A jornada dos direitos trabalhistas

Em primeiro de maio de 1886, eu estava a caminho da fábrica, em Chicago, Estados Unidos. Vi uma multidão reunida na rua. Eles estavam com faixas, cartazes e gritavam: “Direitos dos trabalhadores já!”. Eles queriam a redução das horas diárias de trabalho de 13 para 8 horas. Alguns minutos depois, policiais atacavam os manifestantes: com armas, bombas. Várias pessoas morreram, mas o esforço e dedicação dos manifestantes, fizeram com que o governo aceitasse o apelo da redução das horas diárias de trabalho. As pessoas não morreram em vão, pois graças a eles, os trabalhadores ficaram mais tempo com sua família.

            Mudei para Paris, fui trabalhar na filial da fábrica de Chicago. Em uma manhã, no dia 20 de junho de 1889, sentei no sofá e peguei meu jornal diário. Na capa, estava uma notícia muito boa: “A Segunda Internacional Socialista, criou o dia Mundial do Trabalho com data em 1 de maio, em homenagem aos trabalhadores mortos na manifestação em Chicago, EUA”.

             Depois de um ano, me casei, tive 2 filhos, e aproveitei das horas que passei com minha família. Trabalhei vários anos e, enfim, me aposentei. Comprei uma casa de praia e em 1924 mudei para o Brasil. Fiquei sabendo que no Brasil o dia do Trabalho não era feriado.

            No ano de 1925, porém, o presidente Arthur Bernades assinou o decreto que oficializou o dia do Trabalho no dia 1 de maio. E assim, termina a jornada dos direitos trabalhistas, pelo menos, o primeiro capítulo e a continuação dura eternamente.