I ? INTRODUÇÃO

Este estudo originou-se no Avenida Tênis Clube (ATC) clube social tradicional em Santa Maria, onde me possibilitou realizar esta pesquisa em suas dependências.
A importância do tema é muito relevante, pois segundo Dunga (Jornal do Brasil.14/12/97), "Só deveria jogar futebol a criança que estudasse, porque aí poderia ser outra coisa na vida fora do futebol ? e é por isso que os clubes até tiram os meninos ou meninas da escola, e incentivam esse exibicionismo de quem já pensa num carro e roupas antes de ter um lugar para morar". Por outro lado Dunga (Jornal do Brasil.14/12/97), fala que "A vida financeira de um jogador de futebol pode levá-lo ao sucesso ou à desgraça: não basta ser craque, é preciso ser homem fora do campo porque isso é para sempre".
No entanto existem aqueles que acreditam que o futebol é uma questão ideológica, como relata Cavallero apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.92, escritor argentino "Futebol é um rito de inversão social, uma via de escape, arma de distração, veículo de comunicação, fenômeno social, expressão cultural".
E Douglas Ivester, presidente da coca ? cola um dos maiores investidores mundial de futebol "Futebol é o esporte do mundo, um denominador comum que une seres sem importar raça ou origem".
Em vista de que com o futebol ajuda o desempenho das crianças, ocorre também um aprendizado de longo prazo evidenciando valores morais e éticos do cidadão.
Hanot (1904) apud, DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.94 francês, um dos fundadores da FIFA, "Futebol é um aprendizado de longa duração como o violino e piano, as primeiras e melhores lições devem ser aprendidas na infância".
Aprendemos muito com os esportes em geral no caso aqui o futebol e pensando nisso que, Camus apud, DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.94 antigo goleiro e escritor francês "O que mais sei sobre moral e obrigações devo ao futebol".
Atualmente podemos facilmente perceber a influência dos pais no rendimento e treinamento dos seus filhos nas categorias de base, antes e durante as competições que seus filhos participam.
Pode-se perceber que nas crianças em geral, principalmente os meninos e algumas meninas gostam muito de jogar futebol a maioria deles tem como sonho ser um grande jogador ou jogadora de futebol no futuro, por isso começam logo cedo a participar de competições em suas escolas, clubes e outros, muitas vezes por influência ou por gostarem de jogar.
No entanto, não é só querer jogar, essa área necessita de muito esforço e uma boa preparação e um bom treinamento, para conseguir seus objetivos nas competições. Como refere Valdano Jorge, técnico argentino, apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.94 "Qualquer menino pode jogar futebol apenas com uma parede como parceria, e por isso a parede é o único titular de todos os jogos da infância".
Também as crianças aprendem muito sobre a organização das competições e com isso ficam sabendo e sentem a necessidade do que podem e não podem ser cobradas durante as competições que participam cobranças essas que podem vir de seus pais, professores ou técnicos influenciando assim no seu rendimento e aprendizado.


1.1 Problema e sua importância

Qual a influência exercida pelos pais nas crianças durante treinamentos e competições de futebol de campo em categorias de base?

A importância desse problema se dá na influência que as crianças sofrem de seus pais e muitas vezes são prejudicadas no seu desenvolvimento intelecto-social e psico-motor.




1.2 Hipóteses

Os atletas de equipe de futebol em algumas situações sofrem a influência dos seus pais interferindo no seu rendimento esportivo.


1.3 Objetivos


1.3.1 Objetivo Geral

Verificar a influência exercida pelos pais durante as competições do futebol de campo nas categorias de base.


1.3.2 Objetivos Específicos

? Realizar um levantamento bibliográfico e descritivo de campo sobre o tema influência.
? Verificar a influência dos pais no aspecto psicológico e emocional das crianças enquanto atletas de categorias de base.
? Analisar o rendimento nas competições em que as crianças de equipe de futebol de campo participam.


1.4 Justificativa

As crianças no início da sua caminhada esportiva necessitam da iniciativa da família principalmente do pai nessa trajetória. O pai por sua vez sonhou em ser atleta e não conseguiu alcançar a sua meta, este fato não comprovado, leva a família a encaminhar à criança as escolinhas ou clubes desde cedo, que nada mais é do que a iniciação ao esporte em categorias de base, a fim de projetar seu sonho que é ser um grande jogador de futebol no futuro. Deste modo as crianças sofrem uma influência direta ou indiretamente pela escola e seus pais afetando seu lado emocional, psicológico e seu rendimento nas competições que participam, por esse motivo resolvi estudar sobre o assunto.
Pelos fatos supracitados justifica-se a pesquisa com o objetivo de detectar se esses fatores, em especial os pais interferem na formação esportiva dos filhos.


1.5 Delimitações do Estudo

Este estudo foi delimitado e desenvolvido nas dependências do clube Avenida Tênis Clube e com posterior observação realizada em suas escolinhas de categorias de base de futebol de campo.

II ? REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO RENDIMENTO DAS CRIANÇAS

Crianças e jovens que praticam ativamente esporte num clube esportivo têm pais que, em sua maioria, praticam ou praticaram esportes de rendimento na infância, estes pais apóiam ativamente as atividades esportivas de seus filhos, o apoio familiar abrange as seguintes atividades: ajuda financeira, coordenação das atividades sociais da família com as atividades do treinamento e competições, apoio moral e psicológico durante as competições que seus filhos participam.
Um apoio e uma participação emocional exagerada por parte dos pais podem causar efeitos negativos no desenvolvimento da personalidade da criança. Ambições exageradas dos pais, pressão por sucesso, cobrança no rendimento e pressão social são exemplos de participação emocional exagerada.
Würth; Saborowski (1999) analisaram a influência dos pais no desenvolvimento da carreira esportiva em atletas de ambos os sexos e apresentaram os seguintes resultados:
? Os pais de meninos atribuem mais talentos aos seus filhos que os pais das meninas;
? Na fase inicial do desenvolvimento esportivo, as meninas recebem menos apoio por parte dos pais que os meninos, mas na fase de alto rendimento os pais das meninas apóiam suas filhas em todos os aspectos;
? O s pais dos meninos pressionam mais seus filhos que os pais das meninas. Um resultado interessante é que os meninos pressionados não percebem tanto essa pressão como as meninas. No geral, as atletas se cobram mais e sentem-se mais estressadas e pressionadas por parte de seus pais e dos técnicos ou professores;
? É importante sensibilizar pais, professores e técnicos para a importância de apoiar positivamente suas filhas em todas as etapas da carreira esportiva e evitar qualquer pressão emocional ou social.

2.2 O GRAU DE ENVOLVIMENTO DOS PAIS NO ESPORTE

O conceito de envolvimento dos pais no esporte, segundo Hellstedt (1990), é um continuum que vai do subenvolvimento ao envolvimento moderado e por fim ao superenvolvimento. Hellstedt (1990) define o subenvolvimento como uma relativa falta de comprometimento emocional, financeiro ou funcional dos pais, que tem como indicativos a falta de comparecimento a jogos e eventos. Pouco envolvimento em atividades voluntárias (tais como o transporte), pouquíssimo contato com os técnicos ou treinadores. No envolvimento moderado, considerado pelo autor como sendo o ideal, os pais são firmes em suas orientações, dando suporte e ajudando os filhos a estabelecerem metas realísticas, além de serem financeiramente participativos. O superenvolvimento ocorre quando os pais excedem em sua participação a vida esportiva dos filhos, não sabendo separar seus próprios desejos, fantasias e necessidades daquelas dos seus filhos. Hellstedt (1990) verificou que baixos níveis de pressão estão relacionados com uma reação positiva dos filhos. Ao contrário, altos níveis de pressão indicam reações negativas. Sugeriu ainda, como problema principal, identificar o nível ideal de pressão que os pais podem exercer sobre seus filhos para que eles tenham uma reação positiva, tanto no treinamento quanto na competição.
Carisson (1993) estudou atletas jovens que obtiveram sucesso em diversos esportes, verificou que "a iniciação no esporte organizado foi determinada pelos interesses dos pais e dos amigos, geralmente quando a criança tinha entre sete e nove anos". O autor apontou também o apoio dos pais e as atitudes positivas como importantes durante todo o desenvolvimento de jovens atletas.
Carr, Weigand e Jones (2000) levaram outro ponto importante relacionado à participação dos pais no sucesso dos filhos, que é a ajuda para o alcance de metas e crenças no esporte. A definição das metas dos atletas estava relacionada às crenças e percepções de sucesso que os pais tiveram quando praticaram um esporte. Esses achados sugerem que os pais exercem grande influência, pois transmitem suas próprias crenças, influenciando os filhos sobre as razões que levam ai sucesso no esporte e sobre como proceder para alcançar esse objetivo.
Dessa forma, Cote (1999) conduziu um estudo sobre os padrões da dinâmica da família para o desenvolvimento de jovens remadores. Esse estudo contribuiu para uma visão geral do comportamento dos pais, no desenvolvimento do potencial de seus filhos em diferentes fases. O autor apresentou três estágios de participação no esporte que são: a) anos de experimentação (de 6 a 13 anos), onde pais introduziam os filhos no esporte com ênfase no divertimento, euforia e possibilidade de vivências variadas; b) anos de especialização (de 13 a 15 anos), marcados pelo crescente interesse e comprometimento com o esporte, onde pais enfatizavam produção na escola e no esporte, investindo tempo e dinheiro, tendo ainda irmãos mais velhos como exemplo; e c) anos de investimento (de 15 em diante), aumento do compromisso dos filhos e pais demonstrando grande interesse e suporte para superar as dificuldades da progressão do treinamento;
Sendo estes similares às fases encontradas por Bloom (1985). Destaca-se aqui que o remo é um esporte praticado pela classe médio-alta, da mesma forma que foram os esportes estudados por Bloom, como tênis e a natação.
Os pais no estudo de Cote (1999) também foram apontados como fator determinante para atingir o sucesso, na medida em que davam o apoio emocional necessário, bem como suporte financeiro e logístico. Esse apoio ocorreu durante as várias etapas de transição e as fases da carreira dos atletas, desde a escolha, o desenvolvimento na iniciação esportiva até chegar à participação em competições de alto nível.
Isso vem a confirmar as discussões de Salmela, Young e Kalio (2000) sobre os períodos marcantes de transição como os mais críticos para o sucesso de atletas expoentes no futuro, dependendo das relações da tríade atleta-treinador-pais.

2.3 INFLUÊNCIAS DA ESCOLA NAS COMPETIÇÕES

As motivações para praticar competições (esportes) direcionadas as crianças e jovens, para Würth & Saborowski (1999) depende da estrutura da escola e da classe social. Geralmente as escolas estimulam poucas crianças para prática de competições. Muitas contra diversas quanto às competições para crianças, mas devemos lembrar que, desde os primórdios de nossa existência, competimos para sobreviver. O homem por si só vive em uma eterna competição, seja no trabalho, no colégio, com amigos, com suas habilidades naturais, com a natureza. Cabe agora nos perguntar: como competir? Ou seja, sem a obrigação de ganhar, não adianta colocarmos crianças de oito anos numa competição, e torcemos gritarmos, enlouquecermos as crianças em busca da vitória. É muito melhor incentivá-las e através da competição, ensinar sobre as experiências vividas, aprendendo com as vitórias e com as derrotas.
Mas o maior problema das competições para a Escola não é a competição em si, mas o processo seletivo, ou seja, uma Escola de formação de talentos. Não devemos esquecer o nosso papel de educarmos e passarmos a dar um tratamento privilegiado aos mais habilidosos. Devemos dar a mesma atenção a todos os alunos, independente e solidariedade, se desejamos competir, que incentivemos todos os participantes. Que o campeão tenha o mesmo valor do perdedor, que se dêem prêmios a todos, que as crianças encontrem prazer através e não, que se sintam inferiorizadas por perderem.

2.4 SISTEMAS DE PREPARAÇÃO DOS JOVENS FUTEBOLISTAS

Weineck (2000) "o processo de preparação dos futuros jogadores profissionais ocorre em longo prazo. Algumas etapas devem ser respeitadas, pois são conhecidas como fases sensíveis do desenvolvimento motor, facilitam a intervenção motora na prática em momentos diferentes. A preparação geral se refere aos aspectos do movimento (motor) e fisiológico e neste grupo de exercícios, os jovens devem ser estimulados objetivando o enriquecimento do vocábulo motor e do aspecto funcional".
A preparação específica visa conseguir o desenvolvimento ótimo de manifestações das capacidades físicas que corresponde às necessidades específicas de um futebolista, durante o desenvolvimento de uma partida de futebol.
Para Guerra (2004) "o desenvolvimento das capacidades específicas baseia-se na manifestação e combinação especial das diversas preparações física e constitui o convindo da preparação física específica de um atleta".
Segundo Rigo (1965) a preparação dos jovens futebolistas é dividida em várias dimensões:

Primeira Dimensão: Condicionamento Físico
? Potência
? Endurance
? Ritmo
? Velocidade
? Resistência
? Força
? Segunda Dimensão: Condicionamento Técnico
? O chute
? Trajetória da bola
? Cabeceio
? Escanteio
? Passes
? Recepção e domínio da bola
? Fintas e dribles
? Cobranças de penalidades
? Reposição de bola em jogo
? Condução e controle da bola
? Treino para goleiros
? Fundamentos auxiliares

Terceira Dimensão: Condicionamento Tático
? Estratégica
? Tática
? Manobra ofensiva
? Evolução defensiva
? Ferrolho
? Retranca
? Desarme
? Interceptação
? Antecipação
? Bolas divididas
? Marcação
? Desmarcação
? Proteção de bola


Quarta Dimensão: Condicionamento psicológico e moral
? Condicionamento psicológico
? Condicionamento moral


2.5 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DO TREINAMENTO NO MICROCIDO

Segundo os autores Zarharou & Gomes (1992) o microcido representa o elemento da estrutura de preparação do atleta que influi uma série de sessão de treinamento ou de competições, o qual objetivo é resolver tarefas em cada etapa da preparação. A sua duração varia de 3 a 14 dias. Na prática do futebol, os microcidos de sete dias têm sido utilizados com mais freqüência, pois no regime semanal de jogos, é consideravelmente mais fácil coordenar a vida normal do individuo com diferentes fatores que determina o processo de sua preparação com o desportista.
Na preparação dos jovens atletas nem sempre se utiliza o microcido com dois jogos na semana; quando isso ocorre facilita o treinamento semanal com o aumento do número de sessões de treinamento.


2.6 FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DAS COMPETIÇÕES

As competições podem diferenciar as seguintes formas:
? Competição de final de temporada na escola ou nos clubes;
? Competições abertas da qual podem participar equipes e atletas de diferentes clubes;
? Competições entre turmas, escolas, clubes recreativos, cidades, etc.;
? Competições oficiais pela federação e confederação de futebol para atleta de elite.

As competições longas são os estímulos ótimos que provocam uma ação significativa no jovem atleta a participação nas competições, está ligada a elevada perda de energia a as altas tensões nervosas e físicas. Devemos levar em consideração a ação das cargas competitivas nos atletas jovens, pelo seu planejamento convém o princípio do crescimento gradual.
Já Kaminsk; Ruoff (1979) diz que as competições devem ser planejadas de tal forma que sua direção e seu grau de dificuldade correspondem aos objetivos proposto na etapa de preparação ao longo prazo, permitindo aos atletas jovens participar de competições apenas quando eles pelo nível de preparação forem capazes de atingir determinados resultados, dependendo da etapa do treinamento em longo prazo o papel da atividade competitiva é alterado. Assim, nas etapas iniciais são planejadas as competições de preparação de controle à medida que cresce o nível desportivo dos jovens nas etapas seguintes de preparação em longo prazo, a quantidade de competições e jogos aumenta, o programa para infância das crianças e jovens deve utilizar racionalmente diferentes tipos de atividades.
As quantidades das competições dependem também das particularidades individuais o jovem atleta, de seu preparo técnico, do longo período de recuperação do organismo e do aumento da excitabilidade nervosa.
Porém segundo Samulski (2002) a preparação psicológica é de grande importância: nela se propõem obter informações sobre as competições, os principais adversários, o nível de treinamento do atleta na etapa determinada e as particularidades do seu estado na etapa determinada de preparação, determinação do objetivo da ação do programa nas competições, estimulação das regras pessoais e motivo geral. A preparação psicológica especial, imediatamente anterior às competições inclui o ajustamento psicológico e a direção do estado do jovem atleta, garantindo a preparação e o desenvolvimento do esforço máximo.
A preparação efetiva para as competições está ligada à atenção concentrada nas principais ações das atividades motoras, ao pensamento, ao sentimento e ao longo de inúmeros fatores mais estranhos que o ser humano pode sentir.


2.7 ASPECTOS RELACIONADOS AOS FUTEBOLISTAS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

De acordo com Venlioles (2001) "o futebol, dentre os esportes coletivos, talvez seja um dos que mais precocemente inicia seus treinamentos de forma sistemática e organizada: entretanto, curiosamente, apresenta poucas pesquisas científicas sobre os efeitos das atividades aplicadas a milhares de crianças e jovens em suas escolinhas, sejam de clubes ou escolas públicas ou particulares". Normalmente se observa a reprodução do modelo de trabalho estabelecido na categoria profissional sem que sejam estabelecidos critérios e avaliações ou qualquer preocupação com a seqüência do desenvolvimento de treinamento.
Para Filin (1996) "o conteúdo trabalhado nos clubes desportivos deve somar-se as duas aulas de educação física das escolas em geral, ao trabalho nas escolinhas dos clubes especializados em futebol e naturalmente visam à preparação para competições". As competições ocorrem entre turmas, grupos ou outros, as escolas também tem que organizar competições que devem estar relacionadas com o conteúdo desenvolvido nas aulas de educação física, tendo objetivo de preparar futuros instrutores, árbitros ou ainda futuros talentos desportistas. A preparação de muitos anos busca a estruturação dos meios e métodos a serem utilizados, os quais procura assegurar que, um futebolista ao final do seu processo formativo, apresente um nível condizente, em seus fatores treináveis de acordo com as exigências do profissionalismo.
Mas ainda têm aqueles que creiam que o futebol se refere à paixão, prazer, beleza, dor, e por tática.
"Futebol é um jogo do povo praticado com latas velhas em ruas de periferia" (Salman Rushdie, escritor indiano, apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.95).
"Quando falamos das pessoas que marcaram os momentos mais tristes e os mais felizes da nossa vida, geralmente acabamos falando de jogadores de futebol" (João Moreira Sales, cineasta - apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.95).
"Futebol deveria ser sempre uma festa para a gente ir com a melhor roupa" (Falcão apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.96).
"Jogadores de futebol são artistas porque lidam com talento, público, treino e sorte" (Ildo Meireles, artista plástico apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.97).
"Quando o futebol deixa de ser saudável, todas as suas atividades paralelas param de prosperar" (Sepp Herberger, antigo técnico alemão apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.98).
"Futebol era um jogo de acertos, hoje é um jogo de erros ? ganha quem souber explorar melhor os desacertos do adversário" (Rinus Michels, técnico holandês, apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.99).
"O maior mérito do futebol é ser um esporte de equipe que permitem a expressão do talento individual" (Luca de Montezemolo, dirigente italiano, apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.100).
"Futebol é um esporte de ação e concentração permanentes" (Hans-Ulrich Gumbrecht, professor, apud DENARDIN; DIENSTMANN. 1997 p.100).

III- METODOLOGIA

3.1 Caracterizações do Estudo

O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva com abrangência qualitativa no qual se buscará verificar a influência da família durante competições e treinamentos de futebol de campo nas categorias de base do ATC.

3.2 População e Amostra

A população deste estudo são atletas de equipe de futebol de campo do clube Avenida Tênis Clube.
A amostra foi constituída de trinta (30) crianças que praticam futebol de campo nas categorias de base do clube.

3.3 Materiais

Neste estudo foram utilizados os seguintes materiais: livros e internet para a obtenção da pesquisa, lápis, canetas, folhas de ofício, impressoras, micro computador.

3.4 Procedimentos

Para a realização deste estudo foram tomados os seguintes procedimentos: consulta e pesquisa nas referências bibliográficas de livros em bibliotecas tanto de instituições públicas e privadas, sites e páginas da internet; foi solicitada a instituição enfocada para a realização da pesquisa.
A seguir serão distribuídos os questionários com perguntas abertas e fechadas para os pais, atletas e professores.


3.5 Tabelas dos resultados da Pesquisa de Campo

QUANTIDADE DE ALUNOS PESQUISADOS: 30
INFLUÊNCIA SOFRIDA QUANTIDADE(n) PERCENTAGEM %
1-Sofrem influência dos pais e escola 10 33,33
2-Sofrem influência só dos pais 8 26,67
3-Sofrem influência só da escola 7 23,33
4-Não sofrem nenhuma influência 5 16,67

IV- Considerações Finais

Na análise e interpretação dos resultados verificou-se que:
A influência dos pais diante da atuação de seus filhos repercutiu 26,67%. Já a influência dos pais e escola diante das crianças obteve um percentual de 33,33%. Mas por outro lado a influência só da escola foi de 23,33% em relação às crianças. No entanto obtivemos um percentual de 16,67% daquelas crianças que não sofreram influência nenhuma.
Aprendi que muitos pais influenciam seus filhos em quais esportes eles devem ou não praticar, assim muitas crianças acaba sendo no futuro pais também frustrados por não terem sido aquilo que realmente queriam ser ou praticar enquanto crianças, por esse motivo acabam sendo o reflexo de seus pais na educação de seus filhos no futuro.

V- Referências Bibliográficas

TURBIO, Barros; GUERRA, Isabela. CIÊNCIA DO FUTEBOL. 1ª.ed. Barueri: Monoela, 2004.
WEINECK, Jürgem. FUTEBOL TOTAL. 1ª. ed. Londrina: Márcia H. Saito, 2000.
SAMULSKI, Dietmarmartin. PSICOLOGIA DO ESPORTE. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Monoela, 2002.
RIGO, Leonindo. FUTEBOL EM CINCO DIMENSÕES. 1ª. ed. São Paulo: Rio, Gb, 1965.
FRISSELLI, Ariovaldo; MANTOVANI, Marcelo. FUTEBOL TEORIA E PRÁTICA. 1ª.ed. São Paulo. Phorte, 1999.
VENLIOLES, Fábio Motta. ESCOLA DE FUTEBOL. 1ª. ed. Rio de Janeiro: sprint, 2001.
DERNARDIN, Pedro Ernesto;DIENSTMANN, Cláudio.BRASIL DE TODAS AS COPAS.1ª. ed. Porto Alegre:Brasul,1997.


Apêndices


Questionário para os pais:

1. Você sempre acompanha seus filhos em tudo que eles fazem?
( )sim ( ) não
2. Você direciona qual esporte praticar?
( )sim ( )não
3. Você motiva seu filho (a) em todos os momentos?
( )sim ( )não
4. Você aceita e escuta as opiniões de seus filhos (as)?
( )sim ( )não
5. Você deixa livre escolha a qual esporte deve praticar?
( )sim ( )não
6. Vocês interferem ou não nas atividades dos filhos?
( )sim ( )não


Questionário para os professores ou técnicos:

1. Você planeja as suas aulas e adequada ao tipo de aluno e faixa etária?
( )sim ( )não
2. Você aceita as opiniões de seus alunos?
( )sim ( )não
3. Suas atividades ficam a seu critério não importando a opinião de seus alunos?
( )sim ( )não
4. Você exige qual esporte seus alunos devem praticar?
( )sim ( )não
5. Pra você seu aluno é de suma importância?
( )sim ( )não


Questionário para os alunos:

1. Você que escolhe qual esporte praticar?
( )sim ( )não
2. Seus pais ou professores que escolhem pra você?
( )sim ( )não
3. Você gosta do esporte que pratica?
( )sim ( )não
4. Você mudaria de esporte, porque não gosta do que pratica?
( )sim ( )não
5. Você aceita quando alguém lhe impõe qual esporte praticar?
( )sim ( )não
6. seus pais interferem nas suas escolhas?
( )sim ( )não