A Opressão do Sistema Educacional na Relação Docente-Discente
Publicado em 27 de setembro de 2010 por Edvander Prudente de Almeida
O autor defende a tese de que o homem deve compreender a si mesmo e a realidade para além daquilo que está exposto e apresentado através de partes fragmentadas do conhecimento. Visa problematizar e desaprovar a metodologia educacional com caráter mecanicista e adestrador, isto porque ela impossibilita o raciocínio, o pensar crítico e a produção do conhecimento feito pelos alunos. Busca denunciar aspectos relacionados à pedagogia da opressão, refletindo sobre as concepções educacionais. Por este motivo critica e analisa pressupostos do processo de ensino-aprendizagem e da relação professor-aluno na pedagogia do silencio que diz que o professor é dono do conhecimento e o aluno nada sabe. Em sua argumentação lógica, ele critica que o professor é o depositário do conhecimento e os alunos são vasilhas que precisam ser enchidas, são pacientes que recebem prescrições apenas para cumpri-las sem questionar. Mostra que quando a educação adota conteúdos petrificados, mortos e fora da realidade, interpreta a realidade como algo estático, não contribuindo para as transformações e mudanças. A imposição do sistema educacional, político e econômico recai sobre a população estudantil, expressado por uma metodologia alienante, conteúdos estáticos onde o docente é o protagonista da situação, por isso suas aulas são monótonas, os alunos tornam-se robotizados, Nesse sentido, o professor também é refém desta política. Paulo Freire destaca como uma das possibilidades de superação da relação opressora a valorização ou a ênfase à busca incessante da humanização do processo de ensino-aprendizagem. Propõem o diálogo e a democratização da palavra como um dos caminhos para superação e crise, visando o resgate da humanização e do desenvolvimento da consciência crítica, afim de transformar os educandos da condição de meros objetos à sujeitos na construção do conhecimento.. Ressalta a melhoria da qualidade do ensino com o objetivo de construir um melhor alicerce para sustentação do processo de educação para humanização e civilização da população.
Referência: Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 45º Edição, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005.