Introdução A disfunção da articulação temporomandibular (DTM) possui causa multifatorial e, portanto, sofre influência de vários fatores, principalmente do sistema estomatognático, de modo que qualquer alteração nesse sistema pode desencadear alterações posturais ou vice-versa. Objetivo O presente trabalho tem como objetivo analisar a influência da intervenção da terapia manual em deficientes visuais com DTM. Metodologia O trabalho realizado foi do tipo quantitativo, descritivo e baseou-se no estudo de casos experimentais, onde foram tratados 4 deficientes visuais com diagnóstico prévio de DTM  e maiores de 18 anos. A coleta de dados compreendeu o preenchimento da ficha de avaliação no que se refere à inspeção, ausculta da articulação, palpação tanto da articulação quanto dos músculos envolvidos e exame dos movimentos mandibulares. A severidade da DTM foi verificada de acordo com o Índice de Helkimo e o Índice de Limitação Funcional Mandibular. A intervenção foi realizada com massoterapia, técnica de liberação posicional, técnica de energia muscular e pompage nos músculos envolvidos com a ATM. Resultados Os resultados do Índice de Helkimo antes do tratamento, mostraram que 2 deficientes visuais apresentaram disfunção moderada e outros 2 indivíduos apresentaram disfunção severa. Após o tratamento todos os sujeitos apresentaram disfunção severa. Quanto ao Índice de Limitação Funcional Mandibular, 2 participantes tiveram grau de severidade baixo, enquanto que 2 tiveram grau de severidade moderado no início do tratamento, e no final todos eles apresentaram uma severidade baixa. Por fim, em relação aos sinais e sintomas, foi observado redução na frequência e intensidade das cefaléias, bem como a frequência da tensão/estresse sentidos pelos pacientes. Conclusão Os deficientes visuais tratados apresentaram um pequeno grau de acometimento funcional, e no pós-tratamento estes valores ainda foram reduzidos, o que indica que a DTM não comprometeu as atividades do dia-a-dia. Quanto ao Índice de Helkimo, não foi possível chegar à conclusão se a terapia manual foi eficaz para redução da severidade da DTM destes sujeitos. A terapia manual mostrou-se favorável à redução dos sinais e sintomas