A MAIOR LUTA DO CRISTÃO

                             Efésios 6:10-12

Introdução

Estamos vivendo momentos difíceis e dias terríveis na face da terra, haja vista tamanha violência social e muitas calamidades publicas diversas, ocorrendo em toda a parte do universo. Entretanto, estes acontecimentos já haviam sido preditos por Jesus Cristo que viriam a acontecer; inclusive, Ele disse que eles seriam os sinais que caracterizariam a proximidade dos últimos dias. O Livro de Mateus registra alguns desses sinais que apontarão para a proximidade do fim dos tempos.

Mateus 24:6-8. E ouvireis rumores de guerras; olhai, não vos assustei, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores.

Não obstante, a Palavra de Deus nos assegura que a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra as potestades dos céus, nas regiões celestiais. Portanto, haverá uma enorme batalha que será travada no campo celestial. (Efésios 6:12)

Diante desta verdade predita e assegurada por Cristo, conforme apresentada nas Escrituras Sagradas, precisamos preparar nossos equipamentos e armas necessárias, para podermos participar desta grande batalha e sairmos vencedores.

Desenvolvimento

O Livro de Efésios, em seu capítulo 6, de forma especial, nos apresentam entre os versículos 10 ao 17, os equipamentos que comporão a Armadura de Deus e que estão à disposição de todo Cristão, para enfrentar esta grande batalha. Ele destaca nesses versículos quais seriam estas armas; a saber: vestir-se com a couraça da justiça (14); calçar os pés na preparação do evangelho de paz (15); tomar o escudo da fé (16); colocar o capacete da salvação e empunhar a espada do Espírito (17), que é a Palavra de Deus.

Charles Haddon Spurgeon escreveu um livro intitulado “A Nossa Maior Luta”, destacando em seu conteúdo, três armas essenciais que não podem faltar aos equipamentos de guerra de todo e qualquer Cristão; são eles: O nosso Arsenal; o nosso Exército e a nossa Força. Vale frisar que essas armas são imprescindíveis e indispensáveis, para que se possa vencer esta grande luta.

O Nosso Arsenal:

O arsenal do Cristão, conforme apresentado nesse livro por Spurgeon, resume-se exclusivamente na obtenção do conhecimento da Sagrada Escritura. Ela é comparada com a Torre de Davi, edificada e preparada como uma arma imbatível: “mil escudos pendem dela, sendo a defesa dos homens poderosos”. (Cantares 4:4)

As cidades antigas precisavam de muralhas fortificadas para defender-se dos ataques inimigos. Nessas muralhas erguiam-se torres de vigílias, onde as sentinelas vigiavam noite e dia. Somente em uma cidade bem fortificada o povo poderia se sentir seguro.

Na verdade irmãos, nós todos Cristãos, temos que edificar uma torre forte de vigília em nossos muros (nosso corpo, nossa vida) para nos sentirmos seguros diante de qualquer batalha ou adversidade, e ela se chama a Palavra de Deus.

João 8.32 " E Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos Libertará."

 ... Conhecer a verdade: para conhecermos a verdade precisamos lutar como soldados. O nosso Exército.

 ... A verdade ou na verdade: temos o nosso Arsenal.

 ... Libertará ou liberdade: a nossa força. Porque? Onde o Espirito de Deus está, aí há liberdade (2 Corintios 3.17)

Muitas pessoas não sabem o que estão procurando durante o transcorrer de suas vidas aqui na terra, nem sequer estão preocupadas em buscar a verdade. Essa verdade só existe em Cristo Jesus e em sua Palavra. Nós, Cristãos, devemos atracar nosso navio no grande porto seguro que é a Palavra de Deus. Nela encontramos Paz, Força, Esperança, Estímulo, Conhecimento, Liberdade e Felicidade.

O Livro de Mateus, em seu capítulo 4:4, assegura taxativamente que: “O homem viverá de toda a Palavra de Deus”. Enquanto que o Livro de Provérbios 30:5, registra afirmação similar que: “Toda a Palavra de Deus é pura, e Deus é escudo para os que nele confiam”.  A Palavra de Deus é um dos componentes poderosos do nosso Arsenal, ela não se dobra, nem se parte ou se torna áspera na luta, mesmo podendo despedaçar o nosso inimigo da cabeça aos pés:

Sendo assim, temos que “Estar decididos a pregar única e exclusivamente a Palavra de Deus”. Somos diferentes uns dos outros, mas não podemos nos diferir muito, se formos honestos, retos e tementes a Deus.

O Nosso Exército:

Neste ponto, Spurgeon escreve em seu livro, fazendo uma referência ao Exército de Cristo, isto é, a Sua Igreja Visível. Se uma igreja deseja ser o que deveria ser, tendo em vista os propósitos de Deus, deve ser treinada na santa arte da oração. É preciso incutir na mente dos membros da Igreja de Cristo, que precisamos ser companheiros uns dos outros. Como também, precisamos da cooperação de todos os irmãos para sairmos e ganharmos almas para Cristo.

O que será de nossas igrejas nestes dias diante de tanto ceticismo, em que qualquer verdade estabelecida é apontada com o dedo da dúvida. E se o nosso povo não tiver as verdades do Evangelho escritas nas Tábuas de seus Corações?

Necessitamos de uma igreja missionária, que saia em busca de um povo para Deus, vindo de todas as partes do mundo: “Se uma igreja não é interessada na salvação de almas, ela pode ser tudo, menos uma igreja”.

Nossas igrejas, irmãos, devem ser iguais a “destacamentos de soldados do Rei”, prontos para  a execução do serviço militar num país estrangeiro. “No entanto, nossa missão não é a de apenas proteger e defender o Castelo, mas também de conquistar novos territórios para o domínio do nosso Senhor”.

“A igreja eleita é salva para que possa promover salvação, é limpa para que possa promover limpeza, é abençoada para abençoar”. Nós não somos enviados para sermos servidos, mas para servir.

Não podemos esperar por igrejas santas, se não formos também santos. Nós que devemos ser os exemplos: “O rebanho espera que, pelo menos, sejamos os mais abnegados, os mais trabalhadores e os mais zelosos na Igreja e em tudo o mais”.

A Nossa Força:

Temos que partir do principio de que pregamos a Palavra de Deus e de que pertencemos a uma igreja que se amolda as Ordenanças Cristãs. Sendo assim, de onde vem a nossa força? Ela somente poderá vir do Espírito de Deus e, também, acreditamos no Espírito Santo e em nossa total e absoluta dependência d’Ele.

Você tem o hábito de procurar a explicação dos textos bíblicos através da direção do Espírito Santo?  Nós não seremos conhecedores da verdade, somente ao passarmos a ler os sermões de Moody, os comentários bíblicos de John Pyper ou qualquer outra obra literária da nossa própria fé.

Nós nunca conheceremos a verdade, enquanto não formos ensinados pelo Espírito Santo, que fala mais ao coração do que aos nossos ouvidos. “Não poderemos ter êxito em nossas petições, a menos que o Espírito Santo nos assista em nossas fraquezas, porquanto a verdadeira oração consiste em orar em Espírito”.

Quando o Espírito de Deus não está presente, até a própria verdade se torna num grande bloco de gelo. Quando o Espírito Santo se ausenta, desaparecem toda a energia e entusiasmo. Afinal, qual é a ação do Espírito Santo? É Ele quem vivifica, convence, ilumina, purifica, guia, instrui, guarda, consola, confirma, aperfeiçoa e usa.

Não se esqueça de que o Espírito Santo tem os seus caminhos e métodos próprios e que há coisas que Ele nunca fará. “Se fizermos algum acordo envolvendo faltas ou pecado, isso será por sua própria conta. Se faltarmos com a verdade ou santidade e se formos amigos do mundo ou se formos amantes da carne, então não teremos promessa alguma de que o Espírito Santo irá conosco”.

Os cristãos devem se comportar de forma totalmente contrária a isso, ou seja, “Retirai-vos do  meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras, e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”. (2 Co 6:17-18)

Lembre-se que o Espírito Santo nunca colocará o seu selo onde entra a falsidade. Nunca!  Se o que pregarem não for a verdade, Deus não estará ali. O Espírito Santo nunca passa cheques sem fundo. Se nós não anunciarmos uma doutrina clara, com uma linguagem simples, o Espírito Santo não colocará a sua assinatura em nossas pregações vazias.

Considerem também isto: o Espírito Santo nunca poderá aprovar o pecado: “Apresentai-os limpos, os que trazeis os vasos do Senhor“. Temos a obrigação de ocupar bastante nosso tempo em meditação e de nos consagrarmos totalmente à Palavra de Deus e à Oração.

O Espírito Santo não abençoará com o propósito de apoiar o orgulho de alguém. Ele não tem prazer algum nas pregações de homens orgulhosos, as quais são cheias de vento. O Espírito de Deus não pode habitar em águas revoltas e também não fará morada onde houver contendas e conflitos.

Tenham sempre em mente que o Espírito Santo só abençoará quando estiver de acordo com o seu propósito. Sabe qual é o seu propósito? Glorificar o nome do Senhor (João 16:14).

Portanto, amados irmãos, se não exaltarmos o Senhor Jesus Cristo glorificado, se não O colocarmos na mais alta esfera da consideração dos homens, se não fizermos tudo para que Ele seja visto como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, certamente não teremos o Espírito Santo conosco.

Assim, irmãos, se o nosso único desígnio não for o de glorificar a Deus (e a Jesus Cristo), estaremos trabalhando sozinhos e em vão.

Conclusão

É sabido por todos nós que os nossos dias são maus e a Maior Luta do Cristão é contra um adversário infernal, inclusive, “(...) que todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19). Assim, satanás é o deus deste mundo e o seu poder controla o presente século mau.

Se não estivermos vestidos e revestidos com as Armas Celestiais, seremos presas fáceis para ser tragados pelas suas hostes demoníacas. Ele detém o poder de cegar o entendimento dos incrédulos, para que a luz do Evangelho da Glória de Cristo, não venha a resplandecer e impeça o reluzir da imagem de Deus em nós (2 Coríntios 4:4).

                         EDUARDO VERONESE DA SILVA

Membro da Assembleia de Deus – Ministério IX Marcas