Segundo Kant, a estética é criação humana porque os animais estão presos à natureza, o único animal que consegue ir alem da natureza é o homem. Assim, o pensamento de Kant conciliou, ou pelo menos tentou conciliar, o racionalismo com o empirismo. A sua genialidade permitiu atribuir importância tanto para a sensibilidade quanto para o pensamento, ou seja, para conhecer necessitamos da experiência empírica e do pensamento.

Para defender esta postura Kant, estabeleceu uma distinção entre conhecimento puro e empírico. Ou seja, no conhecimento puro existem os juízos analíticos que possuem em seu conceito todo o predicado, e por simples análise pode-se retirá-los da proposição. Por outro lado, os juízos sintéticos não contém em seu conceito o sujeito e o predicado, portanto, recebem-nos devido ao contato com a realidade. Por depender da experiência ele é a posteriori. Dessa forma, o juízo sintético acresce conhecimento, enquanto que o analítico não acresce saber.

Portanto, para Kant existem duas formas distintas de conhecimento, ou seja, o empírico e o puro. Existemjuízos analíticos e juízos sintéticos, e ainda um terceiro tipo de conhecimento, que é fundado no juízo sintético a priori, ou seja, aquele que formula hipóteses.Sobre este a ciência postula todas as suas possibilidades.

Não obstante a isso, Kant determinouque o conhecimento é possível apenas no fenômeno, ou seja, como as coisas se apresentam. Existe um aparato de categorias,no intelecto do sujeito, que permite o conhecimento.Mas esse conhecimento restringe-se ao fenômeno não sendo possível o acessoa coisa em si, ou seja, a essência de cada ser.

Deste modo, Kant conseguiu aliar o empirismo de Locke ao racionalismo de Descartes, ou seja, o conhecimento depende tanto da experiência quanto do pensamento, assim, sensibilidade (Enfindlichkeit) e pensamento (Denken) são indispensáveis para que possamos, segundo Kant conhecer algo.

Dentro da filosofia de Kant, é necessário que algo seja conhecido a priori pela razão para que a ciência seja instaurada. Para isso, ele realiza uma "revolução copernicana", que consiste na idéia de que é o objeto que gira em torno do sujeito e não o contrário, sendo o homem o ponto central no processo de conhecimento.

Tendo compreendido que a razão não se limita ao campo dos objetos sensíveis, mas que é sempre impelida a ultrapassá-lo na busca de algo incondicionado que complete a série das cadeias formais, Kant propõe uma forma de salvar este direito da razão, sem que ela caia em erros ou ilusões absurdas.

Ele pretende que esta característica da razão seja salva, exatamente porque é dessa atividade da razão que se chega aos princípios transcendentais, que oferecem as regras à razão como norte para as operações do intelecto de maneira coerente.

O interesse de Kant é oferecer uma reflexão mais profunda acerca das ações. A sua filosofia critica procura estabelecer os limites da razão teórica porque ela não pode pensar e buscar comprovar empiricamente os seres transcendentais. Assim, cabe a razão teórica fazer ciência a partir do fenômeno. Enquanto que a razão prática pode pensar o transcendente, ou seja, a razão prática deve ser incondicionada já que não se limita a o empírico.

A filosofia critica de Kant visa colocar em seus devidos lugares todos os elementos da razão, limitando-a no campo empírico ao conhecimento do fenômeno e atribuindo-lhe a incondicionalidade no campo da razão prática que independe do empírico.

Esta divisão atribuiu novo caráter a metafísica porquedeixou de lado a busca tradicional da essência pelo mundo empírico, determinado que é possível pensar os seres transcendentais pela razão prática. Este movimento deslocou a metafísica tradicional para a metafísica dos costumes.

As concepções filosóficas tradicionais buscavam explicar o conhecimento humano apenas por uma visão radical, ou seja, por um lado o racionalismo e por outro o empirismo. Kant conciliou o aparato do intelecto dos racionalistas com a necessidade da experiênciados empiristas.

Segundo Kant existe um objetivo comum a seguir, ou seja, um interesse comum de conhecimento seguro. É preciso deixar de lado o simples tatear e obter um conhecimento seguro, baseado na ciência. No entanto, ainda estamos distantes disso, mas para conseguirmos nos aproximar é preciso largar toda e qualquer reflexão vã.

A lógica possuí um caráter limitado, ou seja, se restringe unicamente a organização formal do pensamento. Portanto, " o limite da lógica acha-se determinado de maneira bem precisa, por ser ela uma ciência que expõe circunstancialmente e prova de modo rigoroso unicamente as regras formais de todo o pensamento".[1]( Kant, 2005: p.09)

Por isso, a lógica possuí um sucesso, ou seja, justamente por limitar-se ao fato da formalidade e a validade do conhecimento. Dessa forma, a lógica é apenas uma propedêutica para o conhecimento. Por isso, a razão pura possuí um caminho bem mais árduo a ser percorrido para chegar a um conhecimento seguro.

Neste sentido, o conhecimento da razão pura pode relacionar-se com o objeto de dois modos. O primeiro é o conhecimento teórico e o segundo é conhecimento prático da razão. Assim, a parte pura das duas partes deve ser exposta sozinha.

A matemática e a física constituem os conhecimentos teóricos da razão. A primeira determina o conhecimento de modo inteiramente puro, ou seja, sem contato com a experiência. A Segunda deve obte-lo, pelo menos em parte, da fonte pura, pois utiliza de outras formas para chegar ao saber.

A matemática demorou mais do que a lógica para obter um caminho seguro para o conhecimento. Porque por muito tempo permaneceu num simples tatear por causa do problema da demonstração. Isso ocorreu até que num determinado momento um pensador Grego chamado Tales, achou que não devia indagar o que via na figura, ou no simples conceito, para aprender através disso as suas propriedades, mas que devia produzir o que segundoo conceito pensava e se representava a si próprio a priori. Sendo que para se obter um conhecimento puro e seguro, não se deve acrescer nada ao conceito, ou a coisa.

Por outro lado, a ciência natural se desenvolveu de modo bem mais lento. Somente com Bacon é que a maneira de pensar permitiu um aprimoramento no conhecimento empírico. Consequentemente se introduz a idéia de controle, ou seja, quando o sujeito interroga a experiência já sabe o que quer ouvir. Porque quando da realização de uma experiência a razão deve estar com as questões prontas, ela deve interrogar a experiência sabendo o que quer ouvir. Portanto,

a razão deve ir à natureza tendo em uma das mãos os princípios, segundo os quais fenômenos concordantes entre si podem valer como leis, e na outra a experimentação que imaginou segundo os seus princípios, na verdade para ser instruída por ela, não porém na qualidade de um escolar que se deixa ditar tudo o que o mestre quer, e sim na de um juiz, cujas funções obrigam as testemunhas a responder às questões que se lhes propõe. E assim, até mesmo a física deve a tão vantajosa revolução na sua maneira de pensar apenas à idéia de procurar na natureza o que ela deve aprenderda natureza segundo o que a própria razão coloca nela e que ela não poderia saber por si própria".[2] ( Kant,2005: p. 11)

 

Assim, a ciência da natureza foi levada definitivamente para o caminho do conhecimento seguro. Por outro lado, a metafísica, que consiste na especulação racional puramente isolada, não conseguiu atingir um caminho seguro de uma ciência. Por ser uma especulação sobre conceitos ninguém conseguiu fundar um conhecimento seguro sobre ela. Portanto, sua ação é um mero tatear, e com um agravante sobre simples conceitos.

Qual é o motivo que impede que a metafísica se torne uma ciência segura? Provavelmente devido a abstração de seus conceitos, mas isso pode ser resolvido quandoos objetos forem regulados pelo nosso conhecimento. Porque isso concorda melhor com a possibilidade de um conhecimento a priori, ou seja, o conhecimento deve estabelecer algo sobre os objetos antes que nos seja dado pelos objetos. Assim, do mesmo modo que Copérnico mudou o centro do universo na metafísica deve-se tentar fazer o mesmo no que se refere a intuição dos objetos. Pois,

vislumbro imediatamente uma informação mais fácil, porque a própria experiência é um modo de conhecimento que requer entendimento, cuja regra devo pressupor como a priori em mim ainda antes de objetos me serem dados,e que deve ser expressa por conceitos a priori, pelos quais, portanto, todos os objetos da experiência devem necessariamente regular-se e com eles concordar"[3] (Knat, 2005: p. 13)

 

Assim, só conhecemos a priori das coisas aquilo que nós mesmos colocamos nelas. Porque quando fazemos um conceito colocamos nele aquilo que queremos. Ou seja, não observamos uma coisa empírica para formulá-los.

Por isso, a metafísica pode chegar a atingir um caminho seguro de ciência, porque se ocupa apenas daquilo que lhe é atribuída pelo sujeito do conhecimento. Portanto, a ciência segura se refere ao fenômeno e não a coisa em si. Mesmo que o incondicionado aponte para a coisa em si. Por isso,

 

pode-se após esta transformação da maneira de pensar,esclarecer muito bem a possibilidade de um conhecimento a priori e mais anda, dotar as leis, que servem a priori de fundamento à natureza, considerada como o conjunto dos objetos da experiência, de suas provas satisfatórias, coisas impossíveis segundo a maneira de proceder adotada até agora".[4] ( Kant. 2005: p. 13).

 

Portanto, o incondicionado não deve ser encontrado enquanto coisas que conhecemos, mas sim enquanto coisas que não conhecemos como coisas em si mesmas.

O intuito da crítica da razão pura reside na tentativa de mudar o procedimento tradicional e promover assim uma completa revolução nela, seguindo o exemplo dos geômetras e dos investigadores da natureza. Assim, a razão pura deve mudar a sua potenciancialidade. Por isso é uma crítica sobre si mesma.

pois a razão pura especulativa tem em si a peculiaridade de poder e dever medir oseu próprio poder pelas diversas maneiras de escolher os seus objetos de pensamento, como também de enumerar completamente os vários modos de ela propor-se tarefas e traçar o esboço de um sistema de metafísica".[5]( Kant, 2005: p. 14).

 

Dessa forma, o tesouro legado a posteridade é de duas origens. A primeira é negativa "não ousarmos jamais elevarmos com a razão especulativa acima dos nossos limites da experiência, e esta é, na verdade, a sua primeira utilidade".[6]( Kant, 2005: p.15 )

A segunda, por sua vez, é positiva pois, " quando nos dermos conta de que os princípios, com cujo apoio a razão especulativa ultrapassa os seus limites, na verdade tem como resultado inevitável, se observarmos mais de perto, não uma ampliação, mas uma restrição do uso da razão".[7] ( Kant, 2005: p.15)

Portanto, quando se limita a razão através da crítica salva-se a possibilidade de usa-la de modo prático, ou seja evita-se a possibilidade de ela se eliminar por causa do uso inadequado. Assim, Kant salva o uso da razão pura no campo prático.

Portanto, a metafísica passa doparadigma epistemológico para o paradigma prático. Sendo que na moral existe um desatrelamento da religião. Portanto, o papel da Filosofia consiste em evitar os erros e distanciar da dialética tudo o que for nocivo. Ou seja, o intuito da filosofia é proporcionar uma investigação que resulte em um conhecimento seguro.

Já as ciências naturais são responsáveis pela investigação do fenômeno, ou seja, como as coisas se apresentam, para obter uma determinada lei. Resultante do conhecimento sobre fenômeno.

Por isso, o papel da filosofia não é mais a clássica distinção entre abstração e prática. Ela passou a investigar o fenômeno e não mais a essência dos seres.Portanto, no campo epistemológico cabe investigar o fenômeno ou as leis de funcionamento da experiência, sendo que esta última também é tarefa da ciência.

Por isso, é preciso retirar todos os pré conceitos e ilusões acerca da razão pura, tudo para que se evite o falseamento das teorias e doutrinas. Porque

por meio desta somente podem ser cortados pela raizo materialismo, o fatalismo, o ateísmo, a incredulidade dos livres pensadores, o fanatismo e a superstição, que podem tornar-se prejudiciais em geral, e por fim também o idealismo e o ceticismo".[8] ( Kant, 2005: p.19)

 

Por tudo isso, a crítica se opõe ao dogmatismo e não ao conhecimento seguro proveniente da ciência. Ou seja, iludir-se a crer que se pode atingir um conhecimento verdadeiro no campo puro, sem se indagar sobre a procedência dos conceitos usados. Portanto, " dogmatismo é o procedimento dogmático da razão sem uma crítica precedente do seu próprio poder".[9] ( Kant, 2005: p.19)

Assim, estabeleceu que cada indivíduo possuí as condições necessárias para o conhecer. Ou seja, têm em si as condições de tempo, espaço e categorias. Portanto, quando o indivíduo ao entrar em contato com a fonte do conhecimento que é externa, possuí um aparato a priori que permite conhecer.

Assim o sujeito possui um aparato prévio para conhecer, partindo da realidade empírica forma-se o fenômeno, ou seja, a sensação e o pensamento não permitem que conheçamos as coisas em si, mas permite que conheçamos o fenômeno. Por isso que organiza os dados é o intelecto do sujeito. ( Kant, 2005: p.20.)

Segundo Kant, a primeira idéia ou incondicionado da razão é a alma. A psicologia visaria então a encontrar aquele principio incondicionado, metempírico e transcendente, um Sujeito absoluto do qual derivariam todos os fenômenos psíquicos internos. Mas a "ilusão transcendental" em que cai a razão, ou seja, os "erros transcendentais" que ela comete tentando construir tal pretensa ciência, constituem "paralogismos" ou "silogismos defeituosos".

Na psicologia racional, esse paralogismo consiste no fato de que se parte do "Eu penso" e da "Autoconsciência", ou seja, da unidade sintética da percepção, transformando-se em unidade ontológica substancial. Mas é evidente que a substancia, que é uma categoria, pode se aplicar aos dados da intuição, mas não ao Eu penso, que é pura atividade formal, da qual dependem as próprias categorias.

Essa atividade formal nada mais é do que atividade do pensamento, por cujo meio não é dado nenhum objeto e à qual, por isso, não se pode aplicar a categoria de substancia, como aquela que supõe sempre dada intuição; porem, esse sujeito não pode absolutamente ser concreto.

O sujeito das categorias, pelo fato de as pensar, não pode alcançar um conceito de si mesmo como objeto das categorias, porque, para pensá-las, deve pôr como fundamento a sua autoconsciência pura, que, no entanto, deveria ser explicada. Em suma, nos temos consciência de nos mesmos como seres pensantes, mas não conhecemos o substrato numênico do nosso eu.

Nós nos conhecemos somente como fenômenos, espacialmente e temporalmente determinados segundo as categorias, mas se nos escapa aquele "substrato ontológico" que constitui cada um de nós (a alma, ou seja, o eu metafísico). E quando queremos ultrapassar esses limites, caímos necessariamente naqueles erros ou paralogismos que descrevemos.

A Segunda idéia da razão é a do "mundo", entendido não só como conjunto de fenômenos regulados por leis, mas como totalidade ontológica vista em suas causas numênicas ultimas, ou seja, como um "todo metafísico".

Ora as ilusões transcendentais em que cai a razão a esse respeito e os erros estruturais que comete quando quer passar da consideração fenomênica do mundo à consideração numênica e descobrir a unidade incondicionada de todos os fenômenos dão lugar uma série de "antinomias" cujas "teses" e "antíteses" se anulam reciprocamente. E, no entanto, tanto uma como a outra são defensáveis ao nível da pura razão e, ademais, nenhuma nem a outra podem ser confirmadas ou desmentidas pela experiência.

O termo "antinomia", literalmente, significa "conflito de leis". Kant o usa no sentido de "contradição estrutural" e, como tal, insolúvel. Essa antinomias são estruturais e insolúveis, porque, quando a razão ultrapassa os limites da experiência, não pode deixar de pender e oscilar de um oposto a outro. Fora da experiência, os conceitos trabalham no vazio.

A antinomia da razão pura em suas idéias cosmológicas é superada demonstrando que ela é meramente dialética, constituindo o conflito de uma aparência que nasce de se aplicar a idéia da totalidade absoluta, que só tem valor como condição das coisas em si, aos fenômenos, que, ao contrario, só existem na representação e, se constituem uma série, existem somente no regresso sucessivo, não de outra forma.

A terceira idéia da razão é Deus (a idéia de um incondicionado supremo, de um absolutamente incondicionado e condição de todas as coisas). Neste caso, diz Kant, mais do que de uma idéia, trata-se de um "Ideal", aliás, o Ideal por excelência da razão.

Mas segundo o próprio Kant, "ele é também o único ideal verdadeiro de que a razão humana é capaz, já que somente nele é conhecido um conceito em si mesmo universal de uma coisa, completamente determinado por si mesmo e como representação de um indivíduo". Deus é "ideal" porque é modelo de todas as coisas, que, na realidade de copias, ficam infinitamente distantes dele, como aquilo que é derivado fica longe daquilo que é originário: Deus é o ser do qual dependem todos os seres, é a perfeição absoluta.

Mas essa Idéia ou Ideal que formamos com a razão nos deixa na total ignorância sobre a existência de um ser de tão excepcional proeminência. Daí as provas ou caminhos para provar a existência de Deus que a metafísica elaborou desde a antigüidade. Segundo Kant, esses caminhos são apenas três; 1) A prova ontológica a priori, que parte do puro conceito de Deus como absoluta perfeição para deduzir a sua existência; 2) A prova cosmológica, que parte da experiência e infere Deus como causa; 3) A prova físico-teológica, que partindo da variedade, da ordem, da finalidade e da beleza do mundo, remonta a Deus, considerado como Ser último e supremo, acima de toda possível perfeição e considerado como causa.

Entretanto nenhuma destas possíveis provas da existência de Deus são assimiladas por Kant, e ele demonstrará a insuficiência de cada uma delas. Segundo Kant, a prova ontológica cai no erro de trocar o predicado lógico pelo real. Não se pode extrair a existência real de tal conceito ou Idéia, porque a proposição que afirma a existencia de uma coisa não é analítica, mas sintética.

Na prova cosmológica, Kant encontra um verdadeiro viveiro de erros, erros em que se incorre necessariamente, quando se toma esse caminho. Destaquemos os dois principais: Primeiro, o principio que leva a inferir do contingente uma sua causa só tem significado no mundo sensível, mas fora dele não tem nenhum sentido, porque o principio de causa-efeito em que se baseia a experiência só pode dar lugar a uma proposição sintética no âmbito da experiência (a inferência de uma coisa não contingente representa portanto uma aplicação da categoria fora do seu correto âmbito).

Segundo, a prova cosmológica, propõe o argumento ontológico camuflado: com efeito, uma vez que se chega ao Ser necessário como condição do contingente, fica por provar precisamente aquilo de que se tratava, ou seja, a sua existência real.

O mesmo raciocino vale para a prova físico-teológica, dado que ela poderia quando muito demonstrar um arquiteto do mundo, que seria muito limitado pela capacidade da matéria por ele elaborada, mas não um criador do mundo, a cuja idéia tudo se submete. Ademais, essa prova nos remete para a prova cosmológica, que por seu turno, nada mais é do que uma prova ontológica mascarada.

Dado isso, as conclusões são as seguintes: é impossível uma metafísica como ciência, porque a síntese a priori metafísica suporia um intelecto intuitivo, isto é, diferente do intelecto humano. A dialética mostra o erros e as ilusões em que a razão quando pretende fazer metafísica.

Referencias Bibliográficas

 

KANT, I. Crítica da Razão Pura: Dialética Transcendental. Trad. Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 2º edição. Lisboa: Gráfica de Coimbra, 1989.

KANT, I.Crítica daRazão Pura. Trad. ROHDEN, MOOSBURGER. Os Pensadores. São Paulo.Nova Cultural. 2005. 511 p

HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. Trad. CUTER,J. V. G. 2a edição. São Paulo. Martins Fontes. 2003. 177 p.



[1] KANT, I. A Critica da Razão Pura. p. 09.

[2] Idem. p.11.

[3] Idem. p.13.

[4] Idem. p.13.

[5] Idem. p.14.

[6] Idem. p.15.

[7] Idem. p.15.

[8] Idem. p.19.

[9] Idem. p. 19.