Vivemos em uma sociedade onde as posses materiais ainda são muito valorizadas. Infelizmente, em muitos ambientes, a qualidade do tratamento dispensado às pessoas é proporcional ao que elas tem ou aparentam ter. Exemplos cotidianos não faltam, onde nos deparamos com essa cruel realidade.

Em uma das sessões da Sociedade Espírita de Paris, São Luís realizou, por meio da psicografia, uma dissertação sobre a inveja. Nesta dissertação, que está reproduzida em sua íntegra na "Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos" de julho de 1.858, São Luís nos ensina, entre outras coisas, que:

"...a inveja é uma das mais feias e mais tristes misérias de vosso globo."

"Fazei vossa felicidade e vosso verdadeiro tesouro na Terra em obras de caridade e de submissão, as únicas que vos permitirão ser admitidos no seio de Deus."

Finaliza, São Luís, essa comunicação dizendo:

"....a caridade e a constante emissão da fé farão desaparecer todos os males, que se irão um a um, à medida que se multiplicarem os homens de boa vontade que a vós seguirão."

Infelizmente, apesar desta comunicação ter sido dado em 1858, me parece que a nossa sociedade atual ainda está muito longe desse estágio....

Importante entender que esses sentimentos inferiores, se não forem devidamente aniquilados em nós, pelos nossos próprios esforços, nos acompanharão "além-túmulo". Muito interessante, a título de reflexão e aprendizagem, a comunicação dada por um espírito sofredor, relatada em sua íntegra na Revista Espírita de 1.860, onde esse pobre irmão, em resposta ao questionamento das razões que o levariam a "fazer o mal" a um casal, manifesta o seu sentimento de inveja.

Kardec tece então uma observação onde, entre outras coisas diz: "É a inveja que cega e muitas vezes impele a atos mais contrários aos seus interesses. O mesmo ocorre aqui na Terra, onde muitas vezes os maiores erros de um homem, aos olhos de certas pessoas, têm o seu mérito."

Vamos refletir sobre o tema...