A internacionalização da Floresta Amazônica é uma idéia muito antiga, e como num processo cíclico, sempre se torna tema de debates espalhados em inúmeros fóruns, quer regionais ou mundiais, movidos por teses e sentimentos pseudo-humanitárias, que se delongam em justificativas absurdas no que diz respeito à Soberania do Brasil.
Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Bioma Amazônico abriga a maior reserva de biodiversidade e a maior bacia hidrográfica do mundo, escoando um quinto do volume de água doce, além de possuir quantidades incalculáveis de recursos minerais. Aproximadamente, 4,2 milhões de quilômetros quadrados estão localizados no território brasileiro, ou seja, a maior parte da floresta e suas riquezas pertencem a este país.
O ato de tornar público os recursos amazônicos carregam de um teor imperialista e arrogante, daqueles que um dia já se aproveitaram de tais condições semelhantes em seus países de origem.
Brilhantemente, Cristovam Buarque refuta a então proposta de internacionalizar a Amazônia travando uma forte linha de raciocínio: Se for para tornar comum a todos este exuberante Patrimônio Natural, porque não tornar público os recursos financeiros, as riquezas culturais provenientes de cada país, o petróleo, os armamentos nucleares americanos e as crianças do Mundo.
Os atuais países desenvolvidos derrubaram, queimaram, destruíram, extinguiram as suas florestas e muito do capital ganho com essas atrocidades, foram utilizados como investimento na fomentação das suas próprias indústrias nacionais.
Estimando a riqueza ilimitada brasileira, tentam persuadir de todas as maneiras, através de teses ambientalistas ? como, por exemplo, a "Amazônia é o Pulmão do Mundo", sabe-se que não. Mas, a floresta aquática, formada por inúmeros seres que vivem na superfície dos grandes mares participam diretamente do ciclo do oxigênio e do gás carbônico -, a preservação irrestrita, contudo, tais filosofias, apenas, servem para ocultar o seu verdadeiro objetivo, o político e econômico.
Portanto, a Internacionalização da Amazônia faz uma alusão às opressões desmedidas financiadas por colonizadores em outros tempos aos colonizados. Então, será que o Brasil está preparado para viver, mais uma vez em sua história, as marcas da dor, da segregação? Não! Sabe-se que o país deve lutar consigo no combate as queimadas, as destruições tão inerentes, a biopirataria e preservar todos os biomas amazônicos e brasileiros possíveis, mas, ceder seu território como uma meretriz contemporânea? Novamente, Não!