosa acabaram não mais retornando para seus lares. Vários perderam suas vidas na prestação de um trabalho que não trazia benefícios explícitos para a população, representava apenas um desejo mesquinho de satisfação e vanglória pessoal.
Presencia-se o sentimento de soberba e vaidade mesquinha a que é capaz de chegar o ser humano somente para satisfazer seu ego pessoal. A esse respeito, Lopes (1986, p. 201) comenta que:

[...] o colosso arquitetônico aparece claramente como expressão e produto de um dado absolutismo monárquico, de uma dada sociedade exteriormente pomposa, magnificente ou megalômana, e interiormente corroída de fraquezas, conflitos, hipocrisias, vícios ou podridões e assente na faraônica exploração e coação da grande maioria.


A construção do convento nada mais é do que o "símbolo" da ascensão de D. João V, pelo menos foi isso o que ele imaginou quando arquitetou tal acontecimento. Homem egocêntrico e vaidoso, que se utiliza do pretexto da promessa para santificar e justificar o seu poder na construção desse monumento.
O convento, a princípio, foi estruturado apenas para treze frades. Depois ampliado para 80. No final, o convento ficou para 300 franciscanos. O resultado foi uma basílica desproporcional em relação ao restante da obra. O rei só pensava na construção do monumento, para ele o crescimento da demanda de operários era apenas um mero detalhe. Cerdeira da Silva, (1989, apud Carreira, 2001) destaca que: "Essa construção constituía um sonho pessoal do monarca e não um sonho coletivo, como foi o caso de outras construções grandiosas [...]".
Portanto, para realizar seu sonho, o rei não poupou esforços nem meios, pois a única coisa que importava era ver seu desejo realizado. O fato de o convento ter sido convertido para 300 franciscanos não foi o bastante para os caprichos de D. João V. Este desejou mais, por pura vaidade e medo de morrer sem ver o convento erguido. Embora sendo humanamente impossível passou a exigir que o convento ficasse pronto em 22 de outubro de 1730, data de seu aniversário, sendo que só ficaria concluído realmente em 1740, como podemos ver a seguir:

[...] A sagração da basílica de Mafra será feita no dia vinte e dois de outubro de mil setecentos e trinta, tanto faz que o tempo sobre como falte, venha sol ou venha chuva, caia a neve ou sopre o vento, nem que se alague o mundo ou lhe dê o tranglomango. (MC, p. 282).


O mais importante para o rei era que o convento fosse inaugurado com ele ainda em vida. Não bastaria que a obra fosse inaugurada por um de seus filhos. Todo o crédito da construção deste convento deveria ser dado ao rei. Percebe-se nessa atitude o quanto D. João era extremamente egoísta e vaidoso.
A conclusão do convento no prazo estabelecido pelo rei era quase impossível, devido ao curto espaço de tempo e a falta de mão-de-obra suficiente. O meio encontrado, então, foi obrigar as pessoas a trabalharem na construção:


[...] Ordeno que a todos os corregedores do reino se mande que reúnam e enviem para Mafra quantos operários se encontrarem nas suas jurisdições, sejam eles carpinteiros, pedreiros ou braçais, retirando-os, ainda que por violência, dos seus mesteres, e que sob nenhum pretexto os deixem ficar, não lhes valendo considerações de família, dependência ou anterior obrigação, porque nada está acima da vontade real, salvo a vontade divina, e a esta ninguém poderá invocar, que o fará em vão, porque precisamente para serviço dela se ordena esta providência, tenho dito. (MC, p. 282).


Através dessa vontade extremamente repressora, oriunda de sua vaidade, o rei conseguiu subverter muitas pessoas, que por não terem outra opção de ganhar a vida, trabalharam arduamente nas obras do convento, sacrificando-se e até mesmo morrendo em virtude das arriscadas condições de trabalho dessa grandiosa empreitada.
D. João colocava Deus como justificativa para suas ações e conseguiu com que 45 mil trabalhadores e 7 mil soldados fossem "intimados" a trabalhar arduamente no serviço:

[...] em todos os lugares aonde pôde chegar a justiça de sua majestade, os homens, atados como reses, folgados apenas quanto bastasse para não se atropelarem, viam as mulheres e os filhos implorando o corregedor, procurando subornar os quadrilheiros com alguns ovos, uma galinha, míseros expedientes que de nada serviam, pois a moeda com que el-rei de Portugal cobra os seus tributos é o ouro, é o marfim e o tabaco, é o açúcar e a sucupira, lágrimas não correm na alfândega [...]. (MC, p. 284).


A ingenuidade e a profunda ignorância com que os homens citados acima tentam se livrar do trabalho mostram como o rei detinha poder sobre o dinheiro e sobre a vida dessas pessoas. A sociedade em nada tinha a haver com a construção do convento, mas a vontade real é que imperava, em nada valia o desejo dos outros, e embora a força construtora do convento fosse a população, o rei era quem aparecia para receber os méritos. As pessoas humildes trabalham às vezes até sacrificando as suas vidas mas quem levava a fama era o vaidoso rei.
Os homens passaram a ser arrancados de seus lares sem escolha, sem dó nem piedade, por imposição do rei. Linhares Filho (1999, p. 176) escreve que: "A construção do convento significa a imposição da vontade do rei, explorando e oprimindo levas e levas de trabalhadores, que assim anulam a sua vontade [...]". Para satisfazer a vontade real os homens se anulam negando o querer viver, isto é, seus próprios sonhos.
Os oprimidos não tinham outra saída a não ser submeter-se à vontade opressora de D. João. Nada podiam fazer contra a situação de total coação a qual eram submetidos. A vontade real era tão grande em construir o convento que nem sua família foi poupada. Uma de suas filhas foi obrigada a se casar para arrecadar mais dinheiro para realização do projeto. Se o rei era capaz de oprimir a própria filha, imagine o que era capaz de fazer com a população a qual reinava.

Considerações Finais
A opressão é uma atitude, ação de total autoritarismo geralmente praticada por pessoas influentes, poderosas que detém um pomposo recurso financeiro. Por outro lado a parte oprimida é aquela camada da população menos favorecida tanto financeira como intelectualmente.
Diante de uma situação opressora cabe a parte oprimida buscar alternativas para reverter essa situação. Todavia não é fácil libertar-se de um processo de dominação. Geralmente quem domina é infinita vez superior ao dominado. Somente uma união conjunta dos prejudicados pode mudar a situação.
Na obra Memorial do Convento temos um típico exemplo de poder opressor manifestado pelas ações e atitudes do rei D. João. Por toda a narrativa ele submete terrivelmente as pessoas a atender suas vontades para a realização de um capricho pessoal: A construção de um convento de dimensão singular em Mafra.
É notório que o rei possui um poder aquisitivo muito superior ao restante da população portuguesa. Num entanto gasta valores incalculáveis na construção de um convento que nada representa a vontade coletiva, diz respeito apenas a aspiração individual do rei. Sendo orgulhoso, vaidoso e possuindo uma vontade excessivamente dominante, D. João V só consegue arrancar da população dor, sofrimento e insatisfação. Em nada consegue transformar o espaço em que governa tudo o que consegue é escravizar um povo que vive a margem da sociedade. D. João representa a figura de um rei que só viveu para satisfazer o seu ego pessoal.

Referências Bibliográficas
AURÉLIO, Buarque de Holanda. O Minidicionário da Língua Portuguesa. 4ª ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 2008.
ENGELS ? MARX. Sobre literatura e arte. Coleção bases 16. Teoria. 4ª ed. São Paulo: Global editora, 1986
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 32ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
LINHARES FILHO "Uma leitura de Memorial do Convento", In BERRINI, Beatriz (org.). José Saramago: Uma homenagem. São Paulo: Educ, 1999.
LOPES, Oscar. Os sinais e os sentidos: Literatura portuguesa do século XX. Editorial Caminho. 11 Coleção Universitária. Lisboa, 1986.
SARAIVA, José Hermano. História concisa de Portugal. 14ª. ed. Publicações Europa ? América. Coleção saber, 1991.