1 Introdução

Este trabalho versa sobre a utilização da mediação como método de resolução de conflitos e como um instrumento para realização da fraternidade como categoria jurídica e como método preventivo à violência.
De modo que, com este texto, o que se propõe é fazer uma narrativa da experiência do uso da mediação como instrumento na busca da paz, inclusive, como laboratório de desenvolvimento de trabalhos para a elaboração de estudos que proponham uma modalidade de resiliência 3 , onde os excluídos, em geral, possam mudar sua visão de mundo e, também, como meio de prevenir a violência 4 , instigando os sentimentos do amor e da fraternidade.
Este trabalho teve muitos pontos em comum com a proposta waratiana que fala da mediação como uma terapia do amor (WARAT, 2004, p. 67-109), notadamente a parte lúdica.
Assim, por entender que a mediação possa ser utilizada como um instrumento da fraternidade auxiliando na prática preventiva à violência buscou-se a elaboração de um estudo que vise à reestruturação das relações conflitivas, com lastro em atividades que possam ser desenvolvidas através da mediação comunitária.
Trabalhou-se a partir da busca da solução do conflito, visando a prevenção a má administração dos conflitos futuros; de modo que, a inclusão e a pacificação sociais, podem ser apontadas como objetivos do modelo de mediação comunitária popular.
De um modo geral, o procedimento de mediação configura-se como informal, breve, sigiloso e cooperativo, no qual o conflito é descaracterizado como algo eminentemente negativo, viabilizando a retomada de uma relação pacífica e de cooperação entre as partes.
Dessa forma, tem-se com a mediação um mecanismo mais eficaz para a resolução de controvérsias, uma vez que o mediador incentiva as partes a adotarem uma postura solidária, conseguindo, em muitos casos, que a relação equilibrada surgida no movimento de mediação perdure, evitando a má administração de conflitos futuros, pois, o respeito e a dignidade, nesses casos, via de regra, são resgatados.