As ações verdadeiramente capazes de gerar mudanças sempre serão tachadas como loucura ou vistas com indiferença. Afinal de contas, as grandes idéias sempre fulgirão da lógica puramente humanista. A lógica humana é falha, portanto, jamais reconhecerá como verdadeira algo que se volte contra os seus preceitos e conceitos pré-estabelecidos. Conceitos que, digasse de antemão, sempre conduziram o homem ao mais profundo do poço da intolerância.
Se decidirmos caminhar na contra-mão da lógica e nos aderirmos à essas ações transformadoras, proporcionaremos ao mundo a oportunidade de enxergar o fator gerador dos problemas que até então vivenciamos, pois o homem encontra-se psicoadaptado aos velhos problemas e, por isso, não consegue gerar novas soluções. Talvez seja essa a causa de insistirmos tanto em continuar cometendo os erros do passado, pois nos esquecemos de um importante fundamento: "os sábios aprendem com seus erros, os inteligentes aprendem com os erros dos outros". É aí que se encontra tanto a causa quanto a justificativa mais plausíveis sobre a importância de estudarmos o passado, ou seja, não incorrer nos seus mesmos erros. É claro que essa difícil decisão(aderir-se à lógica humanista ou à ação transformadora) nos custará um alto preço, já que o sujeito atrairá para si uma impugnação por parte daqueles que se opoem à sua idéia. Se optar pela ação transformadora correrá o risco de ser rejeitado pela maioria, entretanto, se optar pela lógica humanista continuará a incidir nos erros do passado. É aí que mora um dos maiores dilemas da raça humana.
( Rafael Sales Costa) 05/08/11