1. INTRODUÇÃO

Durante anos vivemos regimes absolutistas no Brasil em que o representante do povo era apenas um pessoa, ou membro de um único grupo político, foi assim desde o descobrimento e se repete agora na atualidade onde vivemos uma "pseudo democracia", democracia na qual um grupo político o qual através do plano da reeleição se mantém no poder, utilizando-se da máquina administrativa para se reeleger ou eleger seu sucessor.

Aqui não se pretende estabelecer o certo ou errado, apenas um parâmetro entre os avanços existentes na forma política dos estados, onde apenas a modificação de um nome nos faz acreditar que mudamos o regime ao qual estávamos acostumados, o que houve de concreto foi a mudança da Instituição que se encontra a frente do PODER, antigamente era o poderio militar, através das forças dos Generais e seus exércitos, atualmente são os partidos políticos e as bancadas, seja ela governista ou oposição, vivemos sim sob o jugo do poderio de apenas um homem ou nesta nova conjuntura "mulher".

2. DESENVOLVIMENTO:

Buscando a origem etimológica da palavra, veremos que como muitas outras sua origem vem do Latim, onde era escrita dictatura. Entre a origem da palavra e sua aplicação nos dias atuais, existe uma grande diferença. Na Roma antiga, significava um regime de exceção, extraordinário, situações de crises, assim como ocorre ou pode vir ocorrer nos casos de intervenção em algum Estado ou Município do Brasil, onde é delegado a uma pessoa poderes limitados a situação para conduzir o local para fora da crise, transformados os seus atos em LEI. Porém, seus poderes iam até o limite da Constituição, a qual continuava soberana, sem que pudesse ser revogada ou mudada pelo "ditador". Segundo Olivieri, Antonio Carlos, Da Página 3 ? Pedagogia e Comunicação:

"os poderes dos ditadores não eram ilimitados: o ditador não podia revogar ou mudar a Constituição, declarar guerra, criar novos impostos para os cidadãos romanos, nem exercer o papel de juiz nos casos de direito civil. Finalmente, a ditadura tinha sua duração explicitamente fixada: não podia durar mais de seis meses".

Nos dias atuais, temos a concepção de que só os regimes em que os poderes não permitem a participação popular são os ditatoriais, possuímos uma leda concepção da realidade, pois existe aquela onde o populismo de uma pessoa ou um grupo consegue deter em suas mãos a forma de governar, conduzindo as pessoas de forma cega, sem noção da verdadeira condição de submissos.
A ditadura que conhecemos é imposta pela força, ocasionando a mudança, subversão da ordem política que existia anteriormente, a pseudo democracia ou nova ditadura modifica a forma de governar não pela força, mas pelo medo, pelas esmolas (planos sociais, assistencialismos, carisma), conseguindo assim através de "lavagem cerebral, a manutenção, o domínio político e o controle das demais instituições do ESTADO".

Democracia

A palavra democracia possuí origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo), derivada do sistema de governo desenvolvido na Cidade de Atenas, onde o poder era exercido pelo povo e para o povo, apesar de possuir suas limitações. Atualmente apesar de existir a separação das funções, percebemos que existe uma "ingerência" do Chefe do EXECUTIVO nas demais funções, pois a escolha do Legislativo depende da bancada politica do mesmo, no Judiciario a indicação é dele, ou seja, o povo só exerce a "democracia" em parte na escolha dos chefes do Executivo. Sendo assim, o "Sistema de Pesos e Contra-pesos" que deveria servir para contrar e fortaleçer a democrácia, não deixando que nenhum politico (pessoa ou grupo) detenha todo o poder, se tornando assim um lider absoluto, único.

Despotismo

Despotismo refere-se ao governo monocrático (monos = um só), segundo o pensador francês Montesquieu, idade média, definiu como o governo no qual "um, sozinho, sem leis nem freios, arrasta tudo e todos no sabor de suas vontades e de seus caprichos".
Tirania e autocracia

Tirania é um governo de exceção. Pode ser comparada com à ditadura moderna; em virtude de nascer das crises e da desagregação da democracia ou de algum regime político tradicional. Por não ser um monarca legítimo, e sim chefe de partido político, o qual através da força impõe seu poder sobre todos os outros partidos. É exercido através do poder arbitrário e ilimitado, recorrendo quase sempre às armas.
A autocracia seria o grau Maximo do absolutismo. Uma autocracia é um governo absoluto que detém um poder ilimitado sobre seus súditos.

Autoritarismo

Autoritarismo é um termo usado para designar todos os regimes opostos à democracia. Sendo o seu significado mais restrito a designação de governos fortes que apesar de não constituírem uma verdadeira ditadura devido existir uma pequena mobilização popular e participação político-social.
Devemos diferenciar o autoritarismo do totalitarismo. Pois este é o grau máximo de absolutismo nos regimes ditatoriais na época moderna, onde somos convencidos pelo Estado, o qual controla de forma total a vida dos cidadãos, através de suas propagandas; chegando até convencê-los de que ele existia não para seu próprio benefício, mas para benefício do Estado.

Absolutismo

Termo latino "absolutus" que significa ser, livre, solto, desembaraçado (arbitrário). Como sistema de governo podemos defini-lo como sendo aquele em que possui toda a concentração de PODER nas mãos de uma pessoa ou um colegiado, não necessitando dar satisfação de suas ações a nenhum outro órgão ou Poder, não existe neste tipo de sistema nenhum contrapeso, como no sistema democrático existe.




3. CONCLUSÃO
Entretanto, existem outros termos usados para denominar regimes não-democráticos. Dentre eles, os mais importantes são despotismo, absolutismo, tirania, autocracia e autoritarismo. No vocabulário comum e mesmo no vocabulário político do dia-a-dia, esses termos são freqüentemente usados como sinônimos. Na filosofia política, porém, podem-se estabelecer distinções entre eles.
Consciente dos significados dos regimes, sua aplicação na atual conjuntura brasileira é fácil, tendo em vista que a permanência do atual grupo político por mais de uma década no poder, pois se o atual presidente ficou 08 anos (dois mandados) e elegeu sua sucessora, 04 anos (um mandado), perfazermos um total de 12 anos no poder.

Porém a atual busca pelo poder de forma absoluta, não é feita com guerras, mas sim no campo ideológico, utilizando-se da máquina estatal como massa de manobra, subvertendo a ordem social, munindo-se de programas populistas que dominam e domesticam a população como cordeirinhos, indicando que caminho deve seguir.

O País que deseja ser mesmo democrático, jamais pode aceitar que um governante, o qual detém a posse do estado, possa se candidatar a reeleição exercendo ainda sua função no Estado-membro ou no País; nem poderia declarar apoio a nenhum candidato em especifico, quando isso acontece reeditamos a forma mais simples e clara da corrupção, demonstramos que somos membros de uma sociedade que possui o fracasso como porto de chegada. Hoje pelo menos uma luz brilhou no fim do Túnel, o Senado na Comissão Especial de Reforma Política apoiou o fim da Reeleição, este foi um grande passo dado pelo Brasil.








REFERENCIAS:

Olivieri, Antonio Carlos. Da Página 3 - Pedagogia & Comunicação; Disponível em: http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult1704u40.jhtm ACESSO EM: 18/11/2010,

(A ditadura na Roma antiga e nos dias atuais, Antonio Carlos Olivieri* Da Página 3 - Pedagogia & Comunicação;Antonio Carlos Olivieri é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação, http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult1704u40.jhtm)

http://www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=5699886