A MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS Maria Terezinha Rosa Apendino Eloana Conceição Cucolo Da Matta Emanuelle Evellinn dos Passos Aniceto 1. RESUMO Antes mesmo das crianças chegarem a escolas, elas já possuem um conhecimento matemático que muitas vezes não é aproveitado e passa despercebidos pelos professores das séries iniciais, pois a crianças já compreende algumas noções básicas da matemática como: grande e pequeno, maior e menor, grosso e fino, curto e comprido, largo e estreito, perto e longe, leve e pesado, vazio e cheio entre outras. Muitos também dominam os algarismos e expressam suam quantidades. Quando a criança freqüentou a educação infantil, ela também desenvolveu essas noções, sendo trabalhado principalmente em forma de brincadeiras, realizando atividades com ações concretas implicando seu corpo, usando jogos, materiais concretos, a oralidade e muitas vezes a escrita, possibilitando um desenvolvimento matemático prazeroso sem nem mesmo saber que essas noções estão diretamente ligadas a alguns conhecimentos físicos- matemáticos como: tamanho, distância, capacidade, tempo, lugar, posição,medidas, formas, quantidade, número, direção, volume, comprimento e massa. Por isso, é importante que o professor compreenda os conceitos e realize com os alunos atividades variadas que envolvam esses conceitos e ainda que utilize os processos mentais básicos para a aprendizagem da matemática, contudo é necessário que o professor promova atividades variadas, de modo concreto com a ação dos alunos sobre situações reais, pois ao interagirem com materiais e com outras pessoas, elaboram novos conhecimentos. Este trabalho vem discutir sobre a importância do trabalho lúdico e de atividades relacionadas com o cotidiano do aluno para uma melhor compreensão matemática. PALAVRAS CHAVE: aprendizado matemático nas séries iniciais, a matemática do dia a dia. 1 – INTRODUÇÃO A construção do conhecimento pode ocorrer a partir da realização de atividades lúdicas, principalmente quando pensamos em atividades para a educação infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental, pois nessa fase os alunos gostam de brincar e jogar. Essas atividades devem envolver as crianças com ações concretas que impliquem seu corpo, que usem a oralidade, a representação, exploram o espaço, conhecem as formas, as quantidades e as medidas e até a escrita para expressarem suas compreensões e aprenderem com prazer. Trabalhar com os conceitos matemáticos e com os diferentes processos mentais básicos para a aprendizagem de matemática requer que o professor proponha aos alunos atividades variadas como materiais manipuláveis e jogos são importantes para o envolvimento e a ação dos alunos, desse modo eles ao interagirem com os materiais e com as outras pessoas, elaboram novos conceitos e conhecimentos sobre contagem, formas, e outros. “O jogo pedagogicamente planejado, enquanto uma das formas culturais de a criança se relacionar com o meio onde vive, pode significar desafio e desenvolver estratégias para resolver problemas muitas vezes transcendentes ao próprio jogo. É um meio interativo no qual as crianças aprendem umas com as outras. Frequentemente, o jogo solicita a imaginação da criança, que atribui aos objetos do cotidiano significados novos conforme seu objetivo. Assim, um cabo de vassoura pode representar um cavalo; a mão, uma unidade de medida ;um pedaço de barbante , um comprimento; uma fileira de lajotas, a distancia entre dois pontos; e assim por diante.”( Lorenzato, 2006. p58) Assim, utilizando a curiosidade e a imaginação das crianças, pode-se brincar, jogar, criar e com isso aprender, porem muitos educadores ignoram que os alunos nessa fase, ainda necessitam de representações pictóricas e que é preciso realizar uma passagem de uma forma de registro para outra, mas esse é um processo. È preciso ler, escrever e resolver problemas, mas sem exigir muito rigor, ou corre o risco de impedir que os alunos compreendam as noções matemáticas em função da dificuldade no uso da linguagem escrita e formal. 2. A MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS Do primeiro ao quinto ano, o ensino da matemática ganha mais reforço na escrita, mas ainda é importante continuar atividades com jogos e brincadeiras, que permitam interagir com os materiais utilizados e com as pessoas para que vivenciem situações práticas e contextualizadas, também é importante utilizar a oralidade, o desenho e a escrita para manifestar suas compreensões, para realizar registros e operar também sobre elas. Muitas vezes as crianças sabem realizar operações de adição, por exemplo, mas não sabem fazer o registro do calculo armado, com parcela embaixo de parcela, de tal forma que fique alinhada unidade embaixo de unidade, dezena embaixo de dezena, e assim por diante. O professor não pode ignorar o que a criança já sabe para, a partir daí, encaminhar novas aprendizagens. “A partir das operações concretas a criança torna-se capaz de construir a noção de número, abrindo o horizonte para as operações matemáticas.” (FRANCO, 1991, p. 28). As atividades para esse nível de ensino ainda podem e devem continuar a ter características lúdicas, que possibilitem aprendizagens prazerosas. O que ocorre é que os jogos e brincadeiras podem incluir a escrita de modo mais sistemático. “a criança precisa apoiar-se em objetos, devido à sua fase de desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido é que os materiais concretos e os jogos mostram-se instrumento de ajuda para a criança construir procedimentos e desenvolver a capacidade de pensar matematicamente, com lógica.” (Kamii , 1991, p.72) O uso do jogo como metodologia, como uma forma de fazer matemática em sala de aula, vem sendo valorizada porque é uma possibilidade de trazer o lúdico para a sala de aula, mas os professores devem ter em mente o que os alunos podem aprender a partir dessas situações, esperar um uso mais consciente e não os considere apenas um passatempo ou um método para deixar as aulas mais interessantes e até mesmo para ocupar as crianças, Isabel Cristina Machado de Lara afirma que: “O uso de jogos deve ser concebido como uma atividade que pretende auxiliar o aluno a pensar com clareza, desenvolvendo sua criatividade e seu raciocínio lógico”( Lara, 2003, p.35) Alem disso os jogos possui uma característica lúdica de ensino em que faz com que a matemática não continue sendo estudada apenas por processos de repetição, treinamento e memorização, ele apresenta situações para quais os alunos sentem a necessidade de novos conhecimentos, permite ao aluno utilizar diversas vezes o conhecimento matemático, fazem uso da resolução de problemas e exigem que os alunos criem estratégias de ação para realizar as melhores jogadas, sem contar que atualmente a tecnologia esta nas mãos das crianças e incentivar a pratica de jogos permitira um melhor gosto e aproveitamento de jogos matemáticos online, pois hoje alem dos livros a internet é uma fonte muito rica em materiais que podem auxiliar os professores a produzirem jogos e brinquedos para melhor a aprendizagem da matemática. 3- CONSIDERAÇÕES FINAIS Os jogos, brincadeiras e divertimentos matemáticos são algumas formas de fazer matemática em sala de aula com características lúdicas. O professor deve fazer uso das atividades diversificadas que sejam interessantes para os alunos não apenas como entretenimento e passatempo, mas como situações de aprendizagem. As atividades devem ser estimuladas para o desenvolvimento de noções matemáticas e de habilidades na resolução de problemas, não é necessário que os alunos identifiquem atividades matemáticas nos jogos, mas o que é significativo é o conhecimento matemático que esta sendo construído por elas e as habilidades que estão sendo desenvolvidas como as estratégias de resolver um problema, o raciocínio lógico, a possibilidade de repetição ao utilizar diversas vezes um mesmo conhecimento matemático sem que seja decorado, apresentar o conhecimento matemático juntamente com outras ciências, alem de desenvolver o pensamento para pensar em diferentes jogadas e escolher a melhor delas para executar. Com o desenvolvimento dessas habilidades é que teremos alunos estimulados, criativos e interessados em resolver os desafios que são apresentados nas atividades matemáticas, e acima de tudo seguros de suas resoluções. BIBLIOGRAFIA KAMII, Constance. A criança e o número. 1.ed. São Paulo: Papirus, 1991. LORENZATO, Sérgio. Educação infantil e percepção matemática. Campinas: Autores associados, 2008. (Coleção Formação de Professores) FRANCO, Sérgio R.K. O construtivismo e a educação. 1.ed. Porto Velho: GAP, 1991. LARA, Isabel C.M. de. Jogando com a Matemática. 1.ed. Porto Alegre: Respel, 2003.