Por: Lawton Nanni Benatti

A interatividade é processo vivo para o aprendizado. O desenvolvimento tecnológico não parece ser um modelo que afaste o relacionamento das pessoas, mas sim o contrário. Os modelos tradicionais de ensino – ao qual não se questiona seu funcionamento ou mérito – exigem que alunos e professores estejam presentes em tempo e espaço definidos. Na metodologia EaD, o próprio processo de ensino é beneficiado por possibilitar que a interação não se limite a regras de tempo e espaço, conforme defendido por Maia e Mattar (2007, p.9) ao afirmarem que “As novas tecnologias geram, sem dúvida, maior interação de professores e alunos, e mesmo entre os próprios alunos, possibilitando justamente a combinação da flexibilidade da interação humana com a independência no tempo e no espaço(...)”.

Apesar dos questionamentos existentes sobre o cenário da EaD, válidas inclusive para estimular as melhorias dos níveis de qualidade, há referenciais positivos, tal qual Munhoz (2011, p.143) defende que o nível de aprendizado pode ser até superior em modalidades semi-presenciais ou totalmente à distância, desde que os fundamentos metodológicos de interação, uso das interfaces tecnológicas, a disciplina e o autogerenciamento sejam rigorosamente seguidos, cabendo ao professor dos cursos EaD estimular aos discentes este direcionamento, criticando apenas as limitações financeiras que algumas instituições de ensino enfrentam e, com isso, limitam os novos recursos tecnológicos disponíveis para o relacionamento com seus alunos.

Portanto, o professor EaD deve desenvolver métodos de interatividade estimulantes para seus discentes, conforme Tarcia & Cabral (2012, p.149)reforçam: “(...)cabe ao professor trabalhar com elas de modo a gerar situações de aprendizagem significativas(...)O grande desafio é, portanto, como fazer, como agir, como ser agente e permitir que os discentes também o sejam.” A interatividade vai existir sempre, apenas o tempo e o método são moldados às necessidades da nova realidade e dos públicos e mercados atuais.

Referências Bibliográficas (Todas disponíveis na Pearson Virtual):

MAIA, Carmem & MATTAR, João. ABC da EAD: a educação a distância hoje. São Paulo: Pearson, 2007.

MUNHOZ, Antonio Siemsen. O estudo em ambiente virtual de aprendizagem: um guia prático. Curitiba: Ibpex, 2011.

TARCIA, Rita M.L. & CABRAL, Ana L.T. O novo papel do professor na EaD. in LITTO, Fredric Michael & FORMIGA, Marcos (orgs.). Educação a distância: o estado da arte, volume 2. 2ª.ed. São Paulo: Pearson, 2012.